Este post do NoTricksZone, de há uns dias atrás, revela como a energia eólica se está a tornar indesejável, mesmo para os ecologistas. Eles finalmente estão a acordar para os efeitos secundários da construção de parques eólicos!
No Vermont, nos Estados Unidos, o estado decidiu tornar-se mais Verde. E vai daí apostou nos parques eólicos. Com eles vieram a dinamite para explodir com a pedra lá do sítio, para abrir caminhos para os valentes camiões. Entretanto, teve que se deflorestar a área, não só por causa dos caminhos, mas porque incomodam as ventoinhas! Tudo aquilo que um bom ecologista, despreza! Enfim, os de lá do sítio criaram um site, onde dão conta da destruição que por lá grassa... O vídeo abaixo, é apenas um dos muitos da destruição presenciada por esses activistas, mas que é apenas um deja-vu daquilo que já aconteceu nos montes portugueses. O problema é a declaração que acompanha o vídeo, como podem constatar, e cujas contradições P Gosselin explorou no primeiro link acima.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Eólicas de destruição maciça
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terça-feira, 29 de novembro de 2011
O circo de Durban
Começou este semana o circo de Durban. A classificação não é minha, mas do principal negociador norte-americano europeu, Artur Runge-Metzger, que considerou o evento um circo viajante. Não admira, pois são mais de 15 000 os palhaços que vão estar presentes nessa cidade da África do Sul...
A palhaçada vai durar uns eternos 12 dias, nos quais se tentará negociar mais umas extorsões de dinheiros, para continuar a sustentar circos futuros. Mas desta vez, a coisa vai correr ainda pior que nos anteriores circos de Copenhaga e Cancun, dado que parece que apenas a União Europeia, e alguns indignados parecem ainda levar a sério esta palhaçada. Na verdade, os Estados Unidos, Rússia, Canadá, China, Japão, e muitos outros países, têm todas as razões para boicotarem, de uma forma ou doutra, as pretensões irrealistas que se foram amontoando ao longo dos últimos anos...
Mas, o que me custa mais é perceber como 15 000 palhaços não compreendem que esta festa parola vai contra os seus princípios mais básicos. Quase todos eles se deslocaram meio-mundo, em vorazes aviões, produzindo assim milhares de toneladas de CO2, para assistirem a este festim. De Portugal, é dada como certa a presença dos seguintes artistas:
Nota particular para a inclusão de Francisco Ferreira, da Quercus, que vai à boleia dos contribuintes. Eles nem sequer escondem:
E quanto é que custa a festa? Bem, para além do tempo perdido, uma viagem de ida e volta, de Lisboa para Durban, via a nossa TAP, não parece custar menos de 2000 euros por pessoa. Isto em classe económica. Noutras companhias internacionais, o custo parece ser mais baixo. Em termos de alojamento, segundo o site oficial de marcações do COP17, a permanência mínima é de 11 noites, mas já não há nada! Para estes artistas, os hoteis sul-africanos prepararam um roubinho à maneira, mas como são os contribuintes que pagam, nós que nos desenrasquemos! Como é óbvio, está tudo cheio, tendo sido vendidas pelo menos 160 000 dormidas...
Para terem o custo total, é só fazer umas contas de multiplicação. Muito dinheiro, para nada! Nem sequer para tomarem banho na praia, o melhor que se pode fazer em Durban...
Actualização: Os palhaços ainda vão a caminho, mas já se lamentam...
A palhaçada vai durar uns eternos 12 dias, nos quais se tentará negociar mais umas extorsões de dinheiros, para continuar a sustentar circos futuros. Mas desta vez, a coisa vai correr ainda pior que nos anteriores circos de Copenhaga e Cancun, dado que parece que apenas a União Europeia, e alguns indignados parecem ainda levar a sério esta palhaçada. Na verdade, os Estados Unidos, Rússia, Canadá, China, Japão, e muitos outros países, têm todas as razões para boicotarem, de uma forma ou doutra, as pretensões irrealistas que se foram amontoando ao longo dos últimos anos...
Mas, o que me custa mais é perceber como 15 000 palhaços não compreendem que esta festa parola vai contra os seus princípios mais básicos. Quase todos eles se deslocaram meio-mundo, em vorazes aviões, produzindo assim milhares de toneladas de CO2, para assistirem a este festim. De Portugal, é dada como certa a presença dos seguintes artistas:
Name | Position | Organization |
---|---|---|
H.E. Ms. Assunção Cristas | Minister | Ministry for Agriculture, Sea, Environment and Spatial Planning |
Mr. Nuno Sanchez Lacasta | Coordinator Climate Change Commission | Ministry for Agriculture, Sea, Environment and Spatial Planning |
Ms. Alexandra Ferreira de Carvalho | Director for the Office for International Affairs | Office for International Affairs Ministry for Agriculture, Sea, Environment and Spatial Planning |
Ms. Madalena Callé Lucas | Advisor to the Minister | Ministry for Agriculture, Sea, Environment and Spatial Planning |
Mr. Miguel Moreira da Silva | Advisor to the Minister | Ministry for Agriculture, Sea, Environment and Spatial Planning |
Mr. Daniel Fonseca | Press Advisor to the Minister | Ministry for Agriculture, Sea, Environment and Spatial Planning |
H.E. Mr. João Nugent Ramos Pinto | Ambassador | Diplomatic Mission of Portugal to South Africa |
Mr. Elias António de Sousa | Consul | Consulate of Portugal to Durban |
Mr. António Vasco Alves Machado | Directorate-General for Technical and Economic Affairs | Ministry of Foreign Affairs |
Mr. João Carlos Bezerra da Silva | Directorate-General for Technical and Economic Affairs | Ministry of Foreign Affairs |
Ms. Maria do Carmo Fernandes | Portuguese Institute for Cooperation and Development Assistance | Ministry of Foreign Affairs |
Mr. Eduardo Jorge Ferreira Santos | Senior Officer, Climate Change Commission | Climate Change Commission Ministry for Agriculture, Sea, Environment and Spatial Planning |
Mr. Pedro Martins Barata | Senior Adviser, Climate Change Commission | Climate Change Commission Ministry for Agriculture, Sea, Environment and Spatial Planning |
Mr. Paulo José Tavares Canaveira | Climate Change Commission | Ministry for Agriculture, Sea, Environment and Spatial Planning |
Ms. Ana Cristina da Silva Carreiras | Policy Officer | Climate Change Commission Ministry for Agriculture, Sea, Environment and Spatial Planning |
Ms. Elsa Lopes | Office for International Affairs | Ministry for Agriculture, Sea, Environment and Spatial Planning |
Ms. Marisa Isabel Santos Matias | Member - European Parliament | European Parliament |
Ms. Maria da Graça Martins da Silva Carvalho | Member, European Parliament | European Parliament |
Mr. Francisco Manuel Freire Cardoso Ferreira | Director | Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza |
Mr. Manuel Alexandre Gomes Mota Pinto de Abreu | ||
Ms. Maria Constança Marques Stracquadanio | International Air Transport Association | |
Mr. António Leitão Amaro | Portuguese Parliament | Portuguese Parliament |
Mr. Fernando Manuel Jesus | Member | Portuguese Parliament |
Nota particular para a inclusão de Francisco Ferreira, da Quercus, que vai à boleia dos contribuintes. Eles nem sequer escondem:
A Quercus fará parte da delegação oficial de Portugal como organização não governamental de ambiente e estará presente entre 1 e 10 de Dezembro através do Vice-Presidente, Francisco Ferreira. |
E quanto é que custa a festa? Bem, para além do tempo perdido, uma viagem de ida e volta, de Lisboa para Durban, via a nossa TAP, não parece custar menos de 2000 euros por pessoa. Isto em classe económica. Noutras companhias internacionais, o custo parece ser mais baixo. Em termos de alojamento, segundo o site oficial de marcações do COP17, a permanência mínima é de 11 noites, mas já não há nada! Para estes artistas, os hoteis sul-africanos prepararam um roubinho à maneira, mas como são os contribuintes que pagam, nós que nos desenrasquemos! Como é óbvio, está tudo cheio, tendo sido vendidas pelo menos 160 000 dormidas...
Para terem o custo total, é só fazer umas contas de multiplicação. Muito dinheiro, para nada! Nem sequer para tomarem banho na praia, o melhor que se pode fazer em Durban...
Actualização: Os palhaços ainda vão a caminho, mas já se lamentam...
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domingo, 27 de novembro de 2011
Emprego zero
No jornal Diário Económico da passada sexta-feira, saiu um suplemento sobre as 250 maiores empresas do distrito de Leiria. Fui ver as tabelas das maiores e melhores empresas, para verificar quem eram. E surpresa das surpresas, a "PECF - Parque Eólico de Chão Falcão, Lda." ([1] [2] [3]) ocupava a sexta posição na tabela das empresas com maiores VAB, e em oitavo nas empresas com maiores resultado líquido. Nos restantes indicadores não marcava presença, pelo que fui ver a listagem completa, que abaixo se observa, para chegar a algumas brilhantes conclusões. A principal das quais é que a "PECF - Parque Eólico de Chão Falcão, Lda." não tem um único trabalhador!!!
Ontem, na revista das "1000 Maiores", do Expresso, que inclui publicidade lastimável à EDP (eg. notícia reciclada da Windfloat), o cenário descoberto foi o mesmo. Um conjunto de empresas que sugam os contribuintes e os consumidores, no âmbito dos CIEG, e que ninguém empregam, com a pequeníssima excepção da EDP Renováveis:
Com esta ilusão da Economia Verde, temos assim a prova provada do que já repetimos ad nauseam. Que a Economia Verde não gera empregos e mata tudo o que está à sua volta! É para isto que servem os subsídios, e aquela componente que supera os 50% da factura eléctrica... Felizmente, as restantes empresas da área da energia vão contribuindo com verdadeiro emprego...
Ontem, na revista das "1000 Maiores", do Expresso, que inclui publicidade lastimável à EDP (eg. notícia reciclada da Windfloat), o cenário descoberto foi o mesmo. Um conjunto de empresas que sugam os contribuintes e os consumidores, no âmbito dos CIEG, e que ninguém empregam, com a pequeníssima excepção da EDP Renováveis:
Rank | Nome | VN 2010 | VN 2009 | VN 2008 | ACTIVO | C. PROP. | R. LIQ | N. EMP |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
186 | ENERPULP | 144048 | 114069 | 109211 | 21849 | 4021 | 3961 | 0 |
218 | EDP RENOVÁVEIS | 125531 | 98169 | 74641 | 755714 | 72013 | 33908 | 63 |
295 | SINECOGERACAO | 99777 | 20434 | 0 | 90419 | 14096 | 10946 | 0 |
477 | EUROPA&C ENERGIA VIANA | 65203 | 49709 | 54218 | 44199 | 10588 | 7018 | 1 |
583 | VENTOMINHO | 56277 | 49997 | 30422 | 333784 | 14700 | 13561 | 1 |
737 | IBERWIND II PRODUÇÃO | 45370 | 4083 | 4038 | 1030389 | -11324 | -381 | 0 |
753 | SPCG - SOC. PORT. DE CO-GERAÇÃO ELÉCTRICA | 44445 | 15168 | 0 | 89946 | 76008 | 5644 | 2 |
994 | SOPORGEN | 34668 | 41472 | 0 | 26352 | 7729 | 1277 | 0 |
Com esta ilusão da Economia Verde, temos assim a prova provada do que já repetimos ad nauseam. Que a Economia Verde não gera empregos e mata tudo o que está à sua volta! É para isto que servem os subsídios, e aquela componente que supera os 50% da factura eléctrica... Felizmente, as restantes empresas da área da energia vão contribuindo com verdadeiro emprego...
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sábado, 26 de novembro de 2011
A antiga barragem do Lindoso
Uma das coisas que me faz confusão hoje em dia, é a rapidez com que a História é apagada. Como os leitores sabem, sou um grande adepto de tudo o que a História passada nos tem para contar, e é por isso que, por exemplo, a variabilidade climática actual não é, para mim, nada de especial, quando comparada com eventos climáticos dos últimos séculos/milénios.
No início deste mês, tropecei neste documento da REN, e observei alguma da História das primeiras barragens portuguesas. De todas elas, a que mais me marcou foi a da Barragem do Lindoso, entretanto substituída pela barragem do Alto Lindoso, uma das barragens de referência em Portugal. Fiz umas pequenas pesquisas na Internet, e o melhor que consegui foi obter alguma informação sobre a central hidroeléctrica, vários quilómetros a jusante. Procurei mais, e nada???
Decidido a encontrar algo que desapareceu há pouco mais de 20 anos, encontrei finalmente esta referência, Lima Internacional: Paisagens e Espaços de Fronteira, tese de Doutoramento de Elza Carvalho, na Universidade do Minho. Deste documento retirei a imagem que coloquei no post anterior, e que abaixo está enquadrada com uma imagem da actual barragem. As duas foram calibradas pelo topo dos montes distantes, sendo ligeiramente distintas na parte frontal, pelo facto das fotografias não terem sido tiradas exactamente do mesmo local:
Três leitores foram capazes de a identificar. O primeiro preferiu ficar anónimo, tendo sido ainda identificadas por Pedro Pais e Jorge Pacheco de Oliveira. Em comum, nenhum dos três a afirmou ter conhecido, sendo que um dos três leitores referiu tê-la identificado pelo estilo de terreno.
A história do encouramento do Lindoso remonta ainda aos tempos da Monarquia, quando Justino Antunes Guimarães e Jesús Palacios Ramilo, apresentaram em 11 de Maio de 1905 o anteprojecto para a exploração hidráulica do salto de Lindoso. Em 1907, D. Carlos I autorgou a concessão do aproveitamento hidroeléctrico, através do alvará de concessão do Aproveitamento hidroeléctrico no rio Lima, de 14-2-1907, publicado no Diário do Governo nº 40 de 20-2-1907. O alvará autorizava a derivação de um caudal de 7000 litros/segundo, por um período de 99 anos, com uma exigência de que as obras começassem num período de um ano, e que fosse terminada em quatro anos. A concessão foi transmitida à Sociedade Anónima Electro del Lima no ano seguinte, constituída em Madrid a 19 de Maio de 1908.
O projecto inicial previa a instalação de 14000 cavalos em 7 grupos, cuja potência alcançaria os 12000 cavalos durante 10 meses, e somente 4510 cavalos no Verão. A represa teria uma altura de apenas 5.8 metros, e o canal de derivação prolongar-se-ía por 420 metros. As obras começaram a 16 de Setembro de 1908, mas dificuldades várias, incluindo a morte de um dos accionistas iniciais, retardaram a construção. A construção do canal de derivação (início visível do lado esquerdo do rio, nesta e noutra foto), entretanto prolongado, resultou em diversos problemas com a população, sobretudo devido a questões de nascentes de água, um tema "quente" na altura. A Primeira Guerra Mundial trouxe dificuldades óbvias, embora trabalhassem na altura entre 500 e 1000 trabalhadores nas obras. Em 2 de Abril de 1921 deram-se por concluídas as obras, com a instalação dos geradores Escher Wyss da General Electric, com uma potência de 8750 kVA, na central hidroeléctrica, cuja imagem é visível abaixo, retirada daqui. Em 10 de Abril de 1922 a energia chega finalmente à central do Freixo, no Porto.
Entre 1923 e 1924 a barragem foi sobrelevada, da altura de 5 metros para uma altura de 22.5 metros. Tal permitiu a constituição de uma albufeira de 750 000 m3, 0.2% do volume máximo da actual barragem do Alto Lindoso. O progressivo aumento do consumo da electricidade obrigou a aumentos sucessivos do canal, das linhas, e da própria central hidroeléctrica e da câmara de carga (visível abaixo, foto retirada daqui), contribuindo para um significativo desenvolvimento local, na localidade de Paradamonte, que distinguia a aldeia de todas as outras em redor. Tais ampliações terminaram em 1951, quando foi montado o último grupo gerador, de 40 000 kVA, que permitiu alcançar uma potência de 92 500 kVA. Algumas imagens dos geradores antigos estão disponíveis aqui, sendo ainda este percurso de geocaching uma referência interessante.
No final da década de 1980 iniciou-se a construção da barragem do Alto Lindoso, que obrigou à destruição da antiga barragem. Algumas imagens dessa ocasião estão disponíveis nos seguintes links: [1] [2] [3]. Na imagem seguinte podemos vê-la ainda, já com as obras necessárias à construção da barragem do Alto Lindoso.
Esta página manter-se-á aberta a edição, por forma a documentar outra informação que entretanto venha a recolher. Se o leitor tiver acesso a mais informação, faça o favor de a enviar. Em particular, uma imagem próxima da barragem seria muito interessante. Mais formidável seria uma imagem da barragem numa situação de cheia, mas creio que isso já é pedir de mais! Ainda assim, o objectivo é tentar manter viva uma recordação histórica que se perdeu há pouco mais de 20 anos...
No início deste mês, tropecei neste documento da REN, e observei alguma da História das primeiras barragens portuguesas. De todas elas, a que mais me marcou foi a da Barragem do Lindoso, entretanto substituída pela barragem do Alto Lindoso, uma das barragens de referência em Portugal. Fiz umas pequenas pesquisas na Internet, e o melhor que consegui foi obter alguma informação sobre a central hidroeléctrica, vários quilómetros a jusante. Procurei mais, e nada???
Decidido a encontrar algo que desapareceu há pouco mais de 20 anos, encontrei finalmente esta referência, Lima Internacional: Paisagens e Espaços de Fronteira, tese de Doutoramento de Elza Carvalho, na Universidade do Minho. Deste documento retirei a imagem que coloquei no post anterior, e que abaixo está enquadrada com uma imagem da actual barragem. As duas foram calibradas pelo topo dos montes distantes, sendo ligeiramente distintas na parte frontal, pelo facto das fotografias não terem sido tiradas exactamente do mesmo local:
Três leitores foram capazes de a identificar. O primeiro preferiu ficar anónimo, tendo sido ainda identificadas por Pedro Pais e Jorge Pacheco de Oliveira. Em comum, nenhum dos três a afirmou ter conhecido, sendo que um dos três leitores referiu tê-la identificado pelo estilo de terreno.
A história do encouramento do Lindoso remonta ainda aos tempos da Monarquia, quando Justino Antunes Guimarães e Jesús Palacios Ramilo, apresentaram em 11 de Maio de 1905 o anteprojecto para a exploração hidráulica do salto de Lindoso. Em 1907, D. Carlos I autorgou a concessão do aproveitamento hidroeléctrico, através do alvará de concessão do Aproveitamento hidroeléctrico no rio Lima, de 14-2-1907, publicado no Diário do Governo nº 40 de 20-2-1907. O alvará autorizava a derivação de um caudal de 7000 litros/segundo, por um período de 99 anos, com uma exigência de que as obras começassem num período de um ano, e que fosse terminada em quatro anos. A concessão foi transmitida à Sociedade Anónima Electro del Lima no ano seguinte, constituída em Madrid a 19 de Maio de 1908.
