segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Humanos não controlam tempo

Uma das tentativas do Homem controlar o tempo tem sido a de provocar a chuva, onde ela existe em pequena quantidade. Nós, por cá, também já andamos a experimentar... Agora, um leitor enviou-me um link relativamente a um paper de investigadores de Israel, que concluíram que a precipitação provocada não traz vantagens acrescidas. O acto de semear as nuvens com iodeto de prata, ou outros compostos químicos, segundo Zev Levin et al., é um factor do acaso, tendo demonstrado até níveis de precipitação superiores, em zonas de Israel onde a técnica não era utilizada... O estudo é interessante por demonstrar a pequenez do Homem, mesmo ao nível da micro-escala da meteorologia! Quanto mais à escala global, com os projectos absurdos de geo-engenharia que se imaginam...

domingo, 30 de janeiro de 2011

Renováveis e Importação de Petróleo

O blog Espectador Interessado publicou ontem um excerpto do Expresso, que é visível ao lado, de um artigo de opinião de Luis Mira Amaral. O artigo reflecte nos valores que havíamos referenciado no muito visitado artigo "Contra-informação à Zorrinho", e nos subsequentes "Poupança no carvão" e finalmente em "A verdadeira poupança em combustíveis fósseis". Seria bom que os jornalistas realmente se tornassem um pouco mais inteligentes, como Mira Amaral refere:

Ora é preciso que os nossos distintos jornalistas económicos e os nossos partidos políticos percebam que as renováveis (barragens inclusive) que produzem electricidade não poupam um único barril de petróleo importado pois que; (1) já não utilizamos petróleo na produção de electricidade; (...)

Actualização: O Espectador Interessado chama a atenção para A desmontagem das zorrices de Zorrinho (e Mexia), em mais um artigo de Mira Amaral e Sampaio Nunes, que não devem perder:

Design de produtos fraudulentos

Já nos referimos anteriormente à temática das ecobolas, mas a profanação da ciência que lhe está associada, dá muitos motivos para voltar à carga. No Instituto Politécnico de Leiria, parece que há alunos que aderem mais facilmente à Religião Verde, que à ciência que se espera dos seus licenciados. O programa "Desafio Verde" da RTP parece ter desencadeado os ideiais de Susana Algarve Martins... A docente Adriana Sá, da disciplina de Projecto de Design Multimédia III, alinhou na avaliação da ECOBALL da empresa Ecozone.

As conclusões da Susana parecem ser positivas! A das verdadeiras utilizadoras das Ecobolas, essas nem por isso (realces da minha responsabilidade):

Nanda Unewael/ 47 anos/ Doméstica/ Loures.

Família de 6 pessoas, filhos adolescentes. Costuma lavar a roupa com detergente e amaciador mas ainda assim utiliza a Ecoball, porque sim. A Ecoball foi adquirida numa campanha de promoção na mesma, numa superfície comercial. Afirma que não confia apenas na Ecoball para lavar a roupa, pois faz cerca de três lavagens por semana, quase sempre com a máquina cheia.

Natália Martins/ 40 anos/ Auxiliar de Acção Educativa/ Évora.

Família de 4 pessoas, um dos filhos tem 9 anos. Usa detergente e amaciador, tem a Ecoball mas não a utiliza, pois já a experimentou e não ficou satisfeita. Refere ainda que por ter um filho pequeno, que este suja muita roupa, e com nódoas difíceis como a de tinta. Também no trabalho suja muita roupa pois trabalha com crianças e auxilia-as nas diversas actividades do Jardim de Infância. A Ecoball foi uma oferta.

Dulce Lopes/ 34 anos/ Educadora de Infância/ Leiria.

Família de 4 pessoas, crianças de 7 e 8 anos. Usa detergente e amaciador, e utiliza a Ecoball apenas em lavagens com pouca roupa, e pouco sujas. Refere que a Ecoball resulta nessas lavagens, pois a roupa apenas está transpirada do dia-a-dia, mas utiliza também um pouco de amaciador para deixar o aroma do costume. Comprou a Ecoball, através de um site (www.amazon.co.uk), pois já tinha ouvido falar da mesma num programa de televisão (num canal por cabo).

sábado, 29 de janeiro de 2011

Desemprego Verde

Um leitor fez-me chegar um artigo interessante sobre a forma como o Emprego Verde é afinal Desemprego Verde. A Evergreen Solar é uma empresa americana que fabrica paineis solares, sendo o terceiro maior fabricante nos Estados Unidos. Mas só vai fabricar durante mais dois meses nos Estados Unidos, porque o que está a dar é a China...

A fábrica de Devens, no Massachusetts, foi inaugurada com grande pompa há 3 anos, tendo tido apoios de cerca de 43 milhoes de dólares. Devido a vários factores, o preço dos paineis solares baixou dramaticamente, pelo que a empresa diz que não é rentável a sua produção nos Estados Unidos... Entretanto, o desemprego verde passará a ser uma realidade para 800 trabalhadores!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

E o partido das plantas?

Eu gosto muito de bifes. Com um ovo estrelado a cavalo! Detesto baratas, e ainda bem que vejo poucas, porque estão a imaginar o que eu faço a alguma que encontre. Os ratos têm um pouco mais de sorte, porque sempre que vejo um não sou capaz de lhe tratar da saúde... Com cobras, sou um bocado mais eficaz. Sou um defensor da tourada portuguesa, porque para além da tradição, na arena o touro algumas vezes faz das suas...

Olhando para a declaração de princípios do Partido pelos Animais e pela Natureza, ontem legalizado, nunca serei definitivamente um apoiante. Aliás, serão mais uns tretas e hipócritas a expor aqui repetidamente!

Já agora, e o partido das plantas? Quando chega? Para proteger essas criaturas destes aberrantes animais?

Actualização: Um leitor habitual enviou-me algumas sugestões que poderiam ser incluídas num Manifesto do Partido das Plantas:
  • reivindicar o aumento da temperatura;
  • proibir as restrições às emissões de CO2;
  • ilegalizar o vegetarianismo.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ban Ki-moon salta fora

Uma notícia do Guardian, de há umas poucas horas atrás, relata que o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, terminou o seu envolvimento pessoal nas conversações abordando as alterações climáticas! A ser verdade, é a segunda machadada significativa na Religião Verde, em menos de 48 horas, depois de ante-ontem o Presidente Americano, o Yes we can Obama, ter atirado para o esquecimento o tema, não o abordando no seu longo discurso do Estado da União.

É preciso lembrar que Ban Ki-moon tinha feito da questão uma missão pessoal, o que releva a importância desta notícia. No entendimento das fontes do Guardian, o secretário geral entende que depois dos fracassos de Copenhaga e de Cancún, já não há lugar para grandes entendimentos futuros. É claro que as minhas fontes de inspiração me dizem que a variação natural do Clima, nomeadamente o regresso aos Invernos de antigamente, terá tido mais impacto na sua decisão...

Idade do gelo

Um leitor do site da BBC, tendo passado por esta notícia, deu-me dela conhecimento. Deixo o vídeo abaixo para que possam ver o que acontece quando as temperaturas descem, e as pessoas não estão preparadas para isso. Como acontecia anteriormente. Tudo isto depois de uma semana em que as temperaturas mínimas no centro dos Estados Unidos bateram recordes, atingindo valores abaixo de -40ºC!!!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Reconciliation in the Climate Change Debate

Os leitores mais atentos já repararam no evento "Reconciliation in the Climate Change Debate", que decorre na Fundação Gulbenkian. A parte pública decorre na sexta-feira à tarde, sendo a entrada livre. Infelizmente, não poderei estar presente, por motivos profissionais, mas há esperança para todos aqueles que não podem estar presentes, porque a Fundação Gulbenkian costuma transmitir as suas conferências neste link, como foi o caso recente da conferência do Pachauri.

Entretanto, a conferência já arrancou, como a descreveu Judith Curry nos comentários do seu blog. Outros participantes vão dando igualmente a sua visão, como é o caso de Steven Mosher, que veio em vez do Anthony Watts. Steven Goddard também cá está.

Pessoalmente, estou muito céptico em relação a esta conferência... Mas vamos ver no que dá...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Subida "expressiva" dos preços da electricidade

O lobby das renováveis está a começar a sentir o cerco. Num debate organizado pelo PSD, algumas verdades começam a vir à tona, embora alguns dados que surgiram hoje foram "enfeitados" para não parecerem tão maus... O presidente da ERSE, Vítor Santos, diz que se nada for feito para minimizar os sobrecustos associados às renováveis e à co-geração, haverá "impactos tarifários expressivos" na electricidade. Já o António Mexia, o presidente da EDP, que anda a roubar a todos os consumidores nacionais, admitiu que os sobrecustos com as renováveis, em 2011, serão de 509 milhões de euros. Para admitir este valor, é provavelmente porque ele será do dobro...

O mesmo sem vergonha diz que a dívida da EDP, de 17 mil milhões de euros, "não é preocupante". Tudo isto porque o valor da dívida face aos resultados operacionais não é muito elevado, ou nas palavras de Mexia "O que está em causa é o rácio e não o volume da dívida". Porque com um lucro anual de mil milhões, roubados aos consumidores, os agiotas estão felizes...

Enquanto isto é bem evidente, o nosso desGoverno e José Sócrates continuam a enterrar-nos, com a inauguração de mais um parque eólico, o Parque Eólico Terra Fria, em Montalegre. Porque há aqueles que não querem perceber que quanta mais energia eólica se produz, mais pobre ficamos!

Raios partem 40% do Aquecimento Global


Vários leitores me fizeram chegar nos últimos dias a notícia do impacto dos raios cósmicos no Aquecimento Global das últimas décadas. Na verdade, as pessoas do meio há já muito tempo que conhecem a relação, que evidenciei há mais de um ano neste post. Agora, o físico indiano U.R. Rao publicou um artigo numa revista indiana, onde se refere que a radiação cósmica é responsável por cerca de 40% das Alterações Climáticas observadas... Do artigo completo, Contribution of changing galactic cosmic ray flux to global warming, retirei as imagens acima, onde na primeira se observa a intensidade de raios cósmicos em cima, a variação do campo heliomagnético, e a quantidade de manchas solares. Na segunda imagem podemos observar a correlação entre a radiação cósmica, a intensidade das nuvens baixas e irradiação solar, no período 1983-2003.

Mais uma machadada, muito significativa, no dogma do CO2, e da Religião Verde!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Al Gore e as cheias da Austrália

O profeta Al Gore continua com a propagação das mentiras que permanentemente o caracterizam. Agora, reforçou a associação entre as cheias da Austrália e do Brasil, e a crise climática. No país irmão, o profeta continuou com as suas aberrantes ligações.

Felizmente, são cada vez mais os hereges desta nova religião... No Washington Post, um editorial da passada semana foi extremamente crítico deste abutre oportunista. Muitos blogs, como este, têm malhado forte e feio! Num jornal australiano, veio agora a lume que efectivamente foi a má gestão da barragem que provocou as inundações ocorridas, como já repetidamente tínhamos afirmado anteriormente. E mais verdades inconvenientes irão continuar a surgir!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Inquérito do DN

Um leitor enviou-me uma nota com indicação para um inquérito que está a decorrer na página do Diário de Notícias. Do lado direito, a pergunta "As baixas temperaturas aumentam as suas preocupações face às alterações climáticas?" é verdadeiramente extraordinária! Fez-me muita confusão, mas acabei por votar não. Não por causa das baixas temperaturas, mas porque eu não ando nada preocupado com as alterações climáticas, mas apenas com os oportunistas que a elas se referem. Talvez os leitores também queiram participar, até porque o resultado está renhido, com 300 a votar Sim, e 294 a votar não. Para que não se percam os resultados, podem ver neste link um pouco estranho, com os resultados no "Array(SIM, NÃO)".

Actualização: Em menos de uma hora, o resultado já se inverteu, com 306 a votar Sim, e 319 a votar não.
Actualização 2: O resultado final ficou equilibrado: 749-Sim e 738-Não

Ir de carrinho

Um leitor atento enviou-me um link para uma notícia, que refere que José Sócrates foi de carrinho eléctrico votar. Ele agora já não vota na Covilhã, pelo que não teve que recarregar pelo caminho... Na verdade, até dava jeito que ele votasse na Colvilhã: podia ir de carrinho, eléctrico, e não voltar! O País não precisa dele...

O melhor dos piores

Para anular a má publicidade que a BBC atempadamente lançou sobre os carros eléctricos, e que abordamos neste post, parece que um artista resolveu pegar num Tesla, e mostrar que os carros eléctricos afinal não são tão maus como o Mini da BBC. O problema é que o cenário criado foi tudo menos normal, e mesmo assim demorou cerca de três vezes mais tempo que um carro normal. Por mais que nos queiram impingir estes carros, e o Tesla não é um carro eléctrico normal, ele nunca substituirá os actuais automóveis, senão nalgumas situações excepcionais.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Não pisem no meu “green”.

No blog o Insurgente, saiu um texto de um leitor desse blog. Tomo a iniciativa de o reproduzir aqui também, dada a sua acuidade (realces da minha responsabilidade):

 Há cerca de 15 dias dei-me conta que no Fórum Coimbra tinham sido reservados espaços de estacionamento exclusivos para veículos híbridos. Posteriormente soube que tal sucede já noutros locais como sejam o Aeroporto de Lisboa e o parking do El Corte Inglês.

 Contrariamente ao que sucede com os lugares reservados a deficientes, grávidas, e mesmo veículos de recarga eléctrica (com os tais postes de recarga tão caros ao nosso Primeiro), não existe qualquer razão que justifique os veículos híbridos deverem dispor de um lugar reservado para estacionar. A situação configura portanto apenas um privilégio discriminatório em relação aos proprietários de carros convencionais. Tanto mais que os híbridos são todos veículos recentes, geralmente caros, muitos deles de gama média/alta ou alta, e portanto apenas acessíveis a quem nestes tempos difíceis tem poder de compra (e alguma ingenuidade). Ainda por cima, são veículos que de modo algum são, por norma, menos “emissores” que os convencionais (por exemplo um Porsche Cayenne, um Lexus ou um Mercedes E ou S, híbridos, emitem muito mais CO2 e consomem mais combustível que um Polo ou um Clio diesel).

 Mesmo sendo o ecologismo, por mais saloio e aldrabado que seja, uma moda que derrete os corações da intelectualidade dominante, a verdade é que não se podem discriminar cidadãos por terem esta ou aquela opção de compra ou esta ou aquela possibilidade de aquisição de bens. Se houvesse lugares reservados para quem tem os impostos em dia, ou para que não tem cadastro, isso seria, espero, de imediato condenado. Será que passarão a ser privilegiados os cidadãos que, sob uma Lei igual para todos, se mostrarem mais alinhados com quem tem o poder de fazer as Leis?

 Aos poucos e poucos uma nova religião, sob a capa de um ecologismo lamentavelmente poluído e manipulado pelos interesses, organizações, ideologias e poderes, vai insidiosamente descendo as suas malhas, lançando alarmismos catastrofistas (a nova versão do Inferno), reiterando novas asceses de vida (tal como as penitências e auto-flagelações de antigamente) silenciando e discriminando que lhe desobedecer (a nova inquisição), arregimentando fiéis na ignorância e repetição das ladainhas até à exaustão (os novos beatos).

 Tudo isto poderá ser apenas um sinal, mas o mais trágico é que parece ser apenas um princípio.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Gasóleo a 3.50 €/litro em 2020!

No final de 2010 havíamos alertado para a roubalheira que constituía a subida do gasóleo, por via da subida dos valores dos biocombustíveis. A subida foi de 2 cêntimos por litro. Hoje, vem-se a saber que o gasóleo vai subir outros 2 cêntimos por litro, já no início do mês de Fevereiro. Segundo o artigo completo do Diário Económico (não disponível online, tem que comprar o jornal para ver), tal resulta da publicação pelo Zorrinho da portaria n.º 41/2011.

O problema é que até 2020, a incorporação irá sendo cada vez maior, até se alcançar os 10% de biocombustíveis em 2020. Por isso esperem que os custos continuem a subir. Ainda, por cima, pode até acontecer que seja exponencial. É que o problema dos biocombustíveis está intimamente ligado ao problema que experimentamos do açúcar. A esta velocidade, o gasóleo vai atingir os 3.50 euros por litro, em 2020!

Considerando estes factos todos, e sabendo-se que até já o Al Gore disse que os biocombustíveis foram um erro, é altura de obrigar o desGoverno a suspender imediatamente esta medida! Enquanto isso não acontece, os amiguinhos da Petrobrás agradecem...

Menos vento no Verão

Na passada quarta-feira, no cálculo do sobrecusto das eólicas para 2010 (que foram de cerca de 640 milhões de euros), havíamos observado que o terceiro trimestre havia produzido pouca energia a partir do vento. A análise da imagem ao lado revela a percentagem de utilização, segundo os dados da REN (observar um exemplo aqui, na terceira página), da energia eólica, ao longo dos primeiros onze meses de 2009-2010.

Aqui se evidencia que, efectivamente, a produção de energia eólica durante o terceiro trimestre de 2010 não superou os valores de 2009. Pelo contrário, o início do ano de 2010 foi particularmente generoso para os produtores eólicos, com percentagens de utilização entre 35% e 40%! O gráfico confirma também o facto de que a prodição de energia eólica é de facto muito menor no Verão...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ecobolas com humor

A maioria da população vê um cientista como alguém que está sempre a inventar coisas novas. É assim, desde o nosso imaginário infantil. Mas o trabalho de um cientista é muito mais abrangente que isso. Muitas vezes, todavia, o nosso trabalho é o de evidenciar as correcções necessárias, para que a Ciência não saia dos carris... Isso acontece em vários cenários, da qual a análise peer-review é uma das mais significativas. Aqui, os cientistas confrontam as descobertas de outros, sendo que muitas dessas descobertas, muitos desses papers submetidos, nunca vêem a luz da publicação, porque simplesmente não têm que a ver.

Mas há muitos mais cenários. É por isso reconfortante assistir ao vídeo abaixo, de David Marçal, um verdadeiro cientista, a analisar de forma humorística as qualidades das ecobolas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Bruxelas suspende comércio de CO2

A notícia, que peca por tardia, começou a aparecer hoje ao final da tarde nos media, com os nossos jornalistas verdes a conseguirem antecipar-se a muitos dos estrangeiros. A Comissão Europeia suspendeu hoje o comércio europeu de licenças de emissões, aparentemente porque se verificou um novo e gigantesco roubo de direitos de emissões de CO2, desta vez nos sistemas informáticos que gerem tais licenças.

A suspensão provoca uma disrupção de mais de 2 biliões de euros, com a Comissão Europeia a dizer que impedirá transacções até 26 de Janeiro. A suspensão ocorre depois de 475000 créditos de carbono terem desaparecido do registo Checo. As fraudes envolvendo estes negócios obscuros tem sido repetidamente anotados no Ecotretas, e esta não será certamente a última!

Sobrecusto das eólicas+solar em 2010

Depois de ter calculado os sobrecustos do primeiro e segundo trimestre de 2010, este post faz o balanço para o ano de 2010. O balanço por trimestre é visível na tabela seguinte:

SemestreSobrecusto EólicoSobrecusto Solar
216.67 M€8.67 M€
125.72 M€15.93 M€
77.42 M€15.66 M€
171.18 M€10.90 M€
Total 2010590.99 M€51.16 M€

O sobrecusto de cerca de 640 milhões de euros é um pouco abaixo do que havia sido estimado inicialmente pela ERSE, 700 milhões de euros. Como se pode ver na primeira imagem abaixo, que referencia a produção de energia eólica por cada uma das horas de 2010 (valores em MWh), o valor muito baixo do sobrecusto das eólicas durante o terceiro trimestre, esteve relacionado com a baixa produção de energia eólica! Também para o menor valor do quarto trimestre contribuiu o preço por KWh, expresso na segunda imagem, em cêntimos de Euro (omitem-se dois períodos horários, com valores de 18.03 cêntimos/KWh, observados a 19 de Janeiro e 1 de Março, ambos às 20 horas).


