Um amigo mui verde dizia há dias: "tu não respeitas o consenso científico em redor do aquecimento global". Não, nada disso. O meu problema não está no tal consenso científico. O meu problema está na linguagem agressiva e intolerante do ambientalismo, nomeadamente de muitos cientistas-ativistas. O meu problema está nessa estranha fusão entre ciência e ativismo. Certa vez, ouvi ao vivo um cientista a dizer o seguinte: "como é que alguém pode por em causa a tese do aquecimento global provocado pelo Homem?". E este excelso senhor, com phd e tudo, dizia aquilo com um ar de nojo, um ar de indignação moral. Ou seja, aquele cientista comportou-se de forma anti-científica, pois transformou uma questão técnica numa questão moral, transformou uma hipótese num dogma. A ciência moderna fez-se - precisamente - contra aqueles que estavam sempre a dizer "como é que se pode pôr isto em causa, meu Deus?". A teoria tem demasiados buracos, mas o meu problema nem é esse. O meu problema está na obsessão do ambientalismo com o Homem. O Homem é sempre a ameaça. O Homem ou a Humanidade (sempre com o peso da maiúscula) é a sarna do mundo. Em Tópicos para uma Catástrofe, Elizabeth Kolbert é bem clara neste ponto: a terra, diz-nos a autora, entrou numa fase chamada "Antropoceno", uma nova era que se define pelo facto de uma criatura - o Homem - ser tão poderosa que pode alterar o planeta a uma escala geológica. Ora, este é o velho antropocentrismo do pensamento ultra-racionalista. Nos séculos XVII e XVIII, este antropocentrismo emergiu no chamado iluminismo. Nessa altura, dizia-se que o Homem era tão poderoso que podia controlar a natureza em seu benefício, de forma positiva. O Homem era o centro do mundo e podia fazer tudo, porque a sua acção só podia ser benigna. Séculos depois, este ambientalismo é o herdeiro directo dessa mentalidade. Mudou de cor? Sim. A utopia tecnológica deu lugar à distopia ambiental? Sim. Mas a maneira de pensar é a mesma: o Homem está no centro de tudo. O Homem santo do iluminismo deu lugar ao Homem pulha do ambientalismo, mas o Homem continua a ser a causa de tudo. É por isso que - como dizem vários cientistas não-ativistas - os vulcões e as variações do Sol ficam de fora dos modelos climatéricos do costume. Um pouco estranho, não? É por isso que que as vanguardas do ambientalismo procuram explicações antropocêntricas para fenómenos naturais como o tsunami do Japão. Como não toleram a existência de forças superiores ao Homem, como não toleram uma natureza superior ao Homem, estas vanguardas verdes acham que os atos da natureza só podem ser efeitos de uma causa humana. Um pouco anti-científico, não? |
EcoTretas é um espaço dedicado a evidenciar os disparates que se dizem e fazem à volta da Ecologia. Especialmente dedicado aos ecologistas da treta, essa espécie que se preocupa mais com uma pata partida de um qualquer animal, do que com um fogo florestal! Aqueles que são anti-americanos, mas que gostam do Al Gore.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
O Homem, esse pulha
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Ferros na APREN
Não me enganei! Vários leitores comunicaram-me que a APREN tinha disponibilizado o
Das muitas verdades que o estudo foge, como o Diabo foge da cruz, a maior é obviamente a das tarifas feed-in. Começam logo por varrer o problema para debaixo do tapete, no início do documento, e se repararem, no resto do documento só é referido, de forma insignificante, mais duas vezes:
As tarifas feed-in (FIT) da PRE-FER em Portugal são competitivas em comparação com as dos países europeus analisados neste Estudo, nomeadamente Espanha, Alemanha, Itália e França. Em 2010, o valor médio das tarifas da PRE-FER em Portugal situou-se 15% abaixo da média dos países Europeus e a actual FIT aplicada à energia eólica, para os projectos instalados a partir de 2009 (70 €/MWh), apresenta-se igualmente como a mais baixa. |
Se olharmos para as actuais tarifas feed-in, podemos ver que dos quatro países referenciados, apenas a Itália está suficientemente longe. Mas, o problema como sabemos, nem sequer é das tarifas para os projectos novos, que continuam todavia claramente acima do valor de mercado. O problema é a herança do querido Líder! Que associou por muitos e longos anos tarifas elevadíssimas ao pioneirismo português na matéria. Vejam como as tarifas eram há quatro anos atrás, descritas neste estudo europeu:
Cliquem para ver melhor e confirmar que estavamos claramente no pelotão da frente da roubalheira eólica, e novamente à frente de Espanha, Alemanha e França! Por isso, quando a APREN nos acena com os 70 €/MWh, sabe que nos está a esconder a herança do passado. E não é preciso ir muito longe, para provar não só que o valor não está a descer, como está mesmo a subir!
