Segundo uma notícia do Daily Mail, a utilização da bicicleta para deslocação para o trabalho, especialmente em situações de grande tráfego, potencia a ocorrência de ataques cardíacos. Tal é extensível aos restantes condutores, sujeitos ao stress do trânsito e também poluição. Mas nos casos dos ciclistas a probabilidade de um ataque cardíaco é maior, por via do esforço dispendido.
O estudo, conduzido por Tim Nawrot, da Universidade de Hasselt, na Bélgica, concluiu que a exposição ao tráfego representa 7.4% dos ataques cardíacos, enquanto o esforço físico representa 6.2%. A poluição atmosférica representa entre 5 a 7%, enquanto o consumo de álcool ou café contribui com 5%...
EcoTretas é um espaço dedicado a evidenciar os disparates que se dizem e fazem à volta da Ecologia. Especialmente dedicado aos ecologistas da treta, essa espécie que se preocupa mais com uma pata partida de um qualquer animal, do que com um fogo florestal! Aqueles que são anti-americanos, mas que gostam do Al Gore.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Espanha trava a fundo
A redução da velocidade máxima das autoestradas em Espanha, de 120 para 110Km/h, é uma daquelas medidas tipicamente de ditadura, muito ao gosto dos chuchalistas. A ideia é que os condutores são estúpidos, e por isso tem que ser implementado o pensamento do colectivo! A ideia é que andar a grande velocidade consome mais combustível, pelo que tem que se impôr um limite. A ideia na verdade não é nova, até por cá, como um dos primeiros posts do Ecotretas comprova...
Para mim, esta é uma medida completamente estúpida. E notem que sou um grande praticante do hypermiling. Mas a Sociedade moderna não resiste a uma diminuição da velocidade com que se move. Quem andar mais devagar, ficará para trás. O que é extraordinário é que em países onde a Economia progride, como é o caso da Alemanha, não há limites de velocidade nas auto-estradas! Porque será? Seria muito mais inteligente mostrar aos utilizadores as vantagens do hypermiling, mas não limitando as suas liberdades individuais.
Ler os jornais do país vizinho é naturalmente um fartote de riso! Neste artigo podemos ver que os custos da medida não são desplicentes, só para substituir as placas de alumínio, e outras. Porventura, as poupanças de combustível vão ser inferiores às novas caças à multa. E essas poupanças não vão ser visíveis para os condutores, porque a ganância das petrolíferas vai implicar uma subida de preços, para continuarem a manter números absurdos de lucros! Ou seja, isto só vai servir para o Estado engordar, ainda mais!
Para mim, esta é uma medida completamente estúpida. E notem que sou um grande praticante do hypermiling. Mas a Sociedade moderna não resiste a uma diminuição da velocidade com que se move. Quem andar mais devagar, ficará para trás. O que é extraordinário é que em países onde a Economia progride, como é o caso da Alemanha, não há limites de velocidade nas auto-estradas! Porque será? Seria muito mais inteligente mostrar aos utilizadores as vantagens do hypermiling, mas não limitando as suas liberdades individuais.
Ler os jornais do país vizinho é naturalmente um fartote de riso! Neste artigo podemos ver que os custos da medida não são desplicentes, só para substituir as placas de alumínio, e outras. Porventura, as poupanças de combustível vão ser inferiores às novas caças à multa. E essas poupanças não vão ser visíveis para os condutores, porque a ganância das petrolíferas vai implicar uma subida de preços, para continuarem a manter números absurdos de lucros! Ou seja, isto só vai servir para o Estado engordar, ainda mais!
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
A História repete-se!
No Espectador Interessado, via Real Science, podemos ver que sempre existiram alterações climáticas. Há ligeiramente mais de 200 anos, Thomas Jefferson escrevia:
Uns anos depois, o mesmo Jefferson anunciava:
Vejam mais nos seus escritos. O que dirão os grandes especialistas daqui a 200 anos? Que o calor será uma coisinha do passado? Espero que não!
Está a ter lugar uma alteração no clima com toda a certeza. Quer o calor quer o frio estão a moderar-se a avaliar pelo que os homens de meia-idade se recordam, e as neves estão a tornar-se menos frequentes e menos intensas. |
Uns anos depois, o mesmo Jefferson anunciava:
A neve é praticamente uma coisa do passado |
Vejam mais nos seus escritos. O que dirão os grandes especialistas daqui a 200 anos? Que o calor será uma coisinha do passado? Espero que não!
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Mexia apertado
Um leitor enviou-me um link para uma entrevista de José Gomes Ferreira, a António Mexia. A entrevista foi efectuada no programa "Negócios da Semana", da SIC Notícias. José Gomes Ferreira conseguiu apertar com António Mexia, com este a esquivar-se, a cada circunstância, das ferradelas do José. Este apenas limitou-se a perguntar o que o comum dos mortais pergunta sobre a sua factura! Alguns momentos marcantes da fuga para a frente de Mexia, incluem ao minuto 3:30 o anúncio de que as renováveis não tem nenhum sobrecusto hoje na factura em Portugal, enquanto aos 25:00 anuncia que para 2011 o sobrecusto das renováveis total é de 509 milhões de euros... Em que é que ficamos? Fica claro que se mistura tudo para enganar os Portugueses, incluindo confusões de custo com sobrecusto... Pelo meio vai insistindo que o Mibel tem o custo mais baixo na Europa, no mercado grossista da electricidade, facto que não beneficia os consumidores. Quem se safa no meio disto tudo, já sabemos quem é...