Este é, portanto, mais um excelente exemplo de como, quanta mais energia eólica se produz, mais pobre ficamos!

Dificuldades no mar de Okhotsk

O blog eureferendum.blogspot.com tem divulgado de forma muito interessante uma não notícia, para a quase totalidade dos media ocidentais, com poucas excepções. No mar de Okhotsk, no extremo oriente, vários navios russos foram apanhados pelo gelo. Entre eles, encontrava-se o Sodruzhetsvo, um navio de 32 mil toneladas, que pode ter uma tripulação de 520 pessoas!

A crise chegou a ser significativa. Duas semanas depois, ainda não acabou! Mesmo para os russos, que tem a melhor tecnologia quebra-gelos, esta situação revelou-se muito complexa. Tal como situações extremas verificadas há cerca de três décadas atrás, conforme podem ver neste excelente documento.

Mas esta notícia não passa, porque ela revela uma Verdade Inconveniente. Não vá o Zé Povinho mundial ficar com ideias...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Mais exportação a custo zero

No ano passado fartamo-nos de malhar nas exportações de energia eléctrica a custo zero. Este ano vai pelo mesmo caminho. Veja-se o exemplo do passado 8 de Janeiro, abaixo (REN e OMEL), em que se inflecte rapidamente da exportação para a importação. Enquanto soprava vento, exportamos basicamente a 0 euros por MWh, enquanto pagamos a mais de 90 euros aos eólicos. Quando o vento acabou, passamos a importar a custos bem elevados! Para que precisamos das eólicas, nestas circunstâncias?

A Greenpeace é que era

Já no passado nos havíamos referido a Patrick Moore, um dos co-fundadores, e ex-líder da Greenpeace. Saiu agora um livro seu, Confessions of a Greenpeace Dropout, onde fala um pouco da sua experiência. De um jornal da sua terra, Vancouver, Canadá, recolhemos os seguintes excerptos, sobre os quais qualquer ecologista da treta deve meditar:

I joined Greenpeace before it was even called by that name. The Don't Make a Wave Committee was meeting weekly in the basement of the Unitarian church in Vancouver.

In the early days we debated complex issues openly and often. It was a wonderful group to engage with in wide-ranging environmental policy discussions. The intellectual energy in the organization was infectious. We frequently disagreed about specific issues, yet our ultimate vision was largely shared. Importantly, we strove to be scientifically accurate. (...) Despite my efforts, the movement abandoned science and logic somewhere in the mid-1980s, just as society was adopting the more reasonable items on our environmental agenda.

The collapse of world communism and the fall of the Berlin Wall during the 1980s added to the trend toward extremism. The Cold War was over and the peace movement was largely disbanded. The peace movement had been mainly Western-based and anti-American in its leanings. Many of its members moved into the environmental movement, bringing with them their neo-Marxist, far-left agendas. To a considerable extent the environmental movement was hijacked by political and social activists who learned to use green language to cloak agendas that had more to do with anti-capitalism and anti-globalization than with science or ecology.

A lot of environmentalists are stuck in the 1970s and continue to promote a strain of leftish romanticism about idyllic rural village life powered by windmills and solar panels. They idealize poverty, seeing it as a noble way of life, and oppose all large developments. James Cameron, the multimillionaire producer of the most lucrative movie in history, Avatar, paints his face and joins the disaffected to protest a hydroelectric dam in the Amazon.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Coche vs. Carro eléctrico

Num dia em que o nosso primeiro-ministro foi às arábias vender o carro eléctrico, que de português nada tem, vale a pena meditar sobre um teste efectuado pela BBC, pelo repórter Brian Milligan, que conseguiu chegar de Londres a Edinburgo, num carro eléctrico, em quatro dias!!!

Hoje em dia, num carro normal, é de esperar uma viagem em pouco mais de 7 horas. O Top Gear, em chassos velhos, conseguiu em 8 horas... Para uma perspectiva histórica, o site eureferendum.blogspot.com dá-nos a indicação de que a viagem, por coche, em 1830, fazia-se em dois dias!

Ou seja, levou o dobro do tempo a fazer a viagem de carro eléctrico, quando comparado com um coche do século XIX...

As Verdades Inconvenientes das cheias da Austrália

Quando há cerca de uma semana fiz o primeiro post sobre as inundações da Austrália, uma das primeiras coisas que me ocorreu foi o falhanço na gestão das barragens, que na Austrália foram construídas na sequência das cheias da década de 1970. Veio-me à memória a gestão do nosso Alqueva, que no ano passado, motivou o célebre post do padroeiro.

Lá, como cá, as motivações políticas e da Religião Verde, não estão ao serviço do povo. Um blogger australiano observou que os responsáveis da SEQ Water, permitiram que a barragem de Wivenhoe fosse enchendo, pese as previsões de chuvas fortes. Até que quando chegaram aos 191%, tiveram que começar a descarregar com força. Foram essas descargas tardias que efectivamente provocaram as cheias na Austrália... Pior do que isso, as chuvas fortes haviam começado semanas antes, e prosseguem um rumo claro, com inundações agora mais a sul.

Resumindo, aquilo que alguns dizem provocado pelo Aquecimento Global, foi mais uma vez, uma tragédia provocada pela falta de planeamento e crença na Religião Verde. Tivessem os recursos sido utilizados correctamente, não se interiorizando as ideias de Flannery et al., nenhum mal teria vindo à Austrália nesta semana que passou... Por isso, são os políticos e estes cientistas da treta, que têm que ser responsabilizados! Especialmente, a esverdeada religiosa obsessiva Anna Bligh, primeira ministra de Queensland, que parece ter ordenado a não libertação das águas em excesso, por se tratarem de um recurso precioso...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Inundações no Brasil

Ainda sobre a catástrofe que se abateu sobre o Brasil, vários leitores me apontaram a excelente cobertura que se está a fazer no METSUL, e que de forma muito merecida teve eco internacional, nomeadamente no WattsUpWithThat. Da leitura atenta das últimas publicações do METSUL, percebe-se que a Natureza sempre despejou inundações no Rio de Janeiro. Mais, a recolha histórica recolhidas pelo METSUL, e que reproduzo abaixo, confirma que este é um fenómeno que se repete desde que há registos neste país irmão! Deixo-vos três exemplos, retirados do METSUL, do século XIX, XX (1967) e XXI (todos os anos! cliquem para ver os detalhes):

sábado, 15 de janeiro de 2011

O tempo não é mágico!

