segunda-feira, 19 de julho de 2010

O susto da acidificação dos oceanos

O leitor António Gaito manda-nos mais um caso de endoutrinamento das nossas escolas. As referências a catequese ambiental já foram aqui referenciadas algumas vezes no passado, mas esta atinge uma nova dimensão! Depois das desgraças e profecias falhadas do passado, é preciso continuar a alimentar o Mundo das próximas desgraças. E uma delas é a acidificação dos oceanos...

A prova escrita de Física e Química A, do 10.º e 11.º Anos de Escolaridade, da segunda fase deste ano de 2010, começa de forma assustadora (realces da minha responsabilidade):

A vida dos organismos marinhos com concha enfrenta uma nova ameaça: o aumento do nível de dióxido de carbono (CO2) atmosférico.
Os oceanos absorvem naturalmente parte do CO2 emitido para a atmosfera, dissolvendo-o nas suas águas. Uma vez em solução, o CO2 reage, tornando a água do mar, actualmente a um pH de cerca de 8,1, menos alcalina. Como se continua a emitir enormes quantidades daquele gás, o impacto começa a notar-se – os cientistas mediram já um aumento de acidez de cerca de 30% na água do mar e prevêem um aumento de 100 a 150% até 2100.
O aumento de acidez é acompanhado por uma diminuição da concentração de iões carbonato em solução. Assim, muitos organismos marinhos, que dependem do carbonato da água do mar para construírem as suas conchas e outras componentes duras, perderão a capacidade de construir ou de manter essas estruturas vitais.

Christopher Monckton já tinha aliás avisado. Na sua resposta a John Abraham, na pergunta 283, a sua eloquência é a do costume:

Is it not correct that, yet again, you have grossly misstated the point I was actually making? Was I not saying that yesterday they called the climate scare “global warming”; then, when warming stopped, they called it “climate change”; then, when the climate changed no more than usual, they called it “energy security”; then they would probably try to call it “ocean acidification”; and eventually they would have to call the climate scare what it is: absolute rubbish?

Comecemos pelos factos: a água dos oceanos não é ácida, e com um pH actual de 8.1, como refere o exame, nem daqui a muitas centenas de anos seria ácido! Entre 1751 e 1994 acredita-se que a diminuição do pH foi de 8.179 para 8.104! Deve notar-se ainda que a escala de pH é logarítmica! A água destilada, sem CO2, tem um pH de 7 enquanto a chuva normal, não poluída, tem um pH de 5.6!!!

Como pergunta o António, "O que é que vos assusta mais? A água ficar menos alcalina, aproximar-se da neutralização ou ficar mais ácida? É a mesma coisa, mas, a palavra ácido assusta mais! Afinal, é assim que se faz uma evangelização: ou acreditas ou vais para o Inferno!