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Extinção em massa?
Um dos nossos académicos alarmistas, o Miguel Araújo, conseguiu que um artigo para o qual contribuiu fosse publicado na revista Nature. O Miguel, contribuinte assíduo do blog ambio, bem como os seus co-autores, utilizam uma estratégia bem conhecida de publicação cruzada, associada à empolação dos factos, que tenho referenciado várias vezes no passado. Agora, segundo o papaguear do alarmista Público, a Terra estará a viver a sexta extinção em massa por causa das alterações do clima...
O grande problema destes tristes cientistas é que não se comprometem. Apenas anunciam uma desgraça de perspectivas históricas, e é isso que lhes garantiu a publicação. E que seca as publicações seguintes, pois agora que isto foi definida como a sexta maior extinção de sempre, a próxima terá de ser de cinco para baixo! Eles não dizem qual o número de espécies que irá desaparecer. Falam de extinção de espécies, mas esquecem-se de dizer se aparecerão novas espécies, por exemplo. O azar de Miguel Araújo é tanto, que no mesmo dia em que saía o artigo do Público acima, saía outra notícia no mesmo jornal alarmista, a anunciar "Duas novas espécies de plantas descobertas em Espanha".
Na verdade, também em Portugal se vão descobrindo mais espécies. Alguns exemplos rápidos podem ser vistos aqui e ali. Mas estas notícias não aparecem nos jornais ou nas revistas de maior prestígio... Isso está reservado para os alarmistas...
O grande problema destes tristes cientistas é que não se comprometem. Apenas anunciam uma desgraça de perspectivas históricas, e é isso que lhes garantiu a publicação. E que seca as publicações seguintes, pois agora que isto foi definida como a sexta maior extinção de sempre, a próxima terá de ser de cinco para baixo! Eles não dizem qual o número de espécies que irá desaparecer. Falam de extinção de espécies, mas esquecem-se de dizer se aparecerão novas espécies, por exemplo. O azar de Miguel Araújo é tanto, que no mesmo dia em que saía o artigo do Público acima, saía outra notícia no mesmo jornal alarmista, a anunciar "Duas novas espécies de plantas descobertas em Espanha".
Na verdade, também em Portugal se vão descobrindo mais espécies. Alguns exemplos rápidos podem ser vistos aqui e ali. Mas estas notícias não aparecem nos jornais ou nas revistas de maior prestígio... Isso está reservado para os alarmistas...
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Chuchalistas
O Expresso publicou este fim de semana um artigo de Jorge Oliveira, que tem contribuído significativamente para o Ecotretas. O artigo intitula-se "A fraude global", e aborda a relação política entre o Aquecimento Global e o socialismo. Jorge Oliveira começa por abordar o sucesso das previsões de Piers Corbyn sobre o Met Office. Jorge Oliveira enquadra de seguida o problema:
Jorge Oliveira faz a ponte da pseudo-ciência para a política. A influência das melancias (verdes por fora, vermelhas por dentro) é bem conhecida (realces da minha responsabilidade):
Interessante é atentar como Jorge Oliveira consegue enquadrar várias das vertentes da Religião Verde com as políticas chuchalistas, que nos vão chuchando até ao tutano:
O que mais me impressionou no artigo de Jorge Oliveira foi a sua oportunidade. Umas horas depois da saída do Expresso, chega-nos a notícia de que a Câmara dos Representantes votou favoravelmente o término do financiamento dos EUA ao IPCC. Uma notícia que dificilmente verão nos Media portugueses, tal como Jorge Oliveira antecipa no seu parágrafo final...
Com efeito, há fortes razões para não acreditar nas teses do global warming propaladas por Al Gore, pelo IPCC e pelos alarmistas seus seguidores. Uma teoria que se suporta, de forma obsessiva, num componente residual da atmosfera (o teor em volume do dióxido de carbono é inferior a 0,04%...) para justificar quer as ondas de calor, quer as vagas de frio, arrisca-se a não ser uma teoria, mas sim um embuste. |
Jorge Oliveira faz a ponte da pseudo-ciência para a política. A influência das melancias (verdes por fora, vermelhas por dentro) é bem conhecida (realces da minha responsabilidade):
Uma teoria que alimenta um dos mais insidiosos ataques à economia dos Estados Unidos apenas pode subsistir se for patrocinada por um poderoso adversário. Esse adversário existe e chama-se socialismo, a ideologia política com maior implantação no mundo ocidental e visceralmente avessa ao livre pensamento e à liberdade de expressão vigentes nos Estados Unidos e países anglo-saxónicos, nos quais, apesar de igualmente implantada, tem muito menor sucesso. |
Interessante é atentar como Jorge Oliveira consegue enquadrar várias das vertentes da Religião Verde com as políticas chuchalistas, que nos vão chuchando até ao tutano:
Por isso não surpreende que o socialismo tenha adoptado o global warming como uma das suas bandeiras. Uma tese com aura científica, que procura comprometer o sucesso económico dos Estados Unidos, que tem o poder de amedrontar as populações, assim permitindo condicionar a vida e as decisões dos cidadãos, que serve de pretexto para negociatas com as energias renováveis e para o infame comércio de direitos de emissão de dióxido de carbono, faz o pleno para os socialistas. Dificilmente prescindirão de tal recurso. |
O que mais me impressionou no artigo de Jorge Oliveira foi a sua oportunidade. Umas horas depois da saída do Expresso, chega-nos a notícia de que a Câmara dos Representantes votou favoravelmente o término do financiamento dos EUA ao IPCC. Uma notícia que dificilmente verão nos Media portugueses, tal como Jorge Oliveira antecipa no seu parágrafo final...