No site da ERSE podemos ver a mais recente Informação Sobre Produção em Regime Especial, que incorpora os dados actualizados a Julho de 2011. Na página 12 do PDF podemos constatar que o custo médio da energia eólica, para este ano era de 95.4 €/MWh em Julho, o valor mais elevado de sempre, conforme podem ver na página 5 do mesmo documento! Pior é ainda constatar que este valor está a subir, como se pode ver pelo valor de 93.8 €/MWh para Abril e 94.0 €/MWh para Maio...
Enfim, é mais um ferro neste touro das energias alternativas em Portugal, e das eólicas em particular. Bruno Camona, na Luz Ligada, já havia ontem espetado um ferro. A estocada segue dentro de momentos! Eh touro!
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Vinho do Porto com mais CO2
Eu comecei por tropeçar num artigo de 2009, Effects of elevated CO2 on grapevine (Vitis vinifera L.): Physiological and yield attributes. Nele, Moutinho et al. descrevem como se comportam as videiras num ambiente normal, e noutro enriquecido com níveis de CO2 de 550ppm. As experiências decorreram entre 2004 e 2006, sendo que os resultados são particularmente conclusivos (todos os realces da minha responsabilidade):
The elevated [CO2] concentration increased net photosynthetic rate (A), intrinsic water use efficiency (A/gs), leaf thickness, Mg concentration, C/N, K/N and Mg/N ratios and decreased stomatal density and N concentration. Nevertheless, stomatal conductance (gs), transpiration rate (E), photochemical efficiency (Fv/Fm), leaf water potential, SPAD-values and Red/Far-red ratio transmitted by leaves were not significantly affected by [CO2]. Meanwhile, there is no evidence for downward acclimation of photosynthesis and stomatal conductance. Yield, cluster weight and vigour showed an increase in elevated [CO2] treatment but yield to pruning mass ratio was unaffected. |
Depois de descobrir esta pérola, descobri outro artigo, este mais apropriado para enólogos. Intitulado "Effects of Elevated CO2 on Grapevine (Vitis vinifera L.): Volatile Composition, Phenolic Content, and in Vitro Antioxidant Activity of Red Wine", enumera uma série de aspectos químicos, antes de dar a machadada final nos alarmistas:
This study showed that the predicted rise in [CO2] did not produce negative effects on the quality of grapes and red wine. Although some of the compounds were slightly affected, the red wine quality remained almost unaffected. |
Ciência à Al Gore
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Onde pára o estudo da APREN?
É claro que no artigo da manhã do alarmista Público, ao menos podemos ver a ponta do iceberg. É claro que as contas foram ajustadas, como as seguintes citações o demonstram (realces da minha responsabilidade):
O que a nova análise faz é calcular de forma diferente alguns benefícios e custos associados à produção eléctrica, com base numa “visão económica ajustada”. Em primeiro lugar, associa à factura das grandes hídricas e das centrais térmicas várias despesas que não têm sido contabilizadas como tal por estarem desligadas do mercado grossista de electricidade, mas que se refl ectem na factura paga pelos portugueses. Neste primeiro “bolo” estão as rendas pagas aos proprietários dos terrenos das centrais e as licenças de CO2 ligadas à emissão de gases poluentes pelas térmicas, mas sobretudo a remuneração garantida que é paga aos produtores em regime ordinário. (...) Ora, a nova avaliação apresentada pela Apren subtrai às despesas com as renováveis o pagamento obrigatório aos municípios de uma renda (2,5% da facturação) pelas centrais eólicas, uma vez que os benefi ciários são as autarquias. Calcula também o impacto positivo das perdas de energia que se evitam no transporte de energia renovável através da rede, pois a distância percorrida é menor. Em terceiro lugar, contabiliza o chamado “efeito de ordem de mérito”: a redução do preço da electricidade no mercado, devido ao aumento da oferta de energia que vem de fora, com origem na produção renovável. E, por último, as contrapartidas que foram pagas pelos produtores ao Estado, nos últimos concursos de atribuição de potência. |
Ou seja, cheira-me que vou ter que re-apreender como se soma e subtrai! Mas o que me cheira mais forte é que este estudo não veja a luz do dia, e se fique pelos chavões. Se algum dos leitores lhe deitar a mão, não deixe de mo encaminhar...