O projecto inicial previa a instalação de 14000 cavalos em 7 grupos, cuja potência alcançaria os 12000 cavalos durante 10 meses, e somente 4510 cavalos no Verão. A represa teria uma altura de apenas 5.8 metros, e o canal de derivação prolongar-se-ía por 420 metros. As obras começaram a 16 de Setembro de 1908, mas dificuldades várias, incluindo a morte de um dos accionistas iniciais, retardaram a construção. A construção do canal de derivação (início visível do lado esquerdo do rio, nesta e noutra foto), entretanto prolongado, resultou em diversos problemas com a população, sobretudo devido a questões de nascentes de água, um tema "quente" na altura. A Primeira Guerra Mundial trouxe dificuldades óbvias, embora trabalhassem na altura entre 500 e 1000 trabalhadores nas obras. Em 2 de Abril de 1921 deram-se por concluídas as obras, com a instalação dos geradores Escher Wyss da General Electric, com uma potência de 8750 kVA, na central hidroeléctrica, cuja imagem é visível abaixo, retirada daqui. Em 10 de Abril de 1922 a energia chega finalmente à central do Freixo, no Porto.
Entre 1923 e 1924 a barragem foi sobrelevada, da altura de 5 metros para uma altura de 22.5 metros. Tal permitiu a constituição de uma albufeira de 750 000 m3, 0.2% do volume máximo da actual barragem do Alto Lindoso. O progressivo aumento do consumo da electricidade obrigou a aumentos sucessivos do canal, das linhas, e da própria central hidroeléctrica e da câmara de carga (visível abaixo, foto retirada daqui), contribuindo para um significativo desenvolvimento local, na localidade de Paradamonte, que distinguia a aldeia de todas as outras em redor. Tais ampliações terminaram em 1951, quando foi montado o último grupo gerador, de 40 000 kVA, que permitiu alcançar uma potência de 92 500 kVA. Algumas imagens dos geradores antigos estão disponíveis aqui, sendo ainda este percurso de geocaching uma referência interessante.
No final da década de 1980 iniciou-se a construção da barragem do Alto Lindoso, que obrigou à destruição da antiga barragem. Algumas imagens dessa ocasião estão disponíveis nos seguintes links: [1] [2] [3]. Na imagem seguinte podemos vê-la ainda, já com as obras necessárias à construção da barragem do Alto Lindoso.
Esta página manter-se-á aberta a edição, por forma a documentar outra informação que entretanto venha a recolher. Se o leitor tiver acesso a mais informação, faça o favor de a enviar. Em particular, uma imagem próxima da barragem seria muito interessante. Mais formidável seria uma imagem da barragem numa situação de cheia, mas creio que isso já é pedir de mais! Ainda assim, o objectivo é tentar manter viva uma recordação histórica que se perdeu há pouco mais de 20 anos...
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Carbon trading in crash mode
It's nothing new. It started over a year ago, when US carbon trading crashed. Two weeks later, it closed. Now, it's our turn in Europe. It had already started earlier this Summer. But now, as can be seen in the left graphic, obtained from Bloomberg, carbon prices are diving even more! And this is yesterday's graph, as today, as I write, it is diving another -10.773% to € 7.040.
I've been monitoring this for weeks, and today it has set it's minimum value for at least the last five years, which was for € 7.96, on the close of Feb 12, 2009, as can be seen in the graph below (from Bloomberg). The dive seems clearly related to the Climategate 2.0 revelations, since it closed at € 9.04 on Tuesday, diving more than 20% since then. These are definitely good news for Durban...
For more insight on the issue, the following news might be interesting:
Update: 16:30 CET The minimum price was reached slightly after this post was published, at € 6.95, but has been recovering since then, halving the loss.
I've been monitoring this for weeks, and today it has set it's minimum value for at least the last five years, which was for € 7.96, on the close of Feb 12, 2009, as can be seen in the graph below (from Bloomberg). The dive seems clearly related to the Climategate 2.0 revelations, since it closed at € 9.04 on Tuesday, diving more than 20% since then. These are definitely good news for Durban...
For more insight on the issue, the following news might be interesting:
- Carbon prices tumble to record low
- Carbon at record lows, confidence at rock-bottom
- It's time for a carbon floor price
- Carbon Collapse Shows Weaker EU Manufacturing: Energy Markets
- European carbon market plummets
Update: 16:30 CET The minimum price was reached slightly after this post was published, at € 6.95, but has been recovering since then, halving the loss.
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quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Veneza a afundar-se?
Um leitor habitual enviou-me uma notícia deveras interessante sobre Veneza. Esta é uma cidade lindíssima, à qual já me havia referenciado no passado. Veneza é igualmente uma espinha atravessada na garganta dos alarmistas, e percebe-se melhor porquê no artigo.
Veneza afundou-se 23 centímetros desde 1897, dos quais apenas 9 cm se ficaram a dever à subida dos mares, enquanto o restante se ficou a dever essencialmente a um processo de subsidência. Os ambientalistas sabem portanto que não podem apontar este exemplo, pois na verdade o problema é mais da descida do que da subida! Tal descida ficou essencialmente a dever-se à extracção de águas subterrâneas, entre 1920 e 1970, sendo que foi aí que se verificou uma maior subida do nível do mar, conforme pode ser observado através dos dados da estação de Punta della Salute, donde foi retirado o gráfico que podemos ver abaixo. Desde a década de 1970, nota-se como a subida foi claramente reduzida. O maior nível de cheias foi atingido em 1966, e diversos artigos científicos descrevem o processo. Curiosamente, as notícias em sentido contrário têm pouca divulgação.
Mas o que mais me surpreendeu na notícia acima é que Veneza se preparava para ser mais um local de propaganda da Religião Verde. Um congresso marcado para 14 e 15 de Novembro foi cancelado, e isso deixou alarmistas como Stefan Rahmstorf chateados. Este Stefan é o mesmo a que nos havíamos referido ainda apenas há uns dias. Ele refere que ía apresentar aí os seus novos dados, claro ainda mais alarmistas que o cenário anterior, mesmo a tempo de Durban. O problema dele é que o rácio de subida é cada vez menor, como as mais recentes medições de satélite o demonstram...
Veneza afundou-se 23 centímetros desde 1897, dos quais apenas 9 cm se ficaram a dever à subida dos mares, enquanto o restante se ficou a dever essencialmente a um processo de subsidência. Os ambientalistas sabem portanto que não podem apontar este exemplo, pois na verdade o problema é mais da descida do que da subida! Tal descida ficou essencialmente a dever-se à extracção de águas subterrâneas, entre 1920 e 1970, sendo que foi aí que se verificou uma maior subida do nível do mar, conforme pode ser observado através dos dados da estação de Punta della Salute, donde foi retirado o gráfico que podemos ver abaixo. Desde a década de 1970, nota-se como a subida foi claramente reduzida. O maior nível de cheias foi atingido em 1966, e diversos artigos científicos descrevem o processo. Curiosamente, as notícias em sentido contrário têm pouca divulgação.
Mas o que mais me surpreendeu na notícia acima é que Veneza se preparava para ser mais um local de propaganda da Religião Verde. Um congresso marcado para 14 e 15 de Novembro foi cancelado, e isso deixou alarmistas como Stefan Rahmstorf chateados. Este Stefan é o mesmo a que nos havíamos referido ainda apenas há uns dias. Ele refere que ía apresentar aí os seus novos dados, claro ainda mais alarmistas que o cenário anterior, mesmo a tempo de Durban. O problema dele é que o rácio de subida é cada vez menor, como as mais recentes medições de satélite o demonstram...
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quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Jornalistas climáticos na mó de baixo
Um leitor trouxe-me ao conhecimento mais um daqueles eventos sui-generis da Religião Verde. Este intitulou-se "As alterações climáticas nos media e na opinião pública", e decorreu no passado dia 21, no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
Da leitura do notícia do alarmista Público, o único que referenciou o evento, depreende-se que estiveram lá os actores e responsáveis pelas notícias hard-core do alarmismo climático em Portugal, quase todos já conhecidos dos leitores habituais do Ecotretas.
As constatações foram de lamento. Queixam-se que a Sociedade não os ouve! Luísa Schmidt, investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa queixa-se de que as alterações climáticas "são um assunto demasiado distante das pessoas, uma questão de grandes acordos internacionais que é decidida longe e com poucos reflexos a nível nacional". As lamúrias continuam com um "vivemos um momento extremamente complicado, quando a crise económica obscurece tudo". Do que ela não se queixa é do dinheirinho que recebe para dizer estas barbaridades...
Anabela Carvalho, do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho, também se queixa: "A escala regional e local têm referências praticamente ausentes" nos jornais. Pudera, pois os jornalistas funcionam melhor com copy&paste dos evangelhos da Religião Verde, do que puxando pela cabecinha! O que ela anda realmente a fazer é a publicitação do seu recente livro, editado em Setembro de 2011. O seu livrinho foi até financiado por um projecto de investigação, dotado de 30 000 €, pago portanto por todos nós...
Mas realmente, do que interessa, não falam eles... Alguém viu alguma referência ao Climategate 2.0 em Portugal?Eu nãoSó surgiu tardiamente no Público, apesar da ampla cobertura internacional (1, 2, 3). Depois, queixem-se que ninguém lê os jornais!
Da leitura do notícia do alarmista Público, o único que referenciou o evento, depreende-se que estiveram lá os actores e responsáveis pelas notícias hard-core do alarmismo climático em Portugal, quase todos já conhecidos dos leitores habituais do Ecotretas.
As constatações foram de lamento. Queixam-se que a Sociedade não os ouve! Luísa Schmidt, investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa queixa-se de que as alterações climáticas "são um assunto demasiado distante das pessoas, uma questão de grandes acordos internacionais que é decidida longe e com poucos reflexos a nível nacional". As lamúrias continuam com um "vivemos um momento extremamente complicado, quando a crise económica obscurece tudo". Do que ela não se queixa é do dinheirinho que recebe para dizer estas barbaridades...
Anabela Carvalho, do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho, também se queixa: "A escala regional e local têm referências praticamente ausentes" nos jornais. Pudera, pois os jornalistas funcionam melhor com copy&paste dos evangelhos da Religião Verde, do que puxando pela cabecinha! O que ela anda realmente a fazer é a publicitação do seu recente livro, editado em Setembro de 2011. O seu livrinho foi até financiado por um projecto de investigação, dotado de 30 000 €, pago portanto por todos nós...
Mas realmente, do que interessa, não falam eles... Alguém viu alguma referência ao Climategate 2.0 em Portugal?
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terça-feira, 22 de novembro de 2011
O melhor do Climategate 2.0
Estas são algumas das minhas citações favoritas, na revelação que se está a tornar o Climategate 2.0 (realces da minha responsabilidade):
Michael Mann -> Phil Jones (1680.txt)
Phil Jones -> [vários] (1577.txt)
Edward Cook -> Keith Briffa (4369.txt)
Phil Jones -> Manola (0021.txt)
Rob Wilson-> [vários] (4241.txt)
Raymond Bradley -> Keith Briffa (3373.txt)
Phil Jones -> Tom Wigley (4789.txt)
Michael Mann -> Phil Jones (1680.txt)
I have been talking w/ folks in the states about finding an investigative journalist to investigate and expose McIntyre, and his thusfar unexplored connections with fossil fuel interests.Perhaps the same needs to be done w/ this Keenan guy. I believe that the only way to stop these people is by exposing them and discrediting them. Do you mind if I send this on to Gavin Schmidt (w/ a request to respect the confidentiality with which you have provided it) for his additional advice/thoughts? He usually has thoughtful insights wiith respect to such matters, |
Phil Jones -> [vários] (1577.txt)
Any work we have done in the past is done on the back of the research grants we get - and has to be well hidden. I've discussed this with the main funder (US Dept of Energy) in the past and they are happy about not releasing the original station data. (...) Some of you may not know, but the dataset has been sent by someone at the Met Office to McIntyre. The Met Office are trying to find out who did this. I've ascertained it most likely came from there, as I'm the only one who knows where the files are here. |
Edward Cook -> Keith Briffa (4369.txt)
I will be sure not to bring this up to Mike. As you know, he thinks that CRU is out to get him in some sense. So, a very carefully worded and described bit by you and Keith will be important. I am afraid that Mike is defending something that increasingly can not be defended. He is investing too much personal stuff in this and not letting the science move ahead. I am afraid that he is losing out in the process. That is too bad. |
Phil Jones -> Manola (0021.txt)
I've saved emails at CRU and then deleted them from the server. Now I'm at home I just have some hard copies. |
Rob Wilson-> [vários] (4241.txt)
The whole Macintyre issue got me thinking about over-fitting and the potential bias of screening against the target climate parameter. Therefore, I thought I'd play around with some randomly generated time-series and see if I could 'reconstruct' northern hemisphere temperatures. I first generated 1000 random time-series in Excel - I did not try and approximate the persistence structure in tree-ring data. The autocorrelation therefore of the time-series was close to zero, although it did vary between each time-series. Playing around therefore with the AR persistent structure of these time-series would make a difference. However, as these series are generally random white noise processes, I thought this would be a conservative test of any potential bias. (...) The reconstructions clearly show a 'hockey-stick' trend. I guess this is precisely the phenomenon that Macintyre has been going on about. It is certainly worrying, but I do not think that it is a problem so long as one screens against LOCAL temperature data and not large scale temperature where trend dominates the correlation. |
Raymond Bradley -> Keith Briffa (3373.txt)
Also--& I'm sure you agree--the Mann/Jones GRL paper was truly pathetic and should never have been published. I don't want to be associated with that 2000 year "reconstruction". |
Phil Jones -> Tom Wigley (4789.txt)
Bryan Weare is at US Davis. He would know about some of the things you mention. The jerk you mention was called Good(e)rich who found urban warming at all Californian sites. |
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Fraude Científica
Climategate 2.0
Está aí, mesmo a tempo de Durban! Quase exactamente dois anos depois da versão 1.0. Surgiu inicialmente aqui. Obviamente, também já está no Watts Up With That.
As mensagens devem ser consideradas um complemento ao Climategate 1.0. Nenhuma mensagem nova de 2010 e 2011 aparece na lista. O ficheiro contém, no entanto, cerca de 220 mil mensagens encriptadas, que não se sabe muito bem o que são...
A única referência interessante a Portugal, é uma mensagem já antiga, a "clamar" por acção:
As mensagens devem ser consideradas um complemento ao Climategate 1.0. Nenhuma mensagem nova de 2010 e 2011 aparece na lista. O ficheiro contém, no entanto, cerca de 220 mil mensagens encriptadas, que não se sabe muito bem o que são...
A única referência interessante a Portugal, é uma mensagem já antiga, a "clamar" por acção:
We would like to invite proposals from activists working on climate campaigning. Following an activist and NGO meeting in March this year, attended by climate activists from Europe, Asia, USA, Australia and Latin America, funding was obtained to support two people to work on a project connected to the sixth United Nations Climate Convention, otherwise known as the Conference of the Parties (COP6), which will happen in Autumn/Winter 2000/2001. The United Nations is currently considering only one possible location for the meeting - den Haag, The Netherlands. The International working group formed after the activist and NGO meeting are looking for two people who would be able to create something innovative and effective with this funding. They will be based in a Climate research group in Portugal, 'Euronatura'. The campaign will be supported by the International working group which has experience of United Nations negotiations, direct action, campaigning, economics and climate science. Groups supporting this campaign include : eyfa, Aseed, Carbusters Magazine, Korean Ecological Youth, Free The Planet USA, EuroNatura, Climate Action Network Latin America, Climate Action Network Central and Eastern Europe and Oilwatch Europe. The thing that joins these people together is the desire to work together to radicalise the agenda of the climate negotiations. The current direction of the negotiations cannot hope to define targets nor build mechanisms of implementation and compliance which will stop the currently dangerous emissions levels of Greenhouse Gases. Ideally, the collaboration between the two funded volunteers, Euronatura and the International working group, will touch on all aspects of climate change and the related campaigns of oil, forest, marine and transport. Equally, the collaboration will be aware of all strategies to counter the weakness of the United Nations and the dominance of certain lobbying groups (notably the oil and nuclear industry). The strategies discussed by the International working group revolve around direct action, research and negotiation. |
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Fraude Científica
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Lâmpadas economizadoras com muitos problemas
Via Musings from the Chiefio descobrimos mais um conjunto de vídeos com Verdades Inconvenientes sobre as lâmpadas economizadoras. As queixas de saúde, o electro-stress, a electricidade suja, a presença de mercúrio, são abordadas nos vários vídeos abaixo. Os cinco primeiros são mais sérios, enquanto o último é mais humorístico...
É bom saber que os Media se começam a interessar pelo assunto! Temos abordado estas questões ao longo dos últimos anos, estando agrupadas na tag específica das lâmpadas economizadoras, mas são poucas as referências que chegam às pessoas que as utilizam. Eu, da minha parte, vou investigar as que tenho lá em casa. Entretanto, já açambarquei algumas lâmpadas incandescentes, antes que elas acabem...
É bom saber que os Media se começam a interessar pelo assunto! Temos abordado estas questões ao longo dos últimos anos, estando agrupadas na tag específica das lâmpadas economizadoras, mas são poucas as referências que chegam às pessoas que as utilizam. Eu, da minha parte, vou investigar as que tenho lá em casa. Entretanto, já açambarquei algumas lâmpadas incandescentes, antes que elas acabem...
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sábado, 19 de novembro de 2011
História do Clima da Terra
Antón Uriarte é um geógrafo espanhol, que tenho referenciado no Ecotretas, e cujo blog CO2 está incluído na lista de blogs de cépticos internacionais. Antón editou uma compilação online da História do Clima da Terra, e que é de leitura obrigatória para todos aqueles que desejam saber como foram as Alterações Climáticas do passado. Mesmo sendo em Espanhol, a sua leitura é muito fácil.
Abaixo se reproduzem a lista de capítulos do livro, para referência rápida dos leitores. Adicionalmente, abaixo encaixo um vídeo onde ele explica diversas questões associadas ao CO2.
Abaixo se reproduzem a lista de capítulos do livro, para referência rápida dos leitores. Adicionalmente, abaixo encaixo um vídeo onde ele explica diversas questões associadas ao CO2.
