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Estão envolvidas vinte empresas espanholas, entre as quais os dois maiores brokers da intermediação deste tipo de produtos, que no âmbito da operação Blue Sky, envolvendo a Guardia Civil e a Agencia Tributaria, foram expostas num esquema de encubrimento do IVA, no âmbito do comércio de emissões. Tal esquema durou pelo menos de Maio a Outubro de 2009, sendo todavia a sua extensão provavelmente muito maior. O registo de emissões estava principalmente centrado na Dinamarca, e a re-exportação dos direitos fazia-se através da Bluenext, a nossa já conhecida bolsa de emissões francesa.
Kepa Solaun, director da empresa Factor CO2, um dos maiores intermediários em Espanha, explica no El Pais como esta fraude é muito simples: Uma empresa compra os direitos de emissão num qualquer país europeu, e introduz os direitos em Espanha. Esta operação não paga IVA, como em todo o comércio intra-comunitário. Ao facturar em Espanha, cobra os 16% de IVA, mas quando acaba o semestre, a empresa fecha, não faz declaração de IVA, e fica com os 16%! O CO2 é ideal para esta fraude porque não é necessário transporte nem logística. Segundo esta notícia, a fraude pode atingir os 5000 milhões de euros em toda a Europa, com 90% deste mercado envolvido nestas actividades fraudulentas.
Para quando uma investigação semelhante em Portugal?