Há menos de um ano atrás, falavamos sobre a magia do tempo. Agora, um leitor alertou-me para o facto de que ainda se mantém em vigor o convénio assinado com a Fundação Cacique Cobra Coral, que havia sido assinado poucos dias depois de um temporal no Brasil, em Março do ano passado...

É impressionante que estes abutres se aproveitem das infelicidades dos outros para manterem o seu estatuto. Para além das confusões entre clima e tempo, tão habituais nestas circunstâncias, os aldrabões da Religião Verde querem nos fazer crer que isto foi resultado do Aquecimento Global? O problema da seita é que estava mais frio do que é habitual, em todo o Brasil, como a imagem acima evidencia! O problema nestas circunstâncias, quer na Austrália, quer no Brasil, quer na Madeira o ano passado, é os habituais culpados fugirem a sete pés, por permitirem a construção onde não deviam e por pensarem que o Aquecimento Global apagaria o clima do passado... São os políticos, e também os cientistas do Aquecimento Global, os responsáveis por muitas destas mortes. E também os medium, e todas as pessoas que acreditam que o tempo pode ser controlado por nós, ou pelos feiticeiros!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Verdades sobre lâmpadas economizadoras

Via NoTricksZone, descobri a excelente reportagem abaixo. Embora em Alemão, ela cobre a realidade alemã das lâmpadas economizadoras. É importante termos consciência que o combate a esta Religião Verde se desenvolve aí com características martirizantes. Na primeira parte, podemos ver a Philips, que recentemente referenciamos como a principal interessada nestas lâmpadas, a efectuar uma migração de lâmpadas na ilha de Nordeney, do mar do norte, para estas lâmpadazinhas da treta. Apesar das perguntas dos habitantes, a Philips limita-se a neglicenciar, e mesmo mentir acerca dos riscos.

No segundo vídeo podemos observar como as lâmpadas recolhidas são transportadas ao longo de centenas de quilómetros, com muitas a serem mesmo partidas, e a deixarem atrás um rasto de mercúrio. Para este problema, a Philips tem uma solução: não é ela que é responsável por isso, antes as empresas de reciclagem... Por isso, o repórter segue essas empresas, e o resultado é horrível!

As lojas que vendem as lâmpadas, recolhem-nas correctamente. O problema começa no transporte para um centro de recolha. Lâmpadas partidas e condições de trabalho muito expostas ao mercúrio são claras. Não existem os contentores adequados para o armazenamento e transporte, no centro de recolha, da ilha exemplo: Nordeney. Até um trabalhador a lidar com mercúrio responde que utiliza luvas, e que foi imunizado!

Depois de sairem da ilha, não é difícil encontrar cada vez mais lâmpadas partidas... Continua a saga de trabalhadores a lidar directamente com o mercúrio: serão portugueses? Nenhuma reciclagem é efectuada: apenas as lâmpadas partidas são agrupadas. Numa terceira localização, a saga continua exactamente igual. Apenas na quarta localização é presumivelmente efectuada a reciclagem, em Bad Oeynhausen, a centenas de quilómetros de distância de Nordeney, mas longe da câmara do repórter! As lâmpadas continuam todavia a sua viagem para Essen, sendo presumível que a electricidade que pouparam esteja agora a ser consumida...

Finalmente, no terceiro vídeo, vemos as condições de trabalho na empresa de reciclagem final, a quinta da série. As lâmpadas são introduzidas num sistema de trituração à mão, sem que os trabalhadores sequer utilizem máscaras. Para o responsável, há uma sucção dos vapores de mercúrio... O resultado é enfiado nuns sacos, donde sai montes de pó! E depois, consome-se ainda mais energia para o processo de reciclagem, tanto, que aparentemente ninguém sabe muito bem quanto...

Talvez isto inspire as nossas televisões?

Previsões criminosas

Um leitor indisposto indignou-se contra a minha referência às políticas criminosas na Austrália. A maioria das pessoas não sabe que hoje é muito fácil desmascarar esta gente? Pois bem, basta umas poucas pesquisas no Google para encontrar pérolas, autênticas previsões criminosas... Coisa que está a ser feita por muitos bloggers internacionais.. Por isso deixo aqui a minha contribuição, do tretas Tim Flannery (a quem os donos dos carros, no vídeo abaixo, podem aproveitar para mandar a factura?), nesta sua contribuição para a New Scientist, em Junho de 2007 (realces da minha responsabilidade):

Over the past 50 years southern Australia has lost about 20 per cent of its rainfall, and one cause is almost certainly global warming. Similar losses have been experienced in eastern Australia, and although the science is less certain it is probable that global warming is behind these losses too. But by far the most dangerous trend is the decline in the flow of Australian rivers: it has fallen by around 70 per cent in recent decades, so dams no longer fill even when it does rain. Growing evidence suggests that hotter soils, caused directly by global warming, have increased evaporation and transpiration and that the change is permanent. I believe the first thing Australians need to do is to stop worrying about "the drought" - which is transient - and start talking about the new climate.

The cities need drought-proofing by, for example, installing water tanks in all dwellings that can accept them. Because in affected areas the decline in river flow is three times that in rainfall, water tanks that use roofs as catchments are now far more effective than dams for supplying drinking water in cities such as Sydney and Brisbane.

Desalination plants can provide insurance against drought. In Adelaide, Sydney and Brisbane, water supplies are so low they need desalinated water urgently, possibly in as little as 18 months. Of course, these plants should be supplied by zero-carbon power sources.


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Prever o mau tempo!

A análise das previsões do tempo são sempre interessantes. Têm sido muito caricatos alguns exemplos dados neste blog, que resultam das trapalhadas associadas a essas previsões, desde as previsões do Met Office, passando pela cena do padroeiro, até às cenas de magia associadas...

Um leitor interessado apontou-me há uns dias para o tipo de jornalismo que se faz à volta deste tema. O artigo, do verde Diário Económico, intitula-se "EDP cria ‘software’ que prevê o mau tempo". Pela leitura do artigo, não se compreende verdadeiramente se também é capaz de prever o 'bom' tempo, mas dá perfeitamente para perceber como os jornalistas pensam, e que mensagem pretendem veicular!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Políticas criminosas na Austrália

Já nos tínhamos referido às inundações na Austrália, na semana passada. Num país em que a Religião Verde tem muitos seguidores, e as previsões passadas foram dantescas, como as de Tim Flannery, a enorme quantidade de precipitação gera uma confusão ainda maior...

Naquilo que parecem ser as piores inundações em 120 anos, e cuja história recente de cheias em Brisbane são visíveis no gráfico acima (dados retirados daqui), devemos observar como os habitantes até estão confundidos com o "Aquecimento Global" (realces da minha responsabilidade):

"Seria irónico se não fosse tão trágico. Toowoomba está localizada na cratera de um vulcão extinto, cerca de 610 metros acima do nível do mar, e enfrentámos dez anos de seca. Não tivemos água nem para lavar o carro durante os últimos dez anos", explicou um habitante da chamada "cidade jardim", Charlie Green, à BBC.