- Introducción
- Capítulo 1. Precámbrico (4.500 Ma- 544 Ma)
- Capítulo 2. Era Primaria (Paleozoico) (544 Ma-245 Ma)
- Capítulo 3. Era Secundaria (Mesozoico) (245Ma-65Ma)
- Capítulo 4. Era Terciaria (65 Ma- 2,5 Ma)
- Capítulo 5. Las glaciaciones cuaternarias
- Capítulo 6. El interglacial Eemiense
- Capítulo 7. La Ultima Glaciación
- Capítulo 8. Variabilidad climática durante la Ultima Glaciación
- Capítulo 9. El Ultimo Máximo Glacial
- Capítulo 10. La Deglaciación
- Capítulo 11. El Holoceno
- Capítulo 12. El Clima del Ultimo Milenio
- Capítulo 13. Calentamiento del clima actual
- Capítulo 14. La subida del nivel del mar
- Capítulo 15. Los hielos
- Capítulo 16. Evolución de otros fenómenos: humedad , nubes, lluvia, sequías y ciclones tropicales
- Capítulo 17. Variaciones en la circulación atmosférica y oceánica
- Capítulo 18. Gases invernadero y aerosoles antrópicos
- Capítulo 19. Pronósticos y estrategias para el clima del futuro
- Apéndice 1. Los flujos verticales de energía
- Apéndice 2. Los ciclos del carbono.
- Apéndice 3. Efectos climáticos de los aerosoles atmósfericos naturales
- Apéndice 4. Corrientes oceánicas y circulación termohalina
- Apéndice 5. Los ciclos de Milankovitch
- Apéndice 6. Isótopos del carbono en la investigación paleoclimática
- Apéndice 7. El mar en la investigación paleoclimática
- Apéndice 8. Investigaciones en los hielos
- Bibliografía
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Dinheiro pela sanita abaixo
O Diário Económico avançava hoje que as Famílias em Portugal vão ter a electricidade mais cara da Europa. Como os leitores sabem, a nossa energia ainda não é a mais cara da Europa, pelo que foi necessário ler a notícia impressa para perceber que o Secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, proferiu tal declaração enquadrada de outra forma, e que o nosso "verde" DE destacou de forma distinta:
Como chegamos aqui também os leitores do Ecotretas já sabem. Como vamos sair é uma conversa diferente! Ainda ontem, o mesmo Henrique Gomes dava o mote, também no Diário Económico: É preciso eliminar os apoios excessivos à produção energética. Tal como se discute aqui ao lado em Espanha, onde o próprio presidente da Iberdrola, José Ignacio Sánchez Galán, avançou com um diagnóstico claro: El español es uno de los sistemas eléctricos donde el apoyo a las renovables supone un mayor coste por MWh total producido en el sistema. Mas isso tudo deve estar para mudar no próximo fim de semana, com o regresso do PP ao poder.
Com estes dados em cima da mesa, não tardará muito para que deixemos (contribuintes e consumidores) de deitar dinheiro pela sanita das renováveis abaixo, que é efectivamente o que estamos a fazer com esta política...
estes diferimentos não serão suficientes para impedir que Portugal, em 2012, fique em quarto lugar no "ranking" de preços do segmento doméstico mais elevados da Europa e, corrigida a paridade do poder de compra, o custo da electricidade no sector doméstico é já mesmo o mais elevado |
Como chegamos aqui também os leitores do Ecotretas já sabem. Como vamos sair é uma conversa diferente! Ainda ontem, o mesmo Henrique Gomes dava o mote, também no Diário Económico: É preciso eliminar os apoios excessivos à produção energética. Tal como se discute aqui ao lado em Espanha, onde o próprio presidente da Iberdrola, José Ignacio Sánchez Galán, avançou com um diagnóstico claro: El español es uno de los sistemas eléctricos donde el apoyo a las renovables supone un mayor coste por MWh total producido en el sistema. Mas isso tudo deve estar para mudar no próximo fim de semana, com o regresso do PP ao poder.
Com estes dados em cima da mesa, não tardará muito para que deixemos (contribuintes e consumidores) de deitar dinheiro pela sanita das renováveis abaixo, que é efectivamente o que estamos a fazer com esta política...
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011
O Ambiente nas mãos da máfia verde
A capa de hoje do Jornal I não deixa dúvidas: Negócios de milhões nas mãos da máfia verde. O Jornal I junta-se assim a um cada vez maior número de Media (eg. TVI, TVI, SIC) que descobriram as Verdades Inconvenientes que se escondem atrás do Ambiente e da Ecologia.
A Religião Verde contra-atacou imediatamente. No blog Ambio, Henrique Pereira dos Santos (ex Vice-Presidente do Instituto de Conservação da Natureza), logo de manhazinha, escreveu uma carta aberta para a jornalista. Com ameaças veladas claras, como se verifica pelas linhas seguintes:
Infelizmente, esta perseguição a quem se mete com a Religião Verde está em alta. No outro dia referia como os alarmistas gostariam de realizar uns autos-de-fé. No passado fim de semana, eu próprio fui expulso do Facebook. Em termos internacionais, há ainda o caso da jornalista alemã Irene Meichsner, premiada em jornalismo científico, e que no rescaldo do Climategate, escreveu umas verdades inconvenientes sobre o IPCC. Foi assediada e achincalhada por um dos mais reconhecidos alarmistas alemães, Stefan Rahmstorf. A jornalista levou-o a tribunal, e ganhou a causa...
Esperemos que Isabel Tavares mantenha a coragem que revelou, e que não se veja obrigada a seguir as pisadas de Irene Meichsner.
A Religião Verde contra-atacou imediatamente. No blog Ambio, Henrique Pereira dos Santos (ex Vice-Presidente do Instituto de Conservação da Natureza), logo de manhazinha, escreveu uma carta aberta para a jornalista. Com ameaças veladas claras, como se verifica pelas linhas seguintes:
- O que gostaria de lhe perguntar com esta carta é se dorme bem de noite.
- Se consegue olhar as pessoas comuns olhos nos olhos depois de escrever, o que é o menos, e publicar, o que é extraordinário
- Francamente, acha normal o que escreveu?
- É que quando os transitórios donos do poder já de lá tiverem saído, a Senhora ainda terá de escrever para jornais.
- (...) a conduzem a parvoíces como as que escreveu que, infelizmente para si, só a prejudicam.
Infelizmente, esta perseguição a quem se mete com a Religião Verde está em alta. No outro dia referia como os alarmistas gostariam de realizar uns autos-de-fé. No passado fim de semana, eu próprio fui expulso do Facebook. Em termos internacionais, há ainda o caso da jornalista alemã Irene Meichsner, premiada em jornalismo científico, e que no rescaldo do Climategate, escreveu umas verdades inconvenientes sobre o IPCC. Foi assediada e achincalhada por um dos mais reconhecidos alarmistas alemães, Stefan Rahmstorf. A jornalista levou-o a tribunal, e ganhou a causa...
Esperemos que Isabel Tavares mantenha a coragem que revelou, e que não se veja obrigada a seguir as pisadas de Irene Meichsner.
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Hidroelectricidade em Portugal
De vez em quando tropeço em documentos que são verdadeiramente interessantes. Este chama-se Hidroelectricidade em Portugal e foi publicado pela REN em 2002. O documento tem algumas pérolas, nomeadamente a vertente histórica, incluindo a fase inicial da produção de hidroelectricidade em Portugal, e que o documento encaixa entre o final do século XIX e 1930. O documento tem algumas imagens de centros produtores que hoje já não existem, ou que estão escondidos por esse Portugal fora, quase autênticos monumentos históricos. A da imagem não está incluída, ficando aqui o desafio ao leitor para a tentar identificar (clique para ver melhor)! A quem a identificar será dada uma menção honrosa, por parte do Ecotretas, num post subsequente.
O documento revela ainda aspectos como o da importância do aproveitamento do sistema do Douro, ou como fazer a expansão da componente hidroeléctrica do sistema electroprodutor a longo prazo. Um documento de consulta importante, especialmente num momento em que muita gente fala do assunto, mas não entende, ou não quer entender, a sua importância.
O documento revela ainda aspectos como o da importância do aproveitamento do sistema do Douro, ou como fazer a expansão da componente hidroeléctrica do sistema electroprodutor a longo prazo. Um documento de consulta importante, especialmente num momento em que muita gente fala do assunto, mas não entende, ou não quer entender, a sua importância.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
As ecobolas da Worten
No outro dia entrei numa Worten e fiquei chocado quando tropecei numas ecobolas. Para aqueles lados, as ecobolas chamam-se Ecogenie, e custam a módica quantia de 14.90€. Para além das ecobolas da roupa, há também para a loiça, igualmente da marca Ecogenie.
Apesar de já termos aqui exposto estes produtos fraudulentos, é impressionante verificar que eles continuam a serem impingidos aos consumidores!
Apesar de já termos aqui exposto estes produtos fraudulentos, é impressionante verificar que eles continuam a serem impingidos aos consumidores!
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sábado, 12 de novembro de 2011
Facebook acabou
O Ecotretas foi expulso do Facebook! As teias dos lobbies Verdes andam por aí... Tinha efectuado uns comentários sobre o Programa das Novas Barragens, a propósito das contas engatadas da GEOTA, e voilá! Parece que a desculpa foi a de que o nome verdadeiro não era o que estava no Facebook, como se não existissem montes de perfis iguais...
