sábado, 10 de julho de 2010

Contas, como deve ser, do ministro

Ouvi ontem o ministro António Mendonça na rádio e gostei. Mas fiquei logo a pensar como iria um país reagir a contas como deve ser. As palavras do ministro foram cruas e cruéis (realces da minha responsabilidade):

Depois de começar a sua intervenção na Comissão Parlamentar das Obras Públicas a dizer que, tendo em conta o custo de passageiro/ano da Linha do Tua (que atinge os 29 mil euros) "quase mais vale dar um carro a cada um" dos utentes, António Mendonça considerou que "é preciso encontrar sistemas de transportes adaptados às necessidades de cada época, numa base objectiva, que deve ter uma referência económica, ambiental e energética".

Já no passado observamos aqui (1)(2)(3)(4) a barraca que é a linha do Tua. O problema dos ambientalistas não é a linha do Tua, onde aliás a grande maioria deles nunca pôs, nem porá, os pés. O que eles pretendem evitar é a construção da barragem. Aliás, as contas do Mendonça deviam ser feitas para outras barracas nacionais, sabendo por exemplo quanto custou cada utente do Parque Arqueológico do Vale do Côa, nomeadamente em função da energia não produzida?

É por isso que os Media praticamente não deram cobertura a esta notícia. É inconveniente. É difícil interpretar contas tão simples! Mas, se alguém colocar uns mexilhões lá no rio, podem apostar que vão noticiar com grandes parangonas...