Há pouco mais de um mês apareceram notícias espantosas sobre o alegado recorde, de um veículo eléctrico, que havia percorrido os 600 Km entre Munique e Berlim, sem recarregar as baterias. Mas para se provar um recorde, é preciso que ele seja verificável, ou verificado independentemente...
Na altura, pareceu-me que as alegações avançadas eram extremamente duvidosas. Um novo tipo de bateria, mas, no site da empresa, referenciava-se o seu uso em monta-cargas eléctricos. Portanto, nada de novo! Depois verifiquei uma diferença de altitudes de cerca de 500 metros entre as duas cidades, o que facilita o consumo. Finalmente lembrei-me de uma viagem que fiz entre Madrid e Lisboa muito semelhante: são também cerca de 600 Km e a diferença de altitudes é semelhante.
Na altura, bati claramente as especificações de consumo do meu carro! Porquê? Porque estava um vento forte de este, que fazia com que o consumo fosse quase uma miragem! Os leitores poderão experimentar algo semelhante, quando vierem do Algarve, e havendo vento Sul com fartura, efectuem o reset de consumo do automóvel no topo da Serra do Caldeirão...
Talvez Mirko Hannemann, o condutor do automóvel, e CEO da DBM Energy, tenha tido mais uns truques na manga... Mas, por estas, e certamente por outras razões, não está disposto a verificar, de forma independente, o recorde. Porque será?