"Temos que controlar as emissões de carbono para manter a temperatura do planeta abaixo de 2°C", é a voz corrente, frase dita até pelo Presidente Lula e por muita gente preocupada com o aquecimento global, gente essa que não sabe de onde tal frase surgiu. Sob o ponto de vista da Física do Clima, essa afirmação é absolutamente ridícula! O IPCC criou uma fórmula com base no "ajuste" ("fitting") à curva de crescimento do CO2. A fórmula é onde Del F é a variação da forçante devido ao CO2 (baseada no que se crê que se sabe sobre absorção de radiação infravermelha pelo CO2), dada em W/m2; Co = 280 ppm, é a concentração de CO2 que, assume-se, tenha sido a pré-industrial; ln = logaritmo natural e C= concentração de CO2 futura. A variação de temperatura correspondente (Del T) seria dada por onde a "constante" seria o parâmetro de sensibilidade climática que, para o IPCC, é const=0,75°C/W/m2, um valor muito alto! Ou seja, para cada 1 W/m2 de radiação infravermelha à superfície, provocada pelo CO2 adicional, a temperatura média global do planeta aumentaria de 0,75°C. Então, basta inverter as contas, adotar o valor de 2°C na Eq. [2], e calcular Del F = 2,656 W/m2 . Entra-se com esse valor na Eq. [1] e obtém-se a nova concentração de CO2, ou seja, C=460 ppm, um aumento de 65%, com relação ao valor pré-industrial (???) e que seria a "concentração limite, o objetivo a ser alcançado" . Como se o clima do planeta fosse tão simples quanto isso, controlado apenas pela concentração de CO2. A concentração de CO2 na atmosfera é controlada basicamente pelos oceanos (Lei de Henry) e depende da temperatura da água. Se essa aumenta, os oceanos emitem mais CO2 para a atmosfera. Esse é o mesmo processo que controla a concentração do CO2 num refrigerante. Se a temperatura do liquido aumenta, ele expulsa o CO2 que está dissolvido e “fica sem gás”. A contribuição humana , 6 bilhões de toneladas de carbono por ano (GtC/a), é muito pequena, desprezível, em face dos fluxos naturais que somam 200GtC/a, ou seja, apenas 3%, contra uma incerteza nos fluxos de 20%! Quanto mais leio e estudo, mais me convenço que o problema é exclusivamente financeiro-economico e não climático. Não há “crise climática”. É um problema de segurança energética dos países industrializados que já não possuem uma matriz energética própria e dependem da importação, como é o caso da Inglaterra, país de onde provêm a maior parte do terrorismo climático e manipulação de dados. Certamente, o maior problema que a humanidade vai enfrentar num futuro próximo é o aumento populacional, amplificado pelo resfriamento global nos próximos 20 anos. A História mostra que, toda vez que o clima se aqueceu, as civilizações, como Amoritas, Babilônios, Sumérios, Egípcios e Romanos, progrediram. O resfriamento do clima, ao contrário, sempre causou desaparecimento ou retrocesso. Atualmente, um resfriamento global, com geadas severas, tanto antecipadas quanto tardias, seria muito ruim para a agricultura, pois acarretaria frustrações de safras e desabastecimento mundial com a população crescente. O Brasil não seria exceção. No último resfriamento, 1947-1976, o cultivo do café foi erradicado do oeste do Paraná em face das frequentes e severas geadas. É indispensável que o país se prepare para esse período ligeiramente mais frio, de 2010 a 2030. |
EcoTretas é um espaço dedicado a evidenciar os disparates que se dizem e fazem à volta da Ecologia. Especialmente dedicado aos ecologistas da treta, essa espécie que se preocupa mais com uma pata partida de um qualquer animal, do que com um fogo florestal! Aqueles que são anti-americanos, mas que gostam do Al Gore.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Limite: Dois graus?
O Professor Luiz Carlos Molion elaborou mais um artigo muito interessante. Intitulado "Limite: Dois Graus?", e que reproduzimos abaixo, merece uma atenção especial, sobretudo na analogia que utiliza, e que achei muito interessante, do CO2 dos refrigerantes. A sua referência ao sucesso civilizacional ao longo da História é igualmente uma visão da qual partilho, e que já é familiar dos leitores assíduos do Ecotretas: