Numa Sociedade dominada pelos argumentos aquecimentistas, os bobos da corte não tardaram em aparecer. O PCP acusou o Governo de ser responsável pela “morte antecipada de muitos portugueses”. O PS acusou o Governo "de provocar a morte de pessoas com idade avançada". O seu líder, José inSeguro, disse mesmo que "os especialistas que já vieram dizer que o número anormal de mortes não se deve apenas à questão dos vírus que são normais nesta altura do ano, e que podem estar associados a outras razões, designadamente de natureza social e económica". Mas o deputado do Bloco de Esquerda, João Semedo foi mais longe, descobrindo o "vírus da austeridade" que "é responsável pelo aumento do número de mortes em Portugal"... Finalmente, especialistas em saúde pública associaram excesso de mortalidade à crise económica. Estas foram ainda assim pequenas amostras, pois foram muitas mais as barbaridades que se disseram por aí...
Assim sendo, e tendo por base esta imbecilidade colectiva, pode-se determinar o fim da crise, olhando para o gráfico abaixo. Ele é retirado do mais recente documento do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, e onde se verifica claramente que a crise, o vírus do João, e as medidas do Governo acabaram concerteza, pois o número de mortes está abaixo do que seria expectável para esse período:
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