domingo, 11 de abril de 2010

Preço nulo na exportação de energia

Uma das críticas que se ouve ao teor do Manifesto recentemente divulgado, é relativa ao seu ponto 3, onde se refere que estamos a "exportar a preço nulo (!) a produção renovável em excesso". As críticas são várias, desde este ser um fenómeno muito pontual, até não serem só as renováveis as envolvidas nesta vergonha.

Já aqui tínhamos observado no início do ano tal fenómeno, com imagens retiradas do site da REN e OMEL a deixarem clara tal evidência. Mas para aqueles que pensam que isto são fenómenos isolados, não deixem de visitar os referidos sites, pesquisando várias datas. Abaixo dou um exemplo recente de apenas quatro dias. Podia encher aqui o blogue com centenas de imagens equivalentes, mas a amostra recente é mais do que suficiente.

Na primeira coluna observamos como em quatro dias consecutivos recentes, largos períódos tiveram um custo de energia nulo. Nos períodos em que esse custo é nulo, assiste-se a uma forte exportação de energia a partir de Portugal. Quando o custo sobe, Portugal tende a importar? E quando se exporta verifica-se que a produção de energia eólica é maior. E então quando o vento sopra ao fim de semana, como é o caso dos dois primeiros dias, relativos ao fim de semana da Páscoa, então o saque ao bolso dos consumidores/contribuintes é redobrado! Há dúvidas ainda sobre o que é dito no Manifesto?