Para mim o Facebook acabou! Serve de aviso para todos vós: quem se mete com a Nova Ordem Mundial, leva. Ainda a semana passada tinha visto esta notícia do Expresso, como a CIA anda a espiar Twitter e Facebook. Assim, começo a acreditar mais nas teorias da conspiração que por aí circulam, mas a maneira mais fácil de os derrotar, é ignorá-los! Passem a palavra, e deixem de utilizar um sistema que vos pode dar um pontapé, sem qualquer aviso prévio, como foi o meu caso!
Actualização: Quero agradecer as várias mensagens de apoio que recebi. Especialmente aqueles que estão a difundir a mensagem no próprio Facebook.
Actualização II: Aqueles que pensam que o Facebook é benigno, vejam como Julian Assange, criador do WikiLeaks, diz que «toda a gente deveria saber que quando acrescenta amigos no Facebook, está a trabalhar de graça para as agências de inteligência dos EUA e a criar esta base de dados». Aqueles que quiserem continuar a alimentar a Base de Dados, que continuem a utilizar o Facebook; aqueles que priveligiam a sua privacidade, retirem-se...
Para mim o Facebook acabou! Serve de aviso para todos vós: quem se mete com a Nova Ordem Mundial, leva. Ainda a semana passada tinha visto esta notícia do Expresso, como a CIA anda a espiar Twitter e Facebook. Assim, começo a acreditar mais nas teorias da conspiração que por aí circulam, mas a maneira mais fácil de os derrotar, é ignorá-los! Passem a palavra, e deixem de utilizar um sistema que vos pode dar um pontapé, sem qualquer aviso prévio, como foi o meu caso!
Actualização: Quero agradecer as várias mensagens de apoio que recebi. Especialmente aqueles que estão a difundir a mensagem no próprio Facebook.
Actualização II: Aqueles que pensam que o Facebook é benigno, vejam como Julian Assange, criador do WikiLeaks, diz que «toda a gente deveria saber que quando acrescenta amigos no Facebook, está a trabalhar de graça para as agências de inteligência dos EUA e a criar esta base de dados». Aqueles que quiserem continuar a alimentar a Base de Dados, que continuem a utilizar o Facebook; aqueles que priveligiam a sua privacidade, retirem-se...
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Fraude Científica
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Eu vou passar a não reciclar!
Nas minhas deambulações pela net, descobri num site Verde, uma daquelas reflexões que todos fazemos, que abaixo transcrevo... Já tinha ideias para deixar de reciclar, mas agora acho que tenho uma motivação maior:
Eu não Reciclo. Vou ser insultado várias, porque poucos vão ler este artigo até ao fim. Em 20 anos apenas, apagaram a memórias do vasilhame, do farrapeiro, da compras por grosso, dos sacos de pano. Em 20 anos apenas, formataram pessoas a reciclar, a comprar e a reciclar. No final da década 80, no inicio da forte campanha à reciclagem, quando se comprava água ou um refrigerante, comprava-se a embalagem, e era possível, trocar por outra cheia ou vender a embalagem. As garrafas não tinham fim de vida, mas vida continua. Curioso, como em 20 anos, a vida da garrafa(agora de vido ou plástico), só tem uma vida. Sim, só tem uma vida, mas que nos dizem que vai ter nova vida, depois de um gasto energético brutal, isso já não o dizem. Há 20 anos, existiam garrafões de agua e de vinho em vidro, reutilizáveis. Agora existem garrafões de plástico recicláveis. Há 20 anos, existiam os farrapeiros, que nos compravam o papel e farrapos para a reciclagem. Hoje existem bidões que damos o papel ou cartão que pagamos, quando compramos um qualquer produto, porque isso é bom para o ambiente, mas o que não nos dizem é que para reciclar e lavar esse todo papel existe um gasto brutal de energia, água e lixívias para tornarmos a ter papel muito branco. Pois, em 20 anos, criaram-se mais embalagens de cartão e papel, que pagamos quando adquirimos um qualquer produtos, e depois entregamos aos bidões gratuitamente. Há 20 anos, o arroz, o feijão e outros produtos que tais comprava-se a grosso e levava-se um saco de pano. Agora existem muitas embalagem em plástico, para qualquer produto alimentar, que depois recicla-se, para isso basta colocar no bidão, porque é bom para o ambiente, mas não interessa as necessidades de energia para tal. Agora quem recicla é amigo do ambiente, quem não o faz um criminoso. Mas, eu não quero reciclar, quero ter vasilhames, sacos de pano e comprar a grosso e entregar o excesso de papel ao farrapeiro que me dá dinheiro. Agora pago 3 vezes, pela mesma embalagem, quando compro o produto, quando pago a taxa de resíduos na factura da água, e quando reciclo. Mas, eu só quero pagar a Taxa de lixo. Neste novo século as campanhas à reciclagem alargaram-se aos electrodomésticos e “novas tecnologias”, pois estas “coisas” duram pouco temo e se deitar-mo ao lixo fazem mal ao ambiente. Mas, eu quero aparelhos que durem muito tempo. Será que os aparelhos estão programados para durar pouco tempo? Eu, diria que sim. Mas, seguindo a lógica devo-me actualizar e entregar os desactualizados no bidão. Mas eu paguei por esse produto, e vão reutilizar esse material, então eu quero que me paguem. Neste novo século paga-se taxa na entrega de velhos pneus e óleos e pilhas, mas eu pago quando compro estes produtos, entrego-os e depois são reutilizados para fazer estradas, energia e novas pilhas. Eu, quero que me paguem quando entrego os meus pneus velhos e óleos usados e pilhas. Até parece que alguns lucram com isto, e até o ambiente. Mas as campanhas que mais me chateiam são a de recolha de rolhas e de material orgânico. Essas sim têm realmente ainda mais piada. No caso das rolhas o grupo Amorim em Associação com as grandes superfícies e até uma conceituada Associação Ambientalista, pedem para as pessoas entregarem as rolhas num qualquer Supermercado, pois em troca plantam sobreiros. Pois, não contam, é que por não terem tido um visão de sustentabilidade há 20 anos não plantaram sobreiros, não era preciso, havia muitos e dava para as encomendas. Não contam também, que o custo em água e energia para obter estilha de cortiça, a partir das rolhas é muito superior à da cortiça retirada directamente do sobreiro. Mas, porreiro para os amigos do ambiente, pois passam a pagar pela rolha, pela plantação de sobreiros que o Grande grupo não o fez, e pelos novos produtos resultantes da estilha. A compostagem está na moda, até nos dão embalagens para fazer em casa, mas pagas na mesma a Taxa de lixo na factura da água. Coisa estranha, então se eu seguir a regras todas da reciclagem, ainda pago uma taxa de recolha de resíduos. Pois, a reciclagem é amiga do ambiente, e tu és amigo da Lipor e da ValorSul e outras que tais. Mas, e os orgânicos que vão para o aterro? Já não vão estas empresas criam composto e vendem aos agricultores e agora em novas embalagens ao consumidor final em qualquer supermercado. Mas, então eu compro composto, do composto que dou? Sim, assim és amigo do ambiente e pagas 3 vezes, quando compras os produtos compostaveis, a taxa de resíduos na factura da água e depois quando compras composto ou sacos de terra. Agora, já posso ser insultado pois todos ganham, o ambiente (dizem), as autarquias e a empresas de recolha e triagem de resíduos (não o dizem), e ganhas tu (mentem). Eu quero é vasilhame, farrapeiros e saquinhos de pano e pagar a Taxa de resíduos na factura da água. Posso? |
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Reciclagem
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
As contas da GEOTA e do PNBEPH
Várias organizações ambientalistas (GEOTA, FAPAS, LPN, Quercus, CEAI, Aldeia, COAGRET, Flamingo, SPEA, MCLT) têm vindo a lutar contra o PNBEPH (Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico). Segundo a sua argumentação, as novas barragens vão custar 16 mil milhões nos próximos 75 anos. Uma das parcelas desse custo será a garantia de potência, sendo que uma das versões mais recentes do documento explica parte das contas:
As contas para se chegar aos 3400 M€ são relativamente simples. Primeiro, foram contabilizados 2453MW de potência instalada nas novas centrais. Depois, foi considerado o valor de 20000€/MW, previsto na Portaria n.º 765/2010, de 20 de Agosto. Finalmente, multiplicando por 70 anos (valor médio de 65 e 75 anos) obtém-se o valor de 3434.2 milhões de euros.
A garantia de potência surge no Decreto Lei 264/2007, de 24 de Julho, o qual, no seu artigo 4º, adita o artigo 33º do Decreto Lei 172/2006, de 23 de Agosto. A referida Portaria n.º 765/2010 estabelece pois o regime dos serviços de garantia de potência, especificando os termos e condições da sua prestação, as entidades que podem participar na qualidade de prestadoras desses serviços e o respectivo regime de retribuição.
Particularmente importante neste contexto é saber quem são as entidades que podem participar. Tal é definido no artigo 10º, que define os centros electroprodutores abrangidos.
No nº 1 define-se que estão incluídos os centros "que disponham de uma potência instalada igual ou superior a 50 MW que tenham entrado em funcionamento industrial há menos de 10 anos e que não estejam sujeitos ao regime dos CMEC". Como é evidente, as barragens do PNBEPH não se incluem aqui, pois manifestamente não entraram ainda em funcionamento.