As barragens da zona de Brisbane estão a 99.9%, chegando-se a atingir um conceito difícil, que é o de barragens a 154.7%, como é o caso de Somerset... Pessoas a viver em Brisbane não podem deixar de evidenciar mais previsões da treta, que agora se vão virar contra os seus autores...

Infelizmente, as notícias que nos chegam, dão conta de que essas previsões foram cegamente seguidas pelos políticos, que em vez de construir barragens, construiram centrais de dessalinização... Com as muitas mortes provocadas por estas políticas, é necessário confrontar esses políticos com estas mortes! E não deixar os profetas virar o bico ao prego...

Despedir para aquecer?

Em Cuba, ninguém consegue entender o que os está a atingir. 1.3 milhões de trabalhadores serão despedidos nos próximos três anos, com 500 mil já este ano! Mesmo assim, o Estado vai pagar 14 euros (14 euros é o valor médio de um ordenado mensal em Cuba) por cada dez anos de serviço. Uma inspiração para os comunistas e sindicatos portugueses? Com esta esmola, os cubanos poderão aquecer-se... Mas, esperam aí: o passado mês de Dezembro foi o mais frio desde 1951, conforme o vídeo abaixo, pelo que eles agora nem sequer trabalhar para aquecer conseguirão! Deve ser tudo por causa do Aquecimento Global?

A metralha da Quercus

Há quatro meses atrás fazia um post onde rebatia, ponto por ponto, um comunicado que a Quercus efectuara, relativamente ao consumo e produção de energia até ao mês de Agosto. Agora, em mais um comunicado, a Quercus continua a metralhar-se! Como eu sei que eles lêem aqui os posts, que fiquem sabendo que nem todos os Portugueses são burros, e que sabem que o consumo de energia aumentou sobretudo no primeiro trimestre de 2010, por causa do frio, e que o aumento da produção renovável se deveu em grande medida ao aumento da produção de hidro-electricidade, de que estes tretas da Quercus tão pouco gostam! É claro que eles também sabem disto, pelo que deve ser confrangedor repetir estes comunicados, devendo doer-lhes também na alma, a metralha...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ecologistas são hipócritas

George Monbiot é um dos meus tretas preferidos! Um leitor habitual apontou-me para uma compilação de Alex Jones, no Prison Planet, onde se desmancha este hipócrita. Já este ano, Monbiot insurge-se contra as casas sobre-dimensionadas, esquecendo-se que ele é um prevaricador do pior. O artigo tem mais revelações sobre este hipócrita, nas próprias palavras de George Monbiot (realces da minha responsabilidade):

And which of us – except perhaps Mayer Hillman – can really claim to live as we urge others to live? Most environmentalists – and I include myself in this – are hypocrites. I know of a British climate-change campaigner who spends her holidays snorkelling in the Pacific, and she doesn't get there by bicycle. One friend – a prominent environmentalist – burns coal on an open fire. Another – a biodiversity campaigner – serves tuna steaks to his guests.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Hamburgueres de barata


Um leitor apontou-me para mais um daqueles pseudo-estudos, de cientistas que apenas sabem produzir papers em quantidade... Oonincx et al., publicaram o estudo "An Exploration on Greenhouse Gas and Ammonia Production by Insect Species Suitable for Animal or Human Consumption", onde defendem que se deveria começar a criar insectos, em vez dos animais, que nos fornecem a carne mais tradicional... Para o estudo, os insectos que contam são os seguintes, cujas imagens reproduzimos acima:

Estes investigadores da treta garantem-nos que estes insectos poderiam ser uma alternativa ambientalmente mais correcta para a produção de proteínas animais, minimizando os gases de efeito de estufa e amoníaco. Cheira-me todavia que os cálculos estejam engatados, mas não tenho tempo para o provar... Entretanto, se os meus bifezinhos acabassem, preferia tornar-me vegetariano!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Onde está ele, quando é preciso?

No Reino Unido, só agora começaram a descobrir que o vento desaparece, quando ele é mais necessário! Em Portugal, já sabemos disso há bastante tempo... Mas, por lá, consegue ser pior, até porque ao necessitarem de aquecimento, para não congelarem, as eólicas consomem mais energia do que aquela que geram...

Entretanto, descobriu-se por lá que em vez de produzir 30% da capacidade instalada, parece que a produção é apenas de cerca de 10%. O que vale é que há outras fontes de energia que ainda conseguem manter os ingleses quentinhos. Valha-lhes também que os franceses têm muita energia nuclear, o que coontribuiu também para manter os escoceses quentinhos... Portanto, eles já sabem que não podem contar com as eólicas nestas alturas do campeonato...

sábado, 8 de janeiro de 2011

Efeito Gore

O efeito Gore voltou a acontecer, desta vez na China. Al Gore participou esta quinta-feira passada numa conferência de desenvolvimento urbano, em Pequim. Ao mesmo tempo, uma onda de frio está a varrer uma série de províncias da China, levando entre outros aspectos à subida dos preços de alimentação, ao fecho de centenas de escolas, a cortes de água, etc.

É realmente uma chatice: das poucas vezes que Gore sai da sua toca, vai logo a Natureza fria atrás dele... E os Chineses, que têm uma história longa, sabem que o frio traz problemas! No nordeste, onde as temperaturas atingiram os - 42 40ºC, há um problema muito maior que o Aquecimento Global preconizado pelo profeta Gore. Ainda assim, no Festival da Neve e do Gelo, os recém-casados não congelaram os seus corações. Tudo porque as imagens que saem desse Festival são muito lindas, como aquela acima, e outras que podem ver neste link da BBC.

Actualização: O Jorge Oliveira fez-nos chegar oportunamente a referência de que o artigo da National Geographic tem a conversão de temperaturas erradas, sendo -40ºF igual a -40ºC, pelo que acima deveria ler-se -40ºC.

Chamem a polícia?

Os australianos, na sua ânsia de controlar o Aquecimento Global, e esperar um pouco de chuva (só um pouco?), fazem de tudo para saatisfazer os profetas desta nova religião Verde! Em Queensland, a polícia recebeu 100 automóveis híbridos, da marca Toyota Camrys. O problema é que aparentemente ninguém verificou o tamanho da bagageira, que agora se constata não ser suficiente para incluir todo o equipamento habitualmente transportado pela polícia. Como não o podem pôr no banco de trás, onde são transportados os criminosos, parece que algum equipamento vai agora a seus pés! O problema é que também à frente há pouco espaço... Tudo isto porque se entendeu que a polícia também devia diminuir as suas emissões de CO2! Qualquer dia, compram carros eléctricos, que não darão para perseguir a ladroagem... Finalmente, passarão a fazer as perseguições de transportes públicos?