Co-geração
O problema da co-geração é um problema grave no contexto da geração da energia eléctrica em Portugal, e a ele nos havíamos referido anteriormente, notavelmente neste post sobre a Semapa. Esta foi a empresa neste domínio mais prejudicada pela chegada da Troika, porque tem sido a que mais dinheiro tem extorquido, que somou o equivalente a mais de 5 euros, a cada Português, em 2010! Mas segundo o calendário da própria Troika, este e outros problemas, enquadrados no âmbito dos Custos de Interesse Económico Geral, terão que ser atacados até ao final do ano. Não deverá faltar muito para haver novidades neste domínio...
sábado, 24 de setembro de 2011
Ciclistas assassinos
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Alterações Climáticas são um segredo nacional!
Se a informação que a CIA tem sobre as Alterações Climáticas é secreta, só podemos aqui imaginar porquê... Porque se o segredo é sobre a subida dos mares, então a Miss Rhode Island 2006 já divulgou tudo no outro dia. Se é sobre o impacto que os extra-terrestes possam ter no clima da Terra, também isso já foi divulgado... Se fosse qualquer coisa de alarmista, acreditem que já ouvimos falar dela!
Ou talvez então eles, a CIA, tenham finalmente descoberto o segredo: que isto das Alterações Climáticas são uma fraude! Ora aí está um segredo nacional que interessa preservar... Como poderia o Al Gore perdoar ao seu amigo Obama tal revelação? Como poderia a Miss Rhode Island 2006 voltar a dar a cara? O que seria feito dos nobres cientistas da NASA? Enfim, razões muito fortes para que as Alterações Climáticas sejam um grande segredo!
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Toca a acordar
A empresa de electricidade EDA (Electricidade dos Açores) viu-se obrigada a desmantelar o parque eólico na Lomba dos Frades, na ilha do Faial, nos Açores e construir um novo mais longe das habitações. Tudo porque a população resolveu bater o pé e queixar-se do ruído. Inicialmente a reinvindicação obrigou a EDA a desligar o parque todos os dias entre as duas e as sete da manhã. Mas a viabilidade da estrutura acabou por ficar em causa e a empresa decidiu retirar os aerogeradores e aproveitá-los para ampliar os parques nas ilhas do Pico, Graciosa e Santa Maria, situados longe de habitações. Já no Faial foi decidido construir-se um novo parque na freguesia do Salão, com maior produção que o actual e localizado num sítio que não prejudique a população. |
Depois de referenciar o caso de Torres Vedras, Francisco Ferreira, vice-presidente da Quercus, refere mais alguns casos:
Francisco Ferreira relata ainda a mobilização das populações que vivem perto de três moinhos eólicos junto ao Pico, Alto, sítio da freguesia de Messines, do Parque Eólico de Silves, na aldeia de Gandromar, na Serra da Lousã, e na aldeia de Chãos, situado perto do Parque Eólico da Serra dos Candeeiros, em Rio Maior. Se neste último caso, a luta da população ainda não teve frutos, nos outros, foi decidida a paragem dos parques durante a noite. |
O primeiro caso também conhecia, pela publicação desta carta de um dos afectados. Os restantes dois não conhecia. Mas não há como dar-lhes voz. No primeiro caso, Gandromar, não encontrei uma única referência, nem sequer parece existir o local, sendo Gondramaz o que mais se aproxima da mais que certa gralha da jornalista. No caso do Parque Eólico da Serra dos Candeeiros, da leitura da exposição de um professor primário da região, Júlio Ricardo, fica-nos uma ideia clara dos impactos, e o facto da luta ser já antiga.