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Ratoeiras energéticas
A Scientific American publicou uma notícia chocante sobre a qualidade das instalações de energia solar, neste caso nos Estados Unidos. No artigo, Corey Asbill, da Universidade do Novo México, alerta não só para o potencial de falhas dos sistemas, mas sobretudo para situações potencialmente letais.
Asbill , que é um engenheiro electrotécnico, percorre os Estados Unidos oferecendo os seus conhecimentos. Muitas das comunicações que faz são justamente aos instaladores que fazem asneiras. No link acima, ele mostra fotografias das habilidades que têm descoberto. Desde fios de electricidade com os códigos de cores errados, até à ausência de uma etiquetagem incorrecta, tudo ele tem descoberto.
Cá, pelo nosso burgo, nem quero imaginar como seja. Com a habilidade de desenrascar que nos é conhecida, muitas das instalações que há por aí devem ser ratoeiras mortais. Tenham cuidado, especialmente na altura de improvisarem...
Asbill , que é um engenheiro electrotécnico, percorre os Estados Unidos oferecendo os seus conhecimentos. Muitas das comunicações que faz são justamente aos instaladores que fazem asneiras. No link acima, ele mostra fotografias das habilidades que têm descoberto. Desde fios de electricidade com os códigos de cores errados, até à ausência de uma etiquetagem incorrecta, tudo ele tem descoberto.
Cá, pelo nosso burgo, nem quero imaginar como seja. Com a habilidade de desenrascar que nos é conhecida, muitas das instalações que há por aí devem ser ratoeiras mortais. Tenham cuidado, especialmente na altura de improvisarem...
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Animais do zoo também morrem de frio
Um leitor enviou-me um link para uma notícia do IOL que refere a morte de mais de 30 animais num zoo do estado de Chihuahua, no norte do México. Numa notícia do dia seguinte, a CNN já contabilizava a morte de 65 animais nesse mesmo zoo. Nesta notícia verificamos que as temperaturas atingiram os -15ºC, bem como o facto de terem morrido cerca de 10% dos animais desse zoo.
Noutros locais, as notícias são semelhantes. No zoo de Tulsa, no estado de Oklahoma, depois de uma morte de uma girafa o ano passado, felizmente este ano tomaram medidas contra o arrefecimento global. Em Hanói, no Vietname, fazem-se fogueiras, com muito CO2, para manter os animais aquecidos. Na China, também morreram vários animais o ano passado. Na Índia há igualmente vários relatos, como em Ranchi, onde foi preciso ligar os aquecedores para manter os animais vivos, enquanto em Nainital e Patna os animais estão a ser alimentados de forma especial, por forma a resistirem às agruras deste Inverno...
Noutros locais, as notícias são semelhantes. No zoo de Tulsa, no estado de Oklahoma, depois de uma morte de uma girafa o ano passado, felizmente este ano tomaram medidas contra o arrefecimento global. Em Hanói, no Vietname, fazem-se fogueiras, com muito CO2, para manter os animais aquecidos. Na China, também morreram vários animais o ano passado. Na Índia há igualmente vários relatos, como em Ranchi, onde foi preciso ligar os aquecedores para manter os animais vivos, enquanto em Nainital e Patna os animais estão a ser alimentados de forma especial, por forma a resistirem às agruras deste Inverno...
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
À beira de um ataque de nervos
Os ecologistas estão à beira de um ataque de nervos. A Sociedade começa a perceber que os seus investimentos na energia verde são uma utopia, sem retorno. No Reino Unido percebeu-se, menos de um ano depois, o que até o Monbiot dizia: que os subsídios à produção de energia solar estão a sugar mais subsídios do que a energia que produzem. A imagem que acompanha esse artigo é elucidativa: nem vale a pena pensar como se colocam os painéis; o importante são as tarifas muito atractivas! O resultado é que o Governo Inglês vai rever essas tarifas, o que levou ao pânico os verdinhos...
Ainda mais determinado, o governo Holandês reduziu as suas metas para a produção de 20% de energia renovável, ao mesmo tempo que deu também uma machadada nos subsídios para a energia eólica e solar, de um total anual de 4000 milhões de euros, para menos de metade, 1500 milhões de euros. Ao mesmo tempo, resolveu avançar com uma nova central nuclear, a primeira em quase 40 anos...
Um dia, a Revolução vai chegar até nós... Já devia ter chegado!
Ainda mais determinado, o governo Holandês reduziu as suas metas para a produção de 20% de energia renovável, ao mesmo tempo que deu também uma machadada nos subsídios para a energia eólica e solar, de um total anual de 4000 milhões de euros, para menos de metade, 1500 milhões de euros. Ao mesmo tempo, resolveu avançar com uma nova central nuclear, a primeira em quase 40 anos...
Um dia, a Revolução vai chegar até nós... Já devia ter chegado!
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
O Rapagão é um aldrabão!