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Inundações

Nos últimos dias, a palavra inundações tem estado na moda. Tudo parece ter começado com as inundações na Austrália. É um granda azar para os alarmistas, que previam que as barragens iam ficar sem água!!! Para os leitores mais interessados, não percam a perspectiva histórica e uma abordagem clara e concisa aqui, ali e acolá!

Por cá, ficamos ontem a saber que o Alqueva começou a descarregar! A mesma triste história de há um ano atrás... Uma visita rápida ao site da OMEL confirma que, para amanhã, a energia eléctrica é de borla durante grande parte do dia, conforme a imagem ao lado documenta... No site da REN confirmamos o expectável: estamos a exportar muito quando ela não vale nada! Enfim, por isso e muitas outras razões é que o Alqueva descarrega em vez de turbinar!!!

Hoje, verifica-se que o Tejo e o Douro transbordam. Sem pre-avisos à Protecção Civil, tão típico de organizações que andam entretidas com a seca e o Aquecimento Global, que nem sabem o que lhes está a cair em cima! Pois era, Portugal seria um dos países mais afectados pela seca, no contexto do Aquecimento Global...

Enfim! Finalmente, uma boa inundação, é a verdadeira inundação que tem sido a dos leitores do Ecotretas! Com vários milhares de páginas vistas por dia, o blog está ao nível do Top50 dos blogs portugueses? Ena! Por isso tenho que agradecer-vos, e continuar a merecer a V/ atenção. E para todos aqueles que me têm enviado uma inundação de sugestões, elas irão sendo turbinadas à medida da minha disponibilidade. Para todos aqueles que gostariam de uma inundação ainda maior, podem ler este post mais antigo, que ainda não teve sequência. Obrigado a todos!

Reflexões sobre o efeito-estufa

Um leitor interessado enviou-me um link interessante para um artigo de Luiz Carlos Molion, já referenciado anteriormente no Ecotretas. Neste artigo ele reflecte um pouco sobre o efeito de estufa, que curiosamente como ele refere, aparece referenciado nos livros de Meteorologia, mas que não aparece nos livros de Física. O artigo é igualmente muito interessante em termos da evolução da teoria do Efeito de Estufa, em termos históricos. Referencio apenas três extractos do artigo, cuja leitura integral recomendo:

Como pode ser percebido, o efeito-estufa nunca foi comprovado ou teve sua existência demonstrada. Ao contrário, há 100 anos, Robert W. Wood já demonstrara que seu conceito é falso! Porém, uma mentira repetida inúmeras vezes, torna-se verdade.

Existem cerca de 2.700 moléculas de outros gases [Nitrogênio (N2 = 78 %) + Oxigênio (O2 = 21 %) + Argônio (Ar = 0,9 %) = 99,9 %] para cada molécula de CO2 (0,038 %).

Em outras palavras, se os GEE não existissem, a temperatura à superfície atingiria valores semelhantes aos que ocorrem atualmente. Portanto, se a concentração de CO2 dobrar devido às emissões antrópicas, o aumento de sua massa molecular seria ínfimo, de 0,038 % para 0,076 %, e sua contribuição para a temperatura desprezível, impossível de ser detectada com a instrumentação disponível atualmente.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Purdeys da treta

Estou farto disto! Estou farto desta política cobarde, de desculpas que não sabia que era para publicidade, etc, etc! Mas, e então o que faz a BBDO? Será uma seita, será?

Claro que me estou a referir ao mais recente escândalo, do nosso poeta do BPP. Esqueçamos que ele recebeu, e depois devolveu o dinheiro. Esqueçamos as desculpas... Atentemos no texto. Espero que ninguém tenha investido no Retorno Absoluto, baseado neste texto... O Ecotretas disponibiliza o texto completo escrito por Manuel Alegre, transcrito a partir da imagem ao lado, obtida aqui. E que tem a ver isto com o Ecotretas? Vejam os realces, da minha resposabilidade, e vejam se entendem:

 Fui às compras com o Dinheiro, porque esse, ao menos, sabe fazer contas. Passei por uma espingardaria, vi um par de Purdeys muito bonitas, essas armas que há muito são o meu sonho. Outros querem carros e jipes de grandes marcas, casas de campo e de praia, mais isto e mais aquilo, eu só queria um par de espingardas Purdey. Olhámos o preço, o Dinheiro torceu o nariz1.
 - O vencimento de deputado é uma pelintrice, se não dava para os charutos do outro, como é que queres que dê para as Purdeys?
 E fazendo contas de cabeça, acrescentou: Nem sequer com os direitos de autor.
 Confesso que me senti injustiçado e a revolta anticapitalista voltou a ferver dentro de mim. Então o Dinheiro tentou fazer pedagogia: Não tens razão, as coisas são mesmo assim, o dinheiro está onde deve estar ou vai a caminho, disse António Champalimaud, naquela que é, sem dúvida, a melhor definição do Capitalismo, melhor mesmo que toda a prosa de Adam Smith ou Karl Marx. Ora nem o capital está onde tu estás, nem na verdade o vês vir a caminho. A cada um segundo a sua vocação2.
 Então lembrei-me de meu pai, um esteta do desprendimento, que costumava dizer, citando Pitigtilli: O dinheiro não faz a felicidade, principalmente quando é pouco.
 Pensei, também, na velha pergunta de Elsenor e quis saber se o Dinheiro achava que o ser ou não ser tem alguma coisa a ver com o ter ou não ter.
 - Não terá nada a ver com o ter ou não ter para um par de Purdeys, mas tem com certeza com ter ou não ter para sapatos, pão, casa, etc., perorou o Dinheiro, deixando-me surpreendido com a dimensão social, para não dizer, socialista, da sua resposta. Achei até que havia um certo tom de crítica ao meu desejo de ter um par de Purdeys. E fiquei na dúvida se o Dinheiro não estaria ele próprio contaminado, quer pela doutrina social da Igreja, quer por algumas reminiscências de Marx, se não do "Capital", que só o Louçã deve ter lido até ao fim, talvez, quem sabe, dos "Manuscritos de 1844", que falam também da alienação do capitalista.
 - Quanto mais tem, menos é, citei eu, de memória3 para atazanar o Dinheiro.
 Mas ele riu.
 Tretas. O velho enganou-se. Qual alienação qual carapuça. Abre os olhos, rapaz, olha para o mundo à tua volta, o capitalismo ganhou, quem é e quem pode é quem tem.
 Resolvi então provocá-lo com a repugnância que o General De Gaulle, que não era propriamente um comunista, tinha pelo dinheiro.
 -Nem sequer lhe tocava, o seu barbeiro conta que ele lhe entregava a quantia devida dentro de um envelope, não queria sujar as mãos a mexer em notas ou moedas.
 -Presunção de um aristocrata que gostava do poder e se julgava o salvador de França, uma espécie de reencarnação masculina de Joana d'Arc, comentou o Dinheiro, visivelmente incomodado. E sem conseguir conter-se:
 -Mas o futuro já não passa por Colombey-les-Deux-Eglises, a França não pode com uma gata pelo rabo, o futuro está na América.
 -Julguei que o capital não tinha pátria4.
 - A tua colega Natália Correia dizia que o dinheiro é um mistério, retorquiu enigmaticamente.
 - Como a poesia.
 - Mais ou menos, só que a poesia não dá para o que tu sabes.
 E apontou, o filho da mãe, as duas Purdeys, que mais uma vez ficaram no tinteiro5.