No nº 2 define-se que o "incentivo ao investimento é igualmente aplicável aos aumentos de capacidade instalada com potência reversível resultantes do reforço de potência de centros electroprodutores hídricos, cuja entrada em funcionamento industrial ocorra após a entrada em vigor da presente portaria, ainda que a entrada em funcionamento das instalações originais tenha ocorrido antes do período previsto no número anterior e mesmo que as instalações originais estejam sujeitas ao regime dos CMEC". Este número aplica-se que nem uma luva aos aumentos de potência que a EDP está a levar a cabo em Alqueva II (260MW), Venda Nova III (746MW), Salamonde II (207MW), e Paradela II (318MWh). Os aumentos de potência nas barragens do Douro, Miranda II (194MWh), Picote II (246MWh) e Bemposta II (191MWh), dado não serem reversíveis, não se enquadram. Também aqui, as barragens do PNBEPH não se incluem, pois o conceito de instalações originais nem sequer existe em nenhuma delas.
No nº 3, prevê-se que o Governo possa aplicar o regime de incentivo a novos projectos. Finalmente, no nº 4 do mesmo artigo 10º define-se que "compete ao membro do Governo responsável pela área de energia fixar, em cada caso, o montante, o prazo e a data a partir da qual o titular do centro electroprodutor beneficia do incentivo ao investimento". Tanto quanto se sabe, isso não foi feito para as barragens do PNBEPH.
Nestas circunstâncias, é portanto incorrecto dizer que as barragens do PNBEPH terão um custo de 3400 milhões, embora se possa admitir que no futuro tal possa acontecer, de acordo com o que está previsto no nº 3, do artigo 10º. Tal é revelado também por documento do próprio INAG.
Mas mesmo que assim não fosse, as contas da Geota e companhia continuariam engatadas, porque segundo o nº 3, do artigo 11º, a "remuneração correspondente ao incentivo ao investimento para centros electroprodutores que iniciem o seu funcionamento industrial a partir de 1 de Janeiro de 2011 é atribuída durante 10 anos, contados a partir da data de início do respectivo funcionamento industrial". E no nº 4, do mesmo artigo 11º, fazem-se limites adicionais de 10 anos:
O que fica confirmado pela leitura da Portaria n.º 765/2010, é que os actuais aumentos de potência em curso nas barragens da EDP, vão beneficiar da garantia de potência. Contas que a GEOTA não faz, sendo que aliás prefere os aumentos de potência em curso, em detrimento das PNBEPH, como é visível num recente episódio do Biosfera. Os reforços de potência acima referidos totalizam 1531 MW, sendo que estes reforços custarão por ano cerca de 30.6 milhões de euros, quando estiverem em funcionamento, e a manter-se o valor actual de 20000€/MW.
Neste momento, segundo este documento da ERSE, na página 54 verificamos que apenas a barragem do Alqueva recebeu uma garantia de potência em 2011, cabendo o resto à produção termo-eléctrica. A partir de 2012, as contas vão ficar todavia mais complexas, conforme este outro documento da ERSE. O que interessa referir, e isso a GEOTA e as restantes organizações ambientais não o referem, é que as novas barragens, e a garantia de potência, só existem porque há energia eólica a mais e a más horas...
The incentive for electric power availability alone will cost the State 3 400 M€ over the concession horizon, virtually covering initial investment cost. Just in the first 15 years the subsidy will amount 736 M€, far above the concession dues paid by the electric companies. In short, the infamous argument that dams were a “private investment” is a fraud. |
As contas para se chegar aos 3400 M€ são relativamente simples. Primeiro, foram contabilizados 2453MW de potência instalada nas novas centrais. Depois, foi considerado o valor de 20000€/MW, previsto na Portaria n.º 765/2010, de 20 de Agosto. Finalmente, multiplicando por 70 anos (valor médio de 65 e 75 anos) obtém-se o valor de 3434.2 milhões de euros.
A garantia de potência surge no Decreto Lei 264/2007, de 24 de Julho, o qual, no seu artigo 4º, adita o artigo 33º do Decreto Lei 172/2006, de 23 de Agosto. A referida Portaria n.º 765/2010 estabelece pois o regime dos serviços de garantia de potência, especificando os termos e condições da sua prestação, as entidades que podem participar na qualidade de prestadoras desses serviços e o respectivo regime de retribuição.
Particularmente importante neste contexto é saber quem são as entidades que podem participar. Tal é definido no artigo 10º, que define os centros electroprodutores abrangidos.
No nº 1 define-se que estão incluídos os centros "que disponham de uma potência instalada igual ou superior a 50 MW que tenham entrado em funcionamento industrial há menos de 10 anos e que não estejam sujeitos ao regime dos CMEC". Como é evidente, as barragens do PNBEPH não se incluem aqui, pois manifestamente não entraram ainda em funcionamento.
No nº 2 define-se que o "incentivo ao investimento é igualmente aplicável aos aumentos de capacidade instalada com potência reversível resultantes do reforço de potência de centros electroprodutores hídricos, cuja entrada em funcionamento industrial ocorra após a entrada em vigor da presente portaria, ainda que a entrada em funcionamento das instalações originais tenha ocorrido antes do período previsto no número anterior e mesmo que as instalações originais estejam sujeitas ao regime dos CMEC". Este número aplica-se que nem uma luva aos aumentos de potência que a EDP está a levar a cabo em Alqueva II (260MW), Venda Nova III (746MW), Salamonde II (207MW), e Paradela II (318MWh). Os aumentos de potência nas barragens do Douro, Miranda II (194MWh), Picote II (246MWh) e Bemposta II (191MWh), dado não serem reversíveis, não se enquadram. Também aqui, as barragens do PNBEPH não se incluem, pois o conceito de instalações originais nem sequer existe em nenhuma delas.
No nº 3, prevê-se que o Governo possa aplicar o regime de incentivo a novos projectos. Finalmente, no nº 4 do mesmo artigo 10º define-se que "compete ao membro do Governo responsável pela área de energia fixar, em cada caso, o montante, o prazo e a data a partir da qual o titular do centro electroprodutor beneficia do incentivo ao investimento". Tanto quanto se sabe, isso não foi feito para as barragens do PNBEPH.
Nestas circunstâncias, é portanto incorrecto dizer que as barragens do PNBEPH terão um custo de 3400 milhões, embora se possa admitir que no futuro tal possa acontecer, de acordo com o que está previsto no nº 3, do artigo 10º. Tal é revelado também por documento do próprio INAG.
Mas mesmo que assim não fosse, as contas da Geota e companhia continuariam engatadas, porque segundo o nº 3, do artigo 11º, a "remuneração correspondente ao incentivo ao investimento para centros electroprodutores que iniciem o seu funcionamento industrial a partir de 1 de Janeiro de 2011 é atribuída durante 10 anos, contados a partir da data de início do respectivo funcionamento industrial". E no nº 4, do mesmo artigo 11º, fazem-se limites adicionais de 10 anos:
a) Para as instalações industriais que tenham entrado em funcionamento industrial após 1 de Julho de 2007, por um período de 10 anos a partir de 1 de Janeiro de 2011; b) Para as instalações industriais que tenham entrado em funcionamento industrial em data anterior a 1 de Julho de 2007, a partir de 1 de Janeiro de 2011 e até 1 de Julho de 2017. |
O que fica confirmado pela leitura da Portaria n.º 765/2010, é que os actuais aumentos de potência em curso nas barragens da EDP, vão beneficiar da garantia de potência. Contas que a GEOTA não faz, sendo que aliás prefere os aumentos de potência em curso, em detrimento das PNBEPH, como é visível num recente episódio do Biosfera. Os reforços de potência acima referidos totalizam 1531 MW, sendo que estes reforços custarão por ano cerca de 30.6 milhões de euros, quando estiverem em funcionamento, e a manter-se o valor actual de 20000€/MW.
Neste momento, segundo este documento da ERSE, na página 54 verificamos que apenas a barragem do Alqueva recebeu uma garantia de potência em 2011, cabendo o resto à produção termo-eléctrica. A partir de 2012, as contas vão ficar todavia mais complexas, conforme este outro documento da ERSE. O que interessa referir, e isso a GEOTA e as restantes organizações ambientais não o referem, é que as novas barragens, e a garantia de potência, só existem porque há energia eólica a mais e a más horas...
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Estudo DECO chumba híbridos
Um leitor fez-me chegar a notícia de um estudo comparativo efectuado pela DECO, e que saiu na Proteste do passado mês de Setembro. Resumidamente, o estudo diz o que os leitores do Ecotretas já sabem: os híbridos consomem bastante mais que os carros a gasóleo... Já o dissemos montes de vezes, nomeadamente neste artigo de há três anos atrás! Mas agora é a DECO que o diz..
Segundo o estudo, que é aqui referido em detalhe, 100 euros permitem que um automóvel a gasóleo percorra cerca de 25% a mais, em quilómetros, conforme podem ver pela imagem. A notícia também está disponível aqui, mas rapidamente se percebe que a Religião Verde tolhe o pensamento dos jornalistas, que amenizam o problema com o facto de serem supostamente carros mais ecológicos...
Segundo o estudo, que é aqui referido em detalhe, 100 euros permitem que um automóvel a gasóleo percorra cerca de 25% a mais, em quilómetros, conforme podem ver pela imagem. A notícia também está disponível aqui, mas rapidamente se percebe que a Religião Verde tolhe o pensamento dos jornalistas, que amenizam o problema com o facto de serem supostamente carros mais ecológicos...