No início da semana falava sobre os dois portugueses já aldrabados com os carros eléctricos. Mas olhando para uma notícia do Público, onde se vê mais detalhe da história, podemos chegar à conclusão que nos andam a aldrabar. Vejamos um dos parágrafos da notícia (realces da minha responsabilidade):
A notícia continua com o seguinte parágrafo (realces da minha responsabilidade):
Vamos a contas! Na reportagem do Expresso, o Rapagão diz que tem o carro "vai fazer um mês". Como já fez 1433 quilómetros, isso dará uma média ligeiramente superior a 48 quilómetros por dia. Muito inferior aos 150 quilómetros por dia que ele refere. Com um consumo de 6 litros por 100 Km, que será o razoável para o tipo de percurso que o Rapagão faz, e a 1.40€ por litro de gasóleo, o custo mensal com combustível, para fazer esses 1433 quilómetros, seria de cerca de 120 euros. Muito longe dos 600 € badalados pelo Rapagão! Ou então, feitas de outra maneira, será que o carro dele tinha um consumo de cerca de 29.9 litros por 100Km?
Por isso, tudo isto é, concerteza, uma grande aldrabice. Ele que continue a ir pela estrada nacional: assim, contribui de uma forma positiva para com os restantes, libertando a A1 para quem dela efectivamente precisa...
Actualização: Um leitor chama-me a atenção para o facto do Público referir três semanas como o tempo em que os eléctricos estão na posse dos seus donos. Para além da discrepância com o Expresso, as contas mantêm-se engatadas: A média diária sobe para 68Km, ainda menos de metade do que anuncia o Rapagão. O custo mensal que teria com gasóleo sobe para os 172 euros, pouco mais de um quarto do que ele dizia gastar...
É que a poupança em combustível pode atingir as centenas de euros mensais. "Costumava gastar à volta de 600 euros em diesel todos os meses. Agora, desde que comprei este carro, nem me lembro disso", explica José Rapagão, 62 anos, que mora em Lisboa e todos os dias cumpre o trajecto de ida e volta até ao Carregado, onde se situa a sua loja. Todas as noites carrega a bateria do i-MiEV e nunca teve problemas de autonomia. |
A notícia continua com o seguinte parágrafo (realces da minha responsabilidade):
"Ando mais ou menos 150 quilómetros por dia, sempre com este carro. Tenho o cuidado de andar devagar, para não estragar a média, mas, se o deixarmos, ele vai aos 130 km/h com facilidade. Para evitar exageros, não sigo pela auto-estrada [a A1], vou pela estrada nacional." Uma breve interrupção para consultar o painel de bordo e José Rapagão anuncia que já fez 1433 quilómetros. |
Vamos a contas! Na reportagem do Expresso, o Rapagão diz que tem o carro "vai fazer um mês". Como já fez 1433 quilómetros, isso dará uma média ligeiramente superior a 48 quilómetros por dia. Muito inferior aos 150 quilómetros por dia que ele refere. Com um consumo de 6 litros por 100 Km, que será o razoável para o tipo de percurso que o Rapagão faz, e a 1.40€ por litro de gasóleo, o custo mensal com combustível, para fazer esses 1433 quilómetros, seria de cerca de 120 euros. Muito longe dos 600 € badalados pelo Rapagão! Ou então, feitas de outra maneira, será que o carro dele tinha um consumo de cerca de 29.9 litros por 100Km?
Por isso, tudo isto é, concerteza, uma grande aldrabice. Ele que continue a ir pela estrada nacional: assim, contribui de uma forma positiva para com os restantes, libertando a A1 para quem dela efectivamente precisa...
Actualização: Um leitor chama-me a atenção para o facto do Público referir três semanas como o tempo em que os eléctricos estão na posse dos seus donos. Para além da discrepância com o Expresso, as contas mantêm-se engatadas: A média diária sobe para 68Km, ainda menos de metade do que anuncia o Rapagão. O custo mensal que teria com gasóleo sobe para os 172 euros, pouco mais de um quarto do que ele dizia gastar...
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Bomba de neve
Na Coreia do Sul verificou-se a maior tempestade de neve nos últimos 100 anos! Ouviram nas notícias? Provavelmente não... 12000 soldados foram mobilizados para ajudar, na sequência da queda de mais de 60 cm de neve, que os locais consideraram uma bomba de neve. Os civis mobilizados foram muitos mais. O rio Han congelou pela primeira vez em muitos anos. Centenas de casas colapsaram sob o peso da neve. É apenas mais um exemplo do arrefecimento global...
A calçada verde
Antón Uriarte, no seu blog, dá-nos conta como a loucura verde leva a soluções idealistas, mas pouco sensatas. O município de Bilbao vai substituir pedacos da sua calçada urbana, por uma nova calçada, com cada metro quadrado a limpar em 15 anos, 5000 m3 de ar... Segundo as contas de Antón, cada metro quadrado incorporará então 3 kg de CO2. Que serão insuficientes para compensar sequer a respiração de cada nativo, que produzirá cada um 6000 kg de CO2!
Segundo as notícias dos Media espanhóis, esta calçada é 60% mais cara que a anterior. No final, o CO2 será supostamente reciclado, mas não se conta exactamente como... O engodo é claro, à semelhança de outras fraudes, como a das ecobolas. Só que agora são os políticos que compram! Antes plantassem umas árvores: a limpeza do ar seria muito mais efectiva!
Segundo as notícias dos Media espanhóis, esta calçada é 60% mais cara que a anterior. No final, o CO2 será supostamente reciclado, mas não se conta exactamente como... O engodo é claro, à semelhança de outras fraudes, como a das ecobolas. Só que agora são os políticos que compram! Antes plantassem umas árvores: a limpeza do ar seria muito mais efectiva!