Por isso, é sempre muito bom saber que as populações começam a acordar. Infelizmente, acontece porque lhes dão conta do sono. Mas é um toca a acordar para todos aqueles que ainda têm receio de afrontar estes interesses instalados!
domingo, 18 de setembro de 2011
Sente-se o pânico...
E as empresas estão na expectativa. Principalmente as do sector eólico. O seu futuro em Portugal poderá estar mesmo dependente, em muitos casos, dos apoios que vão ou não continuar a existir. |
Vejamos como é o caso da ENEOP. Vejam como tudo isto é artificial, segundo o próprio Aníbal Fernandes, presidente da ENEOP:
A modalidade de financiamento acordada no contrato assinado em Outubro de 2006 era o 'project finance', sendo que os accionistas só teriam de colocar capitais próprios no montante equivalente entre 15% a 20% do valor do investimento. Foi o que aconteceu no primeiro lote financiado pelo BEI e uma série de bancos comerciais. Como a partir de Dezembro de 2010 não mais foi possível encontrar soluções de financiamento, os accionistas, para evitar que o projecto parasse, substituiram-se aos bancos nesse montante de 500 milhões de euros. (...) Este esforço que está a ser feito por todos os accionistas está a tornar-se incomportável. |
Tal como o Al Gore, a culpa de isto não estar a correr bem é dos cépticos. Vejam bem o último parágrafo do artigo (realces da minha responsabilidade):
Também Aníbal Fernandes confessa os seus receios: "Pela primeira vez vejo uma nuvem negra no horizonte". O responsável acusa ainda os críticos das energias renováveis como caluniadores, defendendo, ao contrário, que se devia "conjugar esforços a todos os níveis para encontrar soluções", já que "este projecto é um contributo líquido para o Estado". E sublinha: "nos últimos anos, este foi um dos poucos sectores industriais que criou emprego em Portugal", estando por isso convicto de que "perdurará o bom senso". |
João Carvalho, vice-presidente para o fotovoltaico da Associação Portuguesa da Indústria Solar, resume a coisa da forma óbvia:
No sector solar fotovoltaico a bonificação à tarifa é fundamental. Sem ela, o período de retorno do investimento tornaria estes investimentos pouco interessantes para os promotores. |
Resumindo, são como os bébés: tira-se-lhes a xuxa e começam a chorar!
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Pró galheiro
- Agência Portuguesa do Ambiente
- Autoridade Florestal Nacional
- Comissão para as Alterações Climáticas
- Programa Polis - Programa de Requalificação Urbana e Valorização Ambiental das Cidades
- Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território
- Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, I. P.
- Administração da Região Hidrográfica do Algarve, I. P.
- Administração da Região Hidrográfica do Centro, I. P.
- Administração da Região Hidrográfica do Norte, I. P.
- Administração da Região Hidrográfica do Tejo, I. P.
- Instituto da Água, I. P.
- Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I. P.
- Comité Executivo para as Alterações Climáticas
- Instituto de Meteorologia, I. P.
Fora da área de intervenção do Ecotretas, saúda-se a extinção de um grande conjunto de inutilidades. Não deixem de consultar a lista completa.
Climate Reality religion
I have collected a series of posts in the past, mostly in Portuguese, that show how Global Warming, Climate Change and all similar rubbish, use similar strategies as most religions do. There is a good essay linking Global Warming as a Religion and not Science. But now we have Miss Rogers showing us how this is a matter of faith and morality! She even cited Matthew 7:12. Speaking like this, she will soon be promoted to Bishophood! Enjoy the Mass:
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
It is rising...
Higgins didn't have a clue, but suggested that in the next 50 years it would be in the neighborhood of less than half a meter. Gosh, when scientists don't have a clue, than the priests just jump in. Meet Allison Rogers, former Executive Director from Green the Capitol. Who is this cute girl, I thought? Well, like she was presented before, she has a degree in Religion and was Miss Rhode Island 2006! These beautiful girls just say whatever they hear, and for her, the sea level can go up 39 feet, well you know because all that ice from Greenland and Antarctica could just melt...
There were more questions. Higgins still didn't know... We just can't emit more CO2. You just have to see the video to get an idea how good this Climate Reality was... If you cannot see it below, or want a better quality, just go here, and fast-forward till 52:53
Realidade Climática nos cartoons do Josh
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Gore-a-thon
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Horngate: how contamination has been going on
I could start in many places. Take a look at Christian Aid, a registered charity in the UK. They are asking for money for East Africa right now (left side image is from their site), but what were they saying in 2009?
