É claro que no artigo da manhã do alarmista Público, ao menos podemos ver a ponta do iceberg. É claro que as contas foram ajustadas, como as seguintes citações o demonstram (realces da minha responsabilidade):
O que a nova análise faz é calcular de forma diferente alguns benefícios e custos associados à produção eléctrica, com base numa “visão económica ajustada”. Em primeiro lugar, associa à factura das grandes hídricas e das centrais térmicas várias despesas que não têm sido contabilizadas como tal por estarem desligadas do mercado grossista de electricidade, mas que se refl ectem na factura paga pelos portugueses. Neste primeiro “bolo” estão as rendas pagas aos proprietários dos terrenos das centrais e as licenças de CO2 ligadas à emissão de gases poluentes pelas térmicas, mas sobretudo a remuneração garantida que é paga aos produtores em regime ordinário. (...) Ora, a nova avaliação apresentada pela Apren subtrai às despesas com as renováveis o pagamento obrigatório aos municípios de uma renda (2,5% da facturação) pelas centrais eólicas, uma vez que os benefi ciários são as autarquias. Calcula também o impacto positivo das perdas de energia que se evitam no transporte de energia renovável através da rede, pois a distância percorrida é menor. Em terceiro lugar, contabiliza o chamado “efeito de ordem de mérito”: a redução do preço da electricidade no mercado, devido ao aumento da oferta de energia que vem de fora, com origem na produção renovável. E, por último, as contrapartidas que foram pagas pelos produtores ao Estado, nos últimos concursos de atribuição de potência. |
Ou seja, cheira-me que vou ter que re-apreender como se soma e subtrai! Mas o que me cheira mais forte é que este estudo não veja a luz do dia, e se fique pelos chavões. Se algum dos leitores lhe deitar a mão, não deixe de mo encaminhar...