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Canova e Rapagão
Pinto de Sá já tinha colocado no "A ciência não é neutra" a novidade, dada este fim de semana pelo Expresso, de que há apenas dois proprietários particulares com um carro eléctrico em Portugal: o Sr. Canova e o sr. Rapagão! Estes senhores serão certamente recordados aqui num futuro próximo, a menos que tenham assinado um contrato de confidencialidade, o que não me admiraria! É provável que quase todos os Portugueses não lhes sigam as pisadas, até porque os 5000 euros prometidos de subsídio parece que não apareceram! Mas ainda há quem acredite no Sócrates, nem que sejam um ou dois... Os outros, eu e os estimados leitores, pagamos a brincadeira!
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Mais dados da Eurostat
Ainda antes de publicar no outro dia os dados do Eurostat animados, já tinha um contributo de outro leitor, que me apontava para os dados da energia, transporte e ambiente da Eurostat. Dos dados que mais me chamaram à atenção, estão as imagens abaixo. Na primeira, podemos observar como somos um dos países da Europa com menos consumo, per capita, de electricidade... Para além dos nossos rendimentos não o permitirem, no segundo gráfico podemos confirmar que o preço da electricidade, mais acima na média europeia, deve explicar porque é que somos mais poupados. E se olharmos para o preço do gás, no último gráfico, estamos ainda mais próximos da primeira posição, onde ninguém quer estar!
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Datacenter aquece a Covilhã
Um leitor apontou-me para uma notícia que me havia escapado... Parece que a Portugal Telecom vai investir uns milhões num data-center para sistemas informáticos, na cidade da Covilhã. Até aqui, tudo bem. O problema é que o data-center vai "ter um parque eólico que servirá em termos de necessidades de electricidade". Seguindo a notícia, rapidamente se chega à notícia oficial, no site da própria Portugal Telecom:
Numa outra página da Portugal Telecom, podemos observar as razões da escolha da Covilhã (destaque da minha responsabilidade):
Resumindo, o que a PT quer é aproveitar o ar fresco lá do sítio para arrefecer os computadores; o calor destes servirá para aquecer o ambiente da Covilhã. Os locais agradecerão, especialmente no Inverno... Entretanto, e quando não houver vento, haverá Internet?
Comprometida com a sustentabilidade, a PT anunciou paralelamente a criação de um parque eólico com 28 torres que irá assegurar a produção de energia renovável para o data center, um sistema free cooling e sistema de controlo, monitorização e eficiência energética. O projecto assume-se como uma aposta estratégica na redução significativa de consumos, sendo um dos poucos que agrega a criação conjunta de um data center com um parque para produção de energia renovável. |
Numa outra página da Portugal Telecom, podemos observar as razões da escolha da Covilhã (destaque da minha responsabilidade):
Será uma referência mundial em termos de eficiência energética, com poupanças de 93.000 toneladas de CO2 e de 40% no consumo de energia, com utilização de sistemas de refrigeração ambientalmente responsáveis de free cooling (de acordo com o Instituto de Meteorologia a Covilhã apresenta das melhores condições ambientais, temperatura do ar e humidade que maximizam os sistemas de arrefecimento) e aproveitamento de energia solar. |
Resumindo, o que a PT quer é aproveitar o ar fresco lá do sítio para arrefecer os computadores; o calor destes servirá para aquecer o ambiente da Covilhã. Os locais agradecerão, especialmente no Inverno... Entretanto, e quando não houver vento, haverá Internet?
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Sistema Eléctrico Espanhol
No excelente Desde El Exilio, verificamos como o sistema eléctrico espanhol está efectivamente desequilibrado, tal como o nosso. No mesmo post temos os links para documentos muito interessantes do país vizinho, como os referentes aos dados estatísticos provisórios de 2010, o mapa do sistema eléctrico espanhol, e outro mapa das suas centrais eléctricas.
No post de Manuel Ordoñez, confirmamos que Espanha terminou 2010 com 103 GW de potência instalada. Como ele diz, tal potência poderia permitir uma lâmpada economizadora acesa para cada um dos 7 mil milhões de pessoas do planeta. Obviamente, a potência instalada não significa nada, e a prova é a de que o período com mais produção de energia em Espanha se verificou ao final da tarde de 11 de Janeiro, em que os espanhóis consumiram cerca de 44 GW. Ou seja, um sistema eléctrico claramente sobredimensionado! Tal como o nosso...
Vale a pena ficar atento ao blog de Ordoñez. Ele promete evidenciar mais verdades inconvenientes...
No post de Manuel Ordoñez, confirmamos que Espanha terminou 2010 com 103 GW de potência instalada. Como ele diz, tal potência poderia permitir uma lâmpada economizadora acesa para cada um dos 7 mil milhões de pessoas do planeta. Obviamente, a potência instalada não significa nada, e a prova é a de que o período com mais produção de energia em Espanha se verificou ao final da tarde de 11 de Janeiro, em que os espanhóis consumiram cerca de 44 GW. Ou seja, um sistema eléctrico claramente sobredimensionado! Tal como o nosso...
Vale a pena ficar atento ao blog de Ordoñez. Ele promete evidenciar mais verdades inconvenientes...
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Racionamento no Reino Unido
Um leitor atento apontou-me na direcção de um relatório elaborado pelos parlamentares britânicos, onde se refere que até 2020 será necessária a implementação de um sistema de racionamento de energia e combustível! O relatório intitulado "Tradable Energy Quotas" surge devido à hipocrisia de reduzir as emissões de CO2 em 80% até 2050! Ou seja, mandata-se um menor consumo, racionando-se a utilização de energia, não porque ela seja escassa, mas porque se está possuído de uma fé religiosa! Para um país onde se morre imenso de frio, os ingleses vão ter que arranjar umas alternativas às enciclopédias para se aquecerem, ou andarem ainda mais às voltas de autocarros...