1) Como é tantas vezes o seu hábito. De resto, poucos são os hábitos do dinheiro que o BANCO PRIVADO PORTUGUÊS não conhece, uma vez que é dele, e só dele, que trata.
2) Uma clara referência ao BANCO PRIVADO PORTUGUÊS, único banco em Portugal vocacionado em exclusivo para o PRIVATE BANKING, entendendo esta actividade como GLOBAL WEALTH MANAGEMENT, que abarca a gestão patrimonial como um todo (activos financeiros, imobiliário, aconselhamento fiscal, arte, etc.) o qual complementa com o PRIVATE EQUITY e o CORPORATE ADVISORY.
3) Uma amarga recordação de alguém que, ao contrário dos nossos clientes, não conhece a ESTRATÉGIA DE RETORNO ABSOLUTO, que não só permite a conservação do património investido, como ainda oferece valorizações reais e potenciais muito competitivas.
4) É também um pouco assim que o BANCO PRIVADO PORTUGUÊS o vê. É essa a razão que nos leva, em qualquer mercado, a actuar com independência em relação a quaisquer interesses.
5) Porque de boas intenções está o "tinteiro" cheio, queira o leitor apontar os contactos dos nossos PRIVATE BANKERS: 21 313 7000 (Lisboa), 22 615 3915 (Porto) ou 00 34 912 972 500 (Madrid).

Philips, Greenpeace, e lâmpadas economizadoras

Um leitor habitual enviou-me um link para um post, em que se expõe as reais motivações por detrás da imposição da utilização de lâmpadas economizadoras. A ideia era simples: para a Philips, as lâmpadas incandescentes eram demasiado baratas para gerarem lucro substancial, sobretudo com a competição dos chineses. Por isso, impõe-se lâmpadas diferentes, cujas patentes se controlam, obtém-se o Ámen dos ecologistas, leia-se Greenpeace. Todavia, mesmo assim, ninguém comprava as lâmpadas...

Por isso, em 20 de Março de 2007, os legisladores holandeses, pressionados pelo lobby Philips/Greenpeace, aprovaram uma proposta para banir as incandescentes. E incumbiram a Ministra do Ambiente, Jacqueline Cramer, de extender a proibição ao resto da Europa... A tarefa até foi simples, e rapidamente a proibição a nível europeu foi decretada!

Este é apenas mais um exemplo simples de que não é a protecção do ambiente a motivação desta cambada, mas antes a manutenção, ou mesmo subida, dos lucros. E nós, portugas, ainda compramos a ideia, como é o caso do Município de Seia, que se propõe distribuir gratuitamente 200000 lâmpadas destas pelo Concelho. E eu e você, leitor, é que pagamos toda esta palhaçada...

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Grande Lixeira de Plástico do Pacífico

Não há nada como um grande susto! Desde que foi "revelada" em 1997, por Charles Moore, que a suposta grande lixeira de plástico do Pacífico tem crescido de dimensão. Exponencialmente. Uma pesquisa rápida pela Internet revela dimensões assustadoras! O nosso alarmista Público estima a área da lixeira em duas vezes o tamanho dos Estados Unidos! A Quercus estima que a área seja superior a sete vezes da superfície de Portugal.

O problema é que a investigação mais recente revela que o problema é muito menor que o propagandeado. Da Universidade do Estado de Oregon, nos Estados Unidos, podemos ver alguns dos extractos de uma press release, relativa a investigação efectuada neste domínio (realces da minha responsabilidade):

There is a lot of plastic trash floating in the Pacific Ocean, but claims that the “Great Garbage Patch” between California and Japan is twice the size of Texas are grossly exaggerated, according to an analysis by an Oregon State University scientist.

The studies have shown is that if you look at the actual area of the plastic itself, rather than the entire North Pacific subtropical gyre, the hypothetically “cohesive” plastic patch is actually less than 1 percent of the geographic size of Texas.

Ou seja, do dobro do Estado do Texas, passou para menos de 1% do tamanho desse estado? É so um erro de 200 vezes! Ou como o coloca um comentador do NoTricksZone, onde descobri esta notícia, as reivindicações dos ecologistas são 99.5% lixo!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Pegada dos assessores

Via Fliscorno, chega-se a uma entrevista de Fernando Nobre para o jornal i. Que a roubalheira na política é global, não tenham dúvidas! Mas, da próxima vez que ouvirem falar de pegada de carbono, sobretudo se dito por um político, temos que lhes atirar isto à cara (realces da minha responsabilidade):

Gosto de falar de casos concretos. Tenho durante meses percorrido o país. Quando fui ao Cartaxo, por exemplo, visitei a rua comercial do Cartaxo, que estava completamente vazia. Um senhor do talho diz-me que só de vez em quando entra naquele talho uma senhora para comprar uma ou duas febras e pede-lhe um osso. E eu pergunto: "Mas o osso é para o cão?" "Não", diz-me ele, "É para fazer a sopa da família, estamos a voltar ao tempo dos meus pais e dos meus avós". E depois diz-me: "Mas todos os dias há cinco carros que vêm de Lisboa buscar cinco assessores para ministérios". Vêm de manhã, levam-nos para Lisboa, e voltam à tarde para os trazer. E eu pergunto-me se os senhores assessores não têm carro próprio para se deslocarem aos seus trabalhos.

O que eu sei é que, pelo país todo, há carros do Estado a irem buscar assessores a casa. Porque se vão cinco para o Cartaxo, também vão para Vila Franca, para Santarém... Tenho um amigo que é de um partido e ele sabe quem são esses assessores. São cinco só no Cartaxo. Está confirmado. Será que o Estado precisa de ter perto de 30 mil viaturas? Será que o Estado precisa de ter perto de 11 mil institutos? Será que o Estado precisa de recorrer tanto a pareceres externos? Eu não me candidato para que tudo fique na mesma.