O post da passada quarta-feira, sobre o buraco da BP, colocou-me uma questão pertinente: Como é que um buraco que está a poluir todo o Golfo do México, claramente um dos maiores desastres ambientais de sempre, que ameaça agora chegar ao Atlântico, não merece uma resposta mais arrojada dos ambientalistas?
Os leitores poderão advogar que o tema já é bastante retratado nos Media. Mas eu acho que é pouco. Eles fazem manifestações importantes, até no nosso Cais do Sodré... Mas virarem-se contra a BP? Pouco! É preciso lembrar que o acidente ocorreu a 20 de Abril (há 45 dias!!!), e que desde o início se sabia da sua gravidade!
JoNova havia evidenciado o problema num artigo de há uns meses atrás. Tudo se resume ao "Follow the money". Ela refere como os cépticos são muitas vezes criticiados por receberem financiamento da indústria petrolífera. Infelizmente, esquecem-se que muitos como nós não recebem um cêntimo que seja, de lado nenhum. E que eles recebem montes de dinheiro, conforme até já havia referido antes.
A BP é uma empresa supostamente verde. Já num artigo de 2006, a Time questionava esse facto. Mas como se vem a saber, esses ecologistas recebem mesmo muito dinheiro das petrolíferas. E esse é um tema que os media não exploram, com poucas excepções. Como o caso do Washington Post, que num artigo do mês passado, explora como diversas organizações estão agora manietadas pelo apoio anterior da BP, ao ponto dos seus associados estarem perplexos. Como Henrique Pereira dos Santos aborda indirectamente num post no blog Ambio de ontem, há muitas associações que vivem à custa destes dinheiros, afundando-se, concluo eu, no processo...
Actualização: Mais manietação aqui.