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Fim à publicidade enganosa das ecobolas em Espanha
Andam por aí umas pessoas que acham que não tenho que desmascarar as ecobolas. Que devemos deixá-las andar por aí, descansadinhas. Porque, mesmo que não façam nada, também não fazem mal...
Não sou desse género! Temos que acabar com estas aldrabices verdes, religiosas, de interesses económicos, que claramente andam a enganar os consumidores. E, enquanto em Portugal proliferam as vendas, aqui ao lado em Espanha, o Instituto Nacional de Consumo (INC), pertencente ao Ministerio da Saude e Política Social, requereu aos vendedores das ecobolas que cessem a sua publicidade enganosa. Tudo isto surge depois dos laboratórios do INC terem confirmado o óbvio: que as ecobolas não lavam melhor, e até lavam pior, que só com água!
A leitura dos comentários do artigo é de partir o coco a rir! E por outros blogs espanhóis, a coisa é a mesma: consumidores incautos a perceber que a religião ECO é uma fraude...
Não sou desse género! Temos que acabar com estas aldrabices verdes, religiosas, de interesses económicos, que claramente andam a enganar os consumidores. E, enquanto em Portugal proliferam as vendas, aqui ao lado em Espanha, o Instituto Nacional de Consumo (INC), pertencente ao Ministerio da Saude e Política Social, requereu aos vendedores das ecobolas que cessem a sua publicidade enganosa. Tudo isto surge depois dos laboratórios do INC terem confirmado o óbvio: que as ecobolas não lavam melhor, e até lavam pior, que só com água!
A leitura dos comentários do artigo é de partir o coco a rir! E por outros blogs espanhóis, a coisa é a mesma: consumidores incautos a perceber que a religião ECO é uma fraude...
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Dados do Eurostat animados
Um leitor deixou-me um apontador para um elemento interactivo, que nos permite visionar de forma animada, os dados estatísticos da energia, do Eurostat. Se não conseguirem ver o elemento abaixo, podem ver no local original. Podem ir visualizando diversos indicadores, na barra do fundo. Muito interessante é irem variando os anos no canto superior direito, e verificando a evolução de cada um dos países, em cada uma das dimensões. O efeito visual é muito interessante!
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Torrar dinheiro
A nossa Ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, já tinha dado sinal que o que mais gosta de fazer é torrar dinheiro em coisas que nada ajudam ao Ambiente em Portugal. Agora, pela calada da noite, recebi uma nota a indicar que ela continua a insistir! Inaugurou esta sexta-feira passada, na Guiné-Bissau, um sistema de painéis solares para fornecimento de energia eléctrica à Faculdade de Direito de Bissau. Tudo pago pelos contribuintes portugueses!
Como nos nossos Media não vi qualquer referência ao turismo da Pássaro, umas pesquisas na Internet revelam rapidamente o que ela anda a fazer à nossa custa. Na mesma faculdade, deu uma palestra dedicada ao tema "Exportação de resíduos sólidos pelos Estados desenvolvidos e a sua receção pelos Estados em desenvolvimento". E na véspera, assinou dois memorandos de entendimento na área do ambiente e das alterações climáticas. Para torrarmos mais dinheiro...
Como nos nossos Media não vi qualquer referência ao turismo da Pássaro, umas pesquisas na Internet revelam rapidamente o que ela anda a fazer à nossa custa. Na mesma faculdade, deu uma palestra dedicada ao tema "Exportação de resíduos sólidos pelos Estados desenvolvidos e a sua receção pelos Estados em desenvolvimento". E na véspera, assinou dois memorandos de entendimento na área do ambiente e das alterações climáticas. Para torrarmos mais dinheiro...
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Pouca terra, pouca terra
Os leitores mais antigos do blog sabem que o Ecotretas e o Henrique Pereira dos Santos têm tido alguns desacordos, no passado. Mas cada vez mais os seus artigos na Ambio se parecem aos escritos pelo Ecotretas, dado o seu conteúdo. É o caso do seu recente artigo, o mito do comboio, em que se enumera um conjunto de argumentos, que destroem por KO os saudosismos de um conjunto de ecologistas e loucos, que infelizmente abundam neste país! É claro que já ninguém defende o transporte de burro, e de coche, e a evolução da Sociedade não se pode fazer à custa da manutenção de comboios que andam às moscas, e que de repente levam efectivamente alguém, subindo a média para três ou três ou quatro passageiros por comboio...