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Príncipes em greve
Amanhã, os utilizadores de transportes públicos, terão mais um dia infernal, cortesia das greves previstas para o Metro de Lisboa, CP, Carris, Soflusa e Transtejo, e STCP. Não se sabe muito bem porque há greve, mas neste post evidenciava como são imorais, nomeadamente, os ordenados e regalias dos funcionários do Metropolitano de Lisboa, que em 2006 tinham o segundo nível salarial mais elevado da Europa!
Sabemos que as melancias são os maiores advogados dos nossos transportes públicos. Mas quem pode confiar neste sistema de transportes, se estas pessoas têm mais olhos que barriga? Para que nos lembremos deles amanhã, deixo-vos os ordenados PRINCIPESCOS que os funcionários do Metropolitano de Lisboa recebem, bem como os subsídios, prémios e outros valores, que em 2007 já representavam um terço do ordenado, tendo o rácio entre subsídios e ordenados subido entre 2003 e 2007 cerca de 4.5 pontos percentuais! Nem quero imaginar em quanto já vão hoje...
Os dados abaixo são retirados deste documento do Tribunal de Contas. Infelizmente, os dados são apenas até 2007, pelo que agora estamos certamente muito pior! Como o leitor certamente desconhecerá o que são estes subsídios todos, mais abaixo extraímos as explicações do próprio Tribunal de Contas, sobre alguns dos subsídios/prémios/outros (realces da minha responsabilidade).
Subsídio Agente Único
Subsídio Quilometragem
Subsídio Limpezas Técnicas
Subsídio de Ajuramentação
Subsídio Acréscimo de Função
Subsídio de Salubridade
Subsídio Função e Manobras
Subsídio de Transporte
Subsídio de Turno
Subsídio de Trabalho Nocturno
Subsídio Isenção de Horário de Trabalho
Subsídio Prevenção
Subsídio de Chefia
Vencimento Carreira Aberta
Prémio de Desempenho
Prémio de Performance
Prémio de Assiduidade e Prémio de Assiduidade Trimestral
Sabemos que as melancias são os maiores advogados dos nossos transportes públicos. Mas quem pode confiar neste sistema de transportes, se estas pessoas têm mais olhos que barriga? Para que nos lembremos deles amanhã, deixo-vos os ordenados PRINCIPESCOS que os funcionários do Metropolitano de Lisboa recebem, bem como os subsídios, prémios e outros valores, que em 2007 já representavam um terço do ordenado, tendo o rácio entre subsídios e ordenados subido entre 2003 e 2007 cerca de 4.5 pontos percentuais! Nem quero imaginar em quanto já vão hoje...
Os dados abaixo são retirados deste documento do Tribunal de Contas. Infelizmente, os dados são apenas até 2007, pelo que agora estamos certamente muito pior! Como o leitor certamente desconhecerá o que são estes subsídios todos, mais abaixo extraímos as explicações do próprio Tribunal de Contas, sobre alguns dos subsídios/prémios/outros (realces da minha responsabilidade).
2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 | |
---|---|---|---|---|---|
Subsídio de Agente Único | 1075916 | 1119985 | 1150060 | 1159690 | 1219792 |
Subsídio Quilometragem | 705321 | 803549 | 891081 | 884581 | 894286 |
Subsídio Limpezas Técnicas | 496356 | 467714 | 455647 | 463602 | 447907 |
Subsídio Ajuramentação | 56063 | 50036 | 63485 | 57434 | 53219 |
Subsídio Acréscimo Função | 391018 | 465488 | 723455 | 927550 | 1279638 |
Subsídio Salubridade | 69604 | 75352 | 95168 | 96597 | 95610 |
Subsídio Função | 326801 | 305280 | 222940 | 222227 | 14881 |
Subsídio Manobras | 35682 | 31041 | 64808 | 67145 | 69435 |
Subsídio Transporte | 391983 | 418012 | 487591 | 557945 | 565694 |
Subsídio de Turno | 535785 | 530250 | 513678 | 542117 | 547646 |
Subsídio Trabalho Nocturno | 1432067 | 1450867 | 1444902 | 1475990 | 1516941 |
Subsídio Isenção de Horário | 239398 | 255040 | 310772 | 405234 | 470337 |
Subsídio Prevenção | 105340 | 108735 | 112096 | 210090 | 218016 |
Subsídio Chefia | 871690 | 759655 | 757806 | 799948 | 821737 |
Vencimento Carreira Aberta | 208173 | 272777 | 333379 | 373441 | 507473 |
Outros Subsídios (Conservação, Formação, Telefone) | 80248 | 88959 | 90583 | 122313 | 53241 |
Prémio de Desempenho | 240819,15 | 223125,84 | 221787,76 | 220924,59 | 269004,34 |
Prémio de Performance | 132451,22 | 98386,03 | 112392,43 | 144337,99 | 176121,80 |
Prémio de Assiduidade | 801932,89 | 783094,57 | 867150,83 | 819694,91 | 849685,30 |
Prémio Assiduidade Trimestral | 0 | 55110,32 | 61416,52 | 55418,46 | 49572,91 |
Trabalho Suplementar | 2236777 | 1568499 | 1146632 | 1023140 | 939873 |
Feriados Trabalhados | 0 | 1026688 | 1168554 | 1128870 | 1405868 |
Feriados | 392686 | 250027 | 364456 | 403440 | 392401 |
Eventos e Feriados Especiais | 24088 | 48950 | 28723 | 40405 | 26197 |
Descanso Compensatório | 64456 | 91091 | 72109 | 70025 | 58001 |
Outras | 48814 | 64421 | 51993 | 25553 | 11237 |
Total Subsídios+Prémios+Outros | 10.963.469,26 | 11.412.132,76 | 11.812.665,54 | 12.297.712,95 | 12.953.814,35 |
Salário Base+Diuturnidades+ Anuidades+subsidio de férias, natal e refeição | 38.264.809 | 38.413.932 | 38.907.011 | 39.022.047 | 39.128.441 |
Rácio Subsídios/Salários | 28,65% | 29,71% | 30,36% | 31,51% | 33,11% |
Subsídio Agente Único
É um dos subsídios que mais pesa na estrutura dos subsídios visíveis no quadro anterior, 1.220 milhares de euros, em 2007. Porém, é um benefício pecuniário que, actualmente, nada tem que ver com o desempenho de funções, já que é atribuído indiscriminadamente a todos os que têm a categoria de maquinistas e maquinistas de manobras. Este subsídio é considerado remuneração de trabalho e integra os subsídios de férias e de Natal, logo, é auferido 14 meses. De acordo com as alegações prestadas pelo Presidente do CG do Metropolitano de Lisboa, o presente subsídio teve a sua origem em 1995 em consequência da redução da tripulação dos comboios a apenas um agente, implicando, assim, a extinção da categoria funcional do Factor. Desta forma, a Empresa pretendeu com a criação daquele subsídio, abonar os Maquinistas por assumirem na íntegra as funções antes atribuídas ao Factor. No entanto, já decorreram 14 anos daquela transição, bem como dos antecedentes históricos que estiveram na sua génese, pelo que considera-se que a Empresa deveria ponderar a continuidade desta contrapartida pecuniária adaptando-a aos conteúdos funcionais actuais dos Maquinistas. |
Subsídio Quilometragem
Trata-se de um subsídio que é atribuído aos Maquinistas no exercício efectivo da função de condução, sendo este remunerado em ordem dos quilómetros percorridos (€0,13/Km). No entanto, a cláusula 29.º do Acordo de Empresa I é contraditória no seu conteúdo quando no seu n.º1 sublinha a atribuição do subsídio “aos maquinistas em serviço efectivo” (negrito nosso), mas no n.º2 refere que o subsídio é pagável no 13.º, 14.º mês, quando o trabalhador não executa quaisquer funções de condução. Em sede de contraditório, quanto a esta matéria, o Presidente do CG do Metropolitano de Lisboa refere que «(…) esta situação introduzia uma distorção indesejável quer na função, quer na eficácia do subsídio, pelo que nos termos do Novo Acordo o subsídio de quilometragem é pago exclusivamente em função dos quilómetros efectivamente percorridos, ou seja, 11 meses/ano» e, ainda, «(…) entendeu-se dar menor relevância económica ao subsídio de quilometragem, (…) o montante fixado é de €0,09/Km». Pese embora, em alegações, o Presidente do CG do Metropolitano de Lisboa tenha explicitado que o citado subsídio é «(…) calculado em função dos quilómetros efectivamente percorridos, o que lhe dá um carácter variável, pois é pago em função da quantidade de trabalho percorrido (…) e nessa medida deve considerar-se como um subsídio à produtividade», o facto é que todos os quilómetros percorridos são remunerados e não somente, como seria mais razoável, aqueles que o trabalhador executasse para além dos atribuídos no seu plano de trabalho. |
Subsídio Limpezas Técnicas
São abrangidos por este subsídio todos os trabalhadores pertencentes à carreira Técnica/ Desenho/Administrativa e, ainda, à carreira de Manutenção. É atribuído a estes colaboradores um subsídio mensal no montante de 170,24€ e constitui remuneração 14 meses. |
Subsídio de Ajuramentação
São beneficiários deste subsídio todos os que detêm a categoria de fiscais, sendo atribuído no mesmo montante e forma que o Subsídio Limpezas Técnicas, 170,24 euros durante 14 meses. |
Subsídio Acréscimo de Função
É atribuído aos possuidores da categoria de