George Monbiot é um activista inglês, que escreve regularmente no Guardian. É profundamente admirado pelos outros seguidores da Religião Verde. O problema é que, ultimamente, Monbiot parece estar a querer pensar por si próprio, sem papaguear os pensamentos extremistas. Um dos seus últimos artigos evidencia que uma das melhores esperanças para a próxima cimeira de Cancún é a de que os participantes não adormeçam durante as reuniões...
Monbiot assumiu há muito que o vegetarianismo era a solução. Ele até experimentou durante 18 meses, mas desistiu depois de problemas de saúde e na iminência da loucura... Agora, perante os argumentos de Simon Fairlie, Monbiot admite que estava errado no seu posicionamento a favor do vegetarianismo.
Tudo porque no seu último livro, "Meat: A Benign Extravagance", Simon Fairlie desmonta muitos argumentos associados à pecuária... Um deles é a redução da importância do porco, curiosamente também banido por outras religiões, que não a verde. Outro argumento desmistificado é a de que são necessários 100 mil litros para produzir um quilo de bife: afinal, o valor parece ser três ordens de magnitude inferior! Também estima que a contribuição da pecuária para as emissões mundias é de cerca de 10%, contra os 18% estimados pelas Nações Unidas, valor com o qual já havíamos gozado aqui. Afinal, se o valor de Fairlie estiver correcto, nós humanos respiramos quase tanto CO2, quanto o total associado à pecuária.
A esta velocidade, Monbiot vai engolir muitos mais sapos... Mas pelo menos assume-os, o que é de louvar! Será que se vai tornar num ateísta ecológico, enquanto outros insistem na ladainha?