Mas atentemos nas palavras de Henrique, no seu artigo (realces da minha responsabilidade):
Mas atentemos nas palavras de Henrique, no seu artigo (realces da minha responsabilidade):
Confesso que não pensava escrever tanto sobre comboios e transportes. Mas a quantidade de comentários aqui, e artigos noutros lados, sem o menor resquício de racionalidade na discussão do problema, faz-me voltar ao assunto. |
O comboio não é importante em si mesmo (como pretende muita da gente do sector ferroviário), o importante é a mobilidade. Por isso discutir o comboio é discutir, em primeiro lugar, mobilidade. |
As circunstâncias em que o comboio serve são aquelas em que existe um dimensão suficiente no volume potencial de transporte de pessoas e bens para quem o preço é mais importante que a flexibilidade. Defender linhas de comboio que não se encaixam nestas condições é contribuir para a perda de competitividade do comboio face às alternativas nas áreas em que o comboio poderia ser útil, económica, social e ambientalmente. |
Discutir o comboio com base em patetices como as que mais uma vez vi hoje escritas no Público é diminuir a possibilidade de discutir seriamente as opções de mobilidade em Portugal. Dois exemplos das patetices que são muito edificantes: Beja não quer ser subalternizada em relação e Évora e não ter intercidades directo é uma desconsideração pelos Bejenses, ou o preço e o tempo de ir de comboio de Castelo de Vide para Coimbra é muito menor que ir de autocarro, sem discutir quantas pessoas por ano querem (ou mesmo podem vir a querer) ir de Castelo de Vide para Coimbra . |
O que isto quer dizer é simples: deixemo-nos de lérias e olhemos desapaixonadamente para o assunto, pondo o comboio no seu lugar e discutindo o transporte ferroviário como deve ser discutido. |
O que significa, sobretudo para o movimento ambientalista, abandonar a diabolização do automóvel (principalmente onde ele é inegavelmente insubstituível) e o romantismo dos comboios pitorescos. |
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Pontes verdes
Algumas vezes tropeço em notícias que são autênticas aberrações. Hoje, no Expresso, há uma dessas, sobre pontes que produzem energia. Como se pode ver pela imagem ao lado, os designers italianos Francesco Colarossi, Giovanna Saracino e Luisa Saracino propoem umas pontes com uns geradores eólicos na sua estrutura. Eles concorreram a um concurso para a construção da ponte ideal que ligasse Bagnara Calabra e Scilla, em Itália. A ponte teria também, obviamente, painéis solares para produzir mais alguma energia. Mas o mais surpreendente é que eles também querem umas áreas verdes, com pequenas lojas de frutas e vegetais dos agricultores locais, para os automobilistas poderem parar e comprar, depois de contemplar a paisagem... Que não inclui, naturalmente, a visão dos geradores! Mas pensando bem, porque é que os designers não colocaram a paragem e o local de observação com vista-mar?
Eu nem quero imaginar o que se poderia fazer mais na ponte! Talvez falte o colector de águas, que pudesse ser depois utilizada para produzir uns refrescos, com sabor a alcatrão. Talvez mais umas ventoinhas que aproveitassem a corrente de ar provocadas pelos automóveis. É claro que não se vêem é os postes de alta tensão na imagem. Porque eles até seriam necessários para alimentar de energia eléctrica as lojas e as lâmpadas, quando o vento e o sol falhasse...
Actualização: Um leitor enviou-me um link, onde estão mais detalhes, e os restantes concorrentes, com o classificado em primeiro lugar a ser ainda mais aberrante...
Eu nem quero imaginar o que se poderia fazer mais na ponte! Talvez falte o colector de águas, que pudesse ser depois utilizada para produzir uns refrescos, com sabor a alcatrão. Talvez mais umas ventoinhas que aproveitassem a corrente de ar provocadas pelos automóveis. É claro que não se vêem é os postes de alta tensão na imagem. Porque eles até seriam necessários para alimentar de energia eléctrica as lojas e as lâmpadas, quando o vento e o sol falhasse...
Actualização: Um leitor enviou-me um link, onde estão mais detalhes, e os restantes concorrentes, com o classificado em primeiro lugar a ser ainda mais aberrante...
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
A História repete-se...
No blog Sol e Mudanças Climáticas abordou-se no início desta semana a importância do clima, no contexto da queda do Império Romano. Tais factos são relativamente conhecidos, sendo que o aquecimento e o arrefecimento condicionaram muito a História passada. O artigo propriamente dito, de Buntgen et al., intitula-se "2500 Years of European Climate Variability and Human Susceptibility", e saiu na Science no passado mês de Janeiro. Vários artigos na Internet abordam a forma como o calor conduziu ao desenvolvimento civilizacional, enquanto os períodos mais frios significaram um retrocesso no desenvolvimento humano...
Para um apaixonado de História, como eu, nada de novo! Já sabemos que o Planeta foi mais quente no passado, e que agora estamos a descobrir coisas que o gelo cobriu num passado mais quente. Porque o Holoceno, e sobretudo o seu Óptimo Climático, significaram o surgimento das primeiras grandes civilizações. E depois verificaram-se igualmente o Período Quente Romano e o Período Quente Medieval, com este último a contribuir, entre outros, para o surgimento de um pequeno grande país, a oeste da Europa...
Infelizmente, os calhamaços da História são hoje praticamente proscritos, pois revelam verdades bem inconvenientes para a Religião Verde! Por isso da minha biblioteca saco este pequeníssimo excerpto, do livro "Climate, history and the modern world", de H. H. Lamb, já depois de virar um troca-tintas, e que revela que não há nestes novos papers peer-reviewed, nada de novo:
Para um apaixonado de História, como eu, nada de novo! Já sabemos que o Planeta foi mais quente no passado, e que agora estamos a descobrir coisas que o gelo cobriu num passado mais quente. Porque o Holoceno, e sobretudo o seu Óptimo Climático, significaram o surgimento das primeiras grandes civilizações. E depois verificaram-se igualmente o Período Quente Romano e o Período Quente Medieval, com este último a contribuir, entre outros, para o surgimento de um pequeno grande país, a oeste da Europa...
