![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8Va1Iq4ELRXjM5k0zzj9MB2srw5Fngk-kB6hfcE7oE5sjyhgVrQekB_hClOpveDY4MLTqW1KPGmy9ivAk3hldFDT93qUoxStEtV1KQAbPVqn8cRvmjlfBcZdRuCPgI8UHauslkAI7M5R9/s200/Jose+Antonio+Saraiva.jpg)
Trabalhei uns tempos num edifício em que as luzes e o ar condicionado eram comandados por computador. Supostamente, obter-se-ia com isso uma racionalização máxima da energia consumida. Pois bem, o que se passava era o seguinte: se eu saía do gabinete às quatro da tarde, as luzes e o ar condicionado ficavam abertos até às nove da noite. Não havia maneira de os apagar. Inversamente, se eu ficava a trabalhar até mais tarde, impreterivelmente às nove da noite apagavam-se as luzes e desligava-se o ar condicionado - e, para os repor a funcionar, era o cabo dos trabalhos. Esse edifício pretensamente esperto revelou-se, assim, o mais estúpido em que trabalhei. As luzes e os aparelhos de ar condicionado estavam horas e horas ligados sem necessidade, com as salas e os gabinetes vazios. E pregava-nos partidas, deixando-nos às escuras nas situações mais inconvenientes. |