In eastern Africa, rainfall could increase and water supplies may therefore improve. Somalia, for example, is expected to see a 20 per cent rise in rainfall, boosting the water it receives from rivers by ten times the current supply (de Wit y Stankiewicz, 2006). A negative impact of higher rainfall may be that it creates conditions for mosquitoes to breed, exacerbating the incidence of malaria. |
Collier et al., in Climate Change and Africa, are also optimistic, but their percentage is lower (sort of, because it can be more...):
In eastern Africa, including the Horn of Africa, and parts of central Africa average rainfall is likely to increase (by 15% or more). |
In 2010, International Livestock Research Institute published a report intitled Climate variability and climate change and their impacts on Kenya’s agricultural sector, by Herrero et al. Following the Executive Summary, their first main observation is:
Kenya might get wetter. In Kenya, as in most of East Africa, there are very few places where rainfall means are likely to decrease. The increase in rainfall in East Africa, extending into the Horn of Africa, is robust across the ensemble of GCMs, with 18 of 21 models projecting an increase in the core of this region, east of the Great Lakes. |
In this report to the World Bank from 2010, Bryan et al., try a more conservative approach. It is not the timeframe that is important, but also the "mean", referencing the above Herrero report:
In East Africa, there are very few places where rainfall means are likely to decrease, however, increases in rainfall are not likely to lead to increases in agricultural productivity as a result of poor spacing and timing of precipitation increase. |
In an impressive report, in January this year, the Institute for Environmental Security also had some "good news" for the Horn of Africa:
The good news is that the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) suggests that in the long term in East Africa the average rainfall is expected to increase. Water stress will therefore possibly decrease in large parts of the Horn. Although large variations in rainfall (e.g. floods) can have a destructive effect on crops this climatic change may generally have positive effects for agricultural development and food security in the region. So, although temperatures are expected to have an adverse effect, rainfall patterns may positively affect food security in the Horn of Africa. |
And people start talking about this stuff. Dr Mark Collins, a Director of the Commonwealth Foundation, gave a speech in the opening plenary of the Commonwealth Youth Forum in Kampala, Uganda, in November 2007. I would expect that the boys and girls there won't remember what he said:
In the short-term the most obvious impacts arising from climate change concern the global redistribution of water resources. Severe reduction in rainfall is expected in the Caribbean, Central and South America, Southern Africa and Australia. Increases in rainfall are expected across the Sahel, the Horn of Africa, and the Indian sub-continent. |
Modeling over bad models, gives bad results. Doherty et al., in a paper intitled Implications of future climate and atmospheric CO2 content for regional biogeochemistry, biogeography and ecosystem services across East Africa say that a wetter East Africa is good:
Overall, our model results suggest that East Africa, a populous and economically poor region, is likely to experience some ecosystem service benefits through increased precipitation, river runoff and fresh water availability. |
For those who say that the rain will only come in 2080, Doherty shows us some pretty neat graphics from the global models. Sure, in the first image below, temperatures are going to rise. In the second image, we can see the precipitation anomalies with respect to the 1981–2000 period (mmday-1). Finally, in the last image, one can see the vegetation carbon anomalies. Quite clear that we shouldn't be waiting for 2080 to expect some quick results...
While the drought is underway, they just keep publishing. The most recent on the list was published in the July edition of the Journal of Climate. Intitled Projected Changes in Mean and Extreme Precipitation in Africa under Global Warming. Part II: East Africa, also available here, in the abstract it is also clear that it should be getting wetter now, not in some decades:
There is substantial evidence in support of a positive shift of the whole rainfall distribution in East Africa during the wet seasons. The models give indications for an increase in mean precipitation rates and intensity of high rainfall events but for less severe droughts. Upward precipitation trends are projected from early this (twenty first) century. |
From the Grantham Institute for Climate Change, of the Imperial College of London, you get another fabulous document from 2009: The science of climate change in Africa: impacts and adaptation. In the first page, the only "good" news is:
In eastern Africa, including the Horn of Africa, and parts of central Africa average rainfall is likely to increase. |
These conclusions then get included into official documents. Like this one from UN CC-DARE. And I could go on and on... But if I can do these discoveries in an hour of dedication, imagine what more time could do... So, if you've got till the end of this post, and you know more of them, let me know (email on the top left of the blog)...
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Al Gore needs some geography lessons
The presenter is José Ramón Calvo Fernandez, a professor of Health Education at the Universidad de Las Palmas de Gran Canaria. In the interview with Ramón in the Climate Reality site, no wonder there is not a single word about Cape Verde, because he really loves ... the Canary Islands!
This makes me wonder... I'm pretty sure that Al didn't find anyone suitable in Cape Verde to sell his snake-oil. He couldn't switch to the Canary Islands, because of a different timezone. So, instead, he switched presenters! I even wonder if the transmission will really be made from Cape Verde, or from the Canary Islands!
Then, there is the language item. Besides English, Portuguese was the only language spoken in more than one of the 24 Climate Reality locations worldwide. Portuguese is the seventh most natively spoken language in the world. But it's not one of Climate Reality's languages. Indeed, Gore has translated his site in Indonesian and French, which are the 12th and 17th most natively spoken in the World, but has left Portuguese out!
I also wonder what is delaying the Brazilian presenter for Rio de Janeiro...
More fresh water
This is what has happened in Brazil. Two major fresh water discoveries were made, but little has been said about it. The Verde blog brought it to my attention. Maybe, Al Gore will mention it from Rio de Janeiro, in his Climate Reality stunt?
The first discovery refers to an underground "river" that flows beneath the Amazons River, named the Hamza River. A visual representation can be seen on the image on the left, obtained here. The Hamza is a very slow flowing river, at around 10 to 100 metres/year, and is 6000 kilometres long. The flow rate is much lower that that of the Amazon, but it is much wider, at 400 kilometres. The discovery is the work of Elizabeth Pimentel, a PhD student supervised by Valiya Hamza, for whom the river was named. The good news were presented at the 12th International Congress of the Brazilian Geophysical Society, last Aug 17th.
The second discovery is related to the first, but is older. Milton Matta, and his team at LARHIMA (Laboratory of Water Resources and Environment), announced last year the discovery of the size of the Alter do Chão aquifer, believed to be bigger than the Guarani Aquifer, in terms of volume. Despite being smaller in size than the Guarani (both pictured left), the Alter do Chão aquifer is believed to have 86000 km3 of water, against Guarani's 45000 km3. This is due to a bigger thickness in Alter do Chão, which is also nearer the surface. There is enough water in this aquifer to fill Lake Superior, the third-largest freshwater lake by volume, seven times!
domingo, 11 de setembro de 2011
More Climate nazism
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Cape Verde is now... green!
The island of Santiago is now blanketed in green, making Cape Verde’s name seem less odd than it does most of the year. The green is a gift to the eyes and for the entire body, which revel in the cool breeze of the mountains and the lovely landscapes. In all of the island’s municipalities, the hopes for a good harvest increase with every day that passes and with every inch of growth of the cornstalks. (...) With the rainfall and with the plants covering the countryside, people’s joy is visible and contagious – children play in the pools of water that form, young people sit by the road side telling stories, and older folks sit in their doorways trying to calculate how many barrels of corn and beans they will be able to come up with this year. |
Also take a look at the newspaper photos. I've posted three below! These are wonderful images from a country that is not used to it! And they are certainly not the view that Al Gore is expecting for his Climate Reality in Cape Verde...
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Horngate
And that is the case with the Sahel droughts mentioned in the Climate Reality site above. It talks about the great Sahel drought, best known because of the "Do They Know It's Christmas" song. What it does not mention is that since then, the Sahel has been getting greener! The Global Warming Policy Foundation did an excellent briefing paper on this. But this is no news today, and National Geographic was already trying to explain the unexplainable two years ago!
Al Gore should know about it, so he will probably be switching his focus to the Horn of Africa, where a severe drought is underway. As can be seen by the map on the left (detail here), several areas of Somalia, Kenya and Ethiopia are experiencing famine or severe food shortage. The UNHCR has a special site on the issue.
While these droughts have caused some tens of thousands of deaths, and some 750 000 could die in the next four months, one would imagine that the IPCC would have predicted it. Think again! If you go to the IPCC page regarding the fractional change in precipitation changes over Africa in this century, you might find something shocking:
Now, if you're not familiar with Africa's geography, check it out again: the IPCC, in the Fourth Assessment Report, which gave them the Nobel Prize, is predicting a major rainfall increase, in the exact same region where the drought is underway! And I just can't get it, because these are predictions for a warming world. So, something must be wrong, very wrong, inside the IPCC and their 21 models... In Page 850, in the Chapter 11 Executive Summary, they summarize it:
There is likely to be an increase in annual mean rainfall in East Africa. |
Then, in Page 869, in Chapter 11.2.3.2, things are even more clear:
The increase in rainfall in East Africa, extending into the Horn of Africa, is also robust across the ensemble of models, with 18 of 21 models projecting an increase in the core of this region, east of the Great Lakes. |
Where did they get these predictions? AR4 references the work of Hulme et al. (2001) and Ruosteenoja et al. (2003). The first one is intitled African climate change: 1900-2100, and has a pretty interesting Figure 13, adapted in the first graph below. It shows a nice wetting trend for East Africa, for almost all the model simulations, and for the next decades (starting immediately). The second one is a Finnish report intitled Future Climate in World Regions: And Intercomparison of Model-Based Projections for the New IPCC Emissions Scenarios. It presents an intercomparison of climate changes projected for 32 regions on Earth, including Eastern Africa. Results are presented for seasonal temperature and precipitation changes between 1961–1990 and three time periods in the future centered on the 2020s, 2050s and 2080s. In the second graph below, for the period 2010-2039, most of the models show an increase in precipitation.
It gets worse. FEWS (Famine Early Warning Systems Network), which also has some very interesting data, was concluding last year:
The observed drying tendency is the opposite predicted by the 4th Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC ) assessment. |
Further down the document, more detail is provided:
The observed rainfall tendencies are substantially different from the results presented in the most recent (4th) Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) assessment (Christensen and others, 2007). Chapter 11 (Regional Climate Projections, Christensen and others, 2007) of the IPCC Working Group I report indicates that eastern Africa will likely experience a modest (5–10 percent) increase in June-July-August precipitation, a result our work, although not looking at the same months, suggests is unlikely. |
Chris Funk, who works with FEWS, saw it coming, along with La Niña last year. In an article in Nature (registry needed) last month, intitled We thought trouble was coming, Chris gives an idea why this was mishandled:
The global climate models used by the Intergovernmental Panel on Climate Change were never intended to provide rainfall trend projections for every region. These models say that East Africa will become wetter, yet observations show substantial declines in spring rainfall in recent years. Despite this, several agencies are building long-term plans on the basis of the forecast of wetter conditions. This could lead to agricultural development and expansion in areas that will become drier. More climate science based on regional observations could be helpful in addressing these challenges. |
This is the most important part. Not only has IPCC been useless in the last decade, but has been committing severe errors. But now, Horngate clearly shows us that IPCC has been contributing to several tens of thousands of deaths, because of inferior climate investigation, and misleading guidance. It is the time to shutdown an UN agency, that is doing more harm than good! And maybe, Al Gore will talk about all this inconvenience in a week...
[Edited 2011/09/09 to include citations from IPCC AR4 WG1 Chapter11]
[Edited 2011/09/09 to include citations from Hulme et al. (2001)]
[Edited 2011/09/09 to include citations from Ruosteenoja et al. (2003)]
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Desancando no Al Gore
Algum do material que preparei deverá ser suficiente para evidenciar a fraude deste Prémio Nobel. Se os leitores do blog tiverem sugestões adicionais, façam-nas chegar. Mesmo que sobre algum dos outros 22 locais onde o projecto se desenrolará. Ou sobre os temas que versa, como o são a subida dos mares ou as secas.
Os posts serão em inglês. Pelo facto peço desculpa aos leitores da nossa língua. O objectivo claro está será uma exposição internacional, que calculo que seja particularmente intensa a partir do primeiro post de amanhã. Que servirão como apontadores, que poderão distribuir pelos vossos contactos, para evidenciarem os disparates que a seita do Al Gore anda a pregar!
