E as empresas estão na expectativa. Principalmente as do sector eólico. O seu futuro em Portugal poderá estar mesmo dependente, em muitos casos, dos apoios que vão ou não continuar a existir. |
Vejamos como é o caso da ENEOP. Vejam como tudo isto é artificial, segundo o próprio Aníbal Fernandes, presidente da ENEOP:
A modalidade de financiamento acordada no contrato assinado em Outubro de 2006 era o 'project finance', sendo que os accionistas só teriam de colocar capitais próprios no montante equivalente entre 15% a 20% do valor do investimento. Foi o que aconteceu no primeiro lote financiado pelo BEI e uma série de bancos comerciais. Como a partir de Dezembro de 2010 não mais foi possível encontrar soluções de financiamento, os accionistas, para evitar que o projecto parasse, substituiram-se aos bancos nesse montante de 500 milhões de euros. (...) Este esforço que está a ser feito por todos os accionistas está a tornar-se incomportável. |
Tal como o Al Gore, a culpa de isto não estar a correr bem é dos cépticos. Vejam bem o último parágrafo do artigo (realces da minha responsabilidade):
Também Aníbal Fernandes confessa os seus receios: "Pela primeira vez vejo uma nuvem negra no horizonte". O responsável acusa ainda os críticos das energias renováveis como caluniadores, defendendo, ao contrário, que se devia "conjugar esforços a todos os níveis para encontrar soluções", já que "este projecto é um contributo líquido para o Estado". E sublinha: "nos últimos anos, este foi um dos poucos sectores industriais que criou emprego em Portugal", estando por isso convicto de que "perdurará o bom senso". |
João Carvalho, vice-presidente para o fotovoltaico da Associação Portuguesa da Indústria Solar, resume a coisa da forma óbvia:
No sector solar fotovoltaico a bonificação à tarifa é fundamental. Sem ela, o período de retorno do investimento tornaria estes investimentos pouco interessantes para os promotores. |
Resumindo, são como os bébés: tira-se-lhes a xuxa e começam a chorar!