Um leitor atento enviou-me um link para uma notícia deliciosa no Expresso. É a prova provada que o domínio da energia anda a ser gerido de forma criminal neste País. Então, não é que em S. Miguel, com a instalação do parque eólico dos Graminhais, não vai haver que fazer ao excesso de energia que vai ser produzida, especificamente durante a noite? Tal significa que as energias renováveis vão produzir (100+n)% da energia necessária!
O que é que vão fazer a esses n% de energia? Segundo David Estrela, da Empresa de Eletricidade e Gás (EEG), subsidiária da elétrica açoriana EDA, "é possível que nem toda a energia eólica produzida em S. Miguel seja injetada no sistema". O que é que isso significa? Muito fácil: com as tarifas feed-in, vamos estar a pagar a energia para a deitar fora! É que não existe forma de armazenamento, nem sequer é possível dar essa energia aos consumidores! Na improvável possibilidade de não existirem tarifas feed-in para este projecto concreto, significa que o investimento de 15 milhões de euros está incorrectamente dimensionado! Qualquer que seja o ângulo com que se olha para esta realidade, é uma aberração! Até para os praticantes de parapente, como se vê na imagem, retirada daqui.