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Custo lâmpadas economizadoras dispara
O problema é que para fazer as lâmpadas economizadoras são precisos materiais raros. Nomeadamente, derivados de fósforo, e outros metais de terras raras. A China é responsável pela mineração de 97% de 17 desses metais raros, mas tem restringido as exportações, tendo provocado subidas de preço que ultrapassam os 1000%! A estratégia é clara por parte dos Chineses: rendição total do ocidente!
As subidas mínimas nas lâmpadas "novas" são de 20%, mas subidas superiores a 50% são observadas no Reino Unido. E subidas adicionais são esperadas ainda este ano. Com o término no final do mês de Agosto, da venda de lâmpadas incandescentes de 60W, a coisa só vai piorar!
É nisto que dão as decisões comunistas do planeamento centralizado de Bruxelas e companhia. Coagidos pelos alarmistas verdes. Estamos entregues à bicharada e daqui a un anitos à escravidão chinesa. Enfim, há alguns como Bjorn Lomborg, que ainda vão tendo alguns momentos de lucidez (realces da minha responsabilidade):
Porque é necessário, então, proibir as lâmpadas antigas? A razão é que o custo monetário é apenas um dos factores. Muitas pessoas consideram aborrecido que as CFL demorem tempo a "aquecer". Ou acreditam que a sua luz é "engraçada". Ou receiam que as lâmpadas se quebrem e libertem mercúrio. Para algumas pessoas, as lâmpadas eficientes podem causar ataques epilépticos e enxaquecas.
(...) E em locais onde as lâmpadas são pouco utilizadas, as lâmpadas incandescentes podem ser mais baratas do que as lâmpadas eficientes. (...) Deixando de lado outras possíveis objecções a esta opinião, existe o problema de que assume que todas as lâmpadas incandescentes valem menos de 7 dólares por tonelada de CO2. Isto claramente não é verdade para quem sofre de enxaquecas ou de ataques epilépticos devido às novas lâmpadas, ou para quem está realmente preocupado com o mercúrio, ou para quem por outras razões prefere as lâmpadas incandescentes. A solução deveria passar por melhorar a tecnologia - tornar as lâmpadas mais seguras, mais brilhantes, com um período de aquecimento mais rápido e capazes de poupar mais energia. Assim, mais pessoas irão trocar as suas lâmpadas. (...) Reduções reais nas emissões de carbono só vão ocorrer quando a tecnologia justifique que os indivíduos e as empresas alterem os seus comportamentos. As CFL e outros progressos permitem-nos avançar mas existem enormes obstáculos tecnológicos a superar antes que os combustíveis fósseis se tornem menos atractivos que as alternativas verdes. É aqui que muitos decisores políticos estão errados. Os governos falam demasiado sobre a criação de um imposto sobre as emissões de carbono, e prestam pouca atenção à investigação e desenvolvimento, que poderia gerar os avanços necessários. Limitar o acesso às lâmpadas "erradas" ou aos aquecimentos de exterior não é o melhor caminho. Só vamos resolver o aquecimento global se garantirmos que as tecnologias alternativas são melhores do que as opções actuais. Nessa altura, as pessoas vão optar por usá-las. |
sábado, 3 de setembro de 2011
Férias em Albufeira
Neste documento da Câmara de Albufeira, verificamos que a justificação para a intervenção foi de:
- Instabilidade das arribas, com faixas de risco na praia
- Areal estreito em algumas zonas potencia riscos de ocupação e instabilidade
- Ocupação intensa das praias do Peneco e Pescadores, ligeira das praias do Inatel e Alemães
Resumindo, as praias dos Pescadores, Peneco, Inatel e Alemães ganharam umas dezenas de metros. Estoiraram-se uns milhões de euros, mas o ROI é provavelmente garantido. Afinal, como sabemos, as melhores praias do Mundo até podem ser artificais. Enfim, há alguns pequenos inconvenientes, que urge ultrapassar. Mas que nos dão a garantia que o Homem consegue resolver, mesmo os grandes problemas! E pelo resultado, parece que o nível do mar desceu em Albufeira!
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Ida à maquina zero
Nesta ditadura Verde, o que se seguirá? Impedir que tomem banho depois de um dia de trabalho duro? Proibir os secadores de cabelo? Ou talvez taxá-los com uma taxa qualquer? Não! É o regresso do fasciscmo no seu melhor, em que o indíviduo perde o direito a sequer controlar o seu corpo...