Infelizmente, os calhamaços da História são hoje praticamente proscritos, pois revelam verdades bem inconvenientes para a Religião Verde! Por isso da minha biblioteca saco este pequeníssimo excerpto, do livro "Climate, history and the modern world", de H. H. Lamb, já depois de virar um troca-tintas, e que revela que não há nestes novos papers peer-reviewed, nada de novo:
Roman horticultural writers in Pliny's time, and in the previous century, drew attention to the fact that the vine and the olive could then be cultivated farther north in Italy than had been the custom in earlier centuries. This agrees with the general indications of various kinds of fossil or proxy climatic data that there was a continued tendency towards recovery of warmth in Europe through Roman times, and of increasing dryness, until about AD 400. A gradual, global warming up to AD 400 would, of course, be consistent with the evidence of rising sea level... |
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Yasi vs. Mahina
O ciclone Yasi será uma das armas de arremesso dos alarmistas nos próximos dias. Ao contrário do Snowpocalypse, que pouca importância parece ter recolhido... O fenómeno é anormal, naquela região, para os tempos presentes. Mas não o é para a História. Várias listas mostram-nos como os piores ciclones já não são propriamente recentes, com seis dos dez piores a ocorrerem há mais de 80 anos! Neste site, podemos observar o relato de como um ciclone ainda mais potente, o Mahina, varreu o nordeste australiano, há mais de 110 anos (realces da minha responsabilidade):
Parte da investigação sobre este desastre natural de 1899, é relatada no vídeo abaixo. A digitalização do livro está disponível neste link, que recomendo vivamente, e donde retirei a imagem acima. Uma lista interessante sobre ciclones em Queensland, é visível neste link.
Por isso, isto é uma tempestade à antiga, sendo que no WattsupWithThat, podemos observar gráficos de parâmetros meteorológicos na ilha de Willis, que atestam as características de uma tempestade deste género. Felizmente, quando o Homem olha para as previsões meteorológicas, e se esquece do CO2, é possível previnir para remediar. E os australianos já estão vacinados... Depois, no final, logo veremos se há tubarões e golfinhos que ficaram pendurados?
On Saturday 4 March 1899 this category 5 cyclone caused one of Australia’s worst natural disasters. Winds reached 260 kilometres an hour. A tsunami of 14.6 metres swept inland for 5 kilometres. The pearling fleet was smashed and over 400 people lost their lives. Most were Asian and Islander crew members. Only a handful of white men died. Some of the estimated 100 Aboriginal people killed were swept away at Cape Melville while assisting shipwrecked sailors. Sharks and dolphins were left hanging from trees and cliffs. Condolences came from around the world but few people today know of the disaster. Such is history’s fickle memory that forgets events at distant places and deaths of unnamed strangers. |
Parte da investigação sobre este desastre natural de 1899, é relatada no vídeo abaixo. A digitalização do livro está disponível neste link, que recomendo vivamente, e donde retirei a imagem acima. Uma lista interessante sobre ciclones em Queensland, é visível neste link.
Por isso, isto é uma tempestade à antiga, sendo que no WattsupWithThat, podemos observar gráficos de parâmetros meteorológicos na ilha de Willis, que atestam as características de uma tempestade deste género. Felizmente, quando o Homem olha para as previsões meteorológicas, e se esquece do CO2, é possível previnir para remediar. E os australianos já estão vacinados... Depois, no final, logo veremos se há tubarões e golfinhos que ficaram pendurados?
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Uma "vaquinha" solar
O leitor Alexandre Gonçalves fez-nos chegar um link para uma notícia que nos dá conta que a loucura solar também já chegou a França! Num país independente em termos energéticos, e com um preço de energia muito baixo, devido aos baixos custos da energia nuclear, os franceses resolveram começar a inventar com energia solar... A loucura tomou conta dos gauleses, com os agricultores franceses a construírem celeiros com o único objectivo de os cobrirem com painéis fotovoltaicos! Depois de serem aconselhados a livrarem-se das suas vaquinhas...
A brincadeira já está a custar à EDF (Electricite de France) mais de mil milhões de euros por ano, ainda assim bastante inferior ao défice espanhol. A brincadeira tomou esta dimensão porque a tarifa feed-in em França foi a mais elevada no contexto europeu, em 2009. Tal fez com que o valor da EDF tenha descido 20% no último ano, ao contrário da média de 3.7% do Índice "Stoxx 600 Utilities".
Em função destes excessos, os países europeus estão a dar conta deste disparate. A República Checa introduziu um imposto solar em Dezembro. Espanha limitou as horas durante as quais é possível produzir recorrendo-se a subsídios elevados. A França, em 10 de Dezembro, introduziu um congelamento de novos projectos, depois de dois cortes de tarifas em 2010. Ainda assim, para este ano o preço será de cerca de 546 euros por MWh, cerca de 10 vezes o valor de mercado, que é de 55 euros por MWh.
Em Portugal, obviamente ainda não se fez nada para controlar esta peste!
A brincadeira já está a custar à EDF (Electricite de France) mais de mil milhões de euros por ano, ainda assim bastante inferior ao défice espanhol. A brincadeira tomou esta dimensão porque a tarifa feed-in em França foi a mais elevada no contexto europeu, em 2009. Tal fez com que o valor da EDF tenha descido 20% no último ano, ao contrário da média de 3.7% do Índice "Stoxx 600 Utilities".
Em função destes excessos, os países europeus estão a dar conta deste disparate. A República Checa introduziu um imposto solar em Dezembro. Espanha limitou as horas durante as quais é possível produzir recorrendo-se a subsídios elevados. A França, em 10 de Dezembro, introduziu um congelamento de novos projectos, depois de dois cortes de tarifas em 2010. Ainda assim, para este ano o preço será de cerca de 546 euros por MWh, cerca de 10 vezes o valor de mercado, que é de 55 euros por MWh.
Em Portugal, obviamente ainda não se fez nada para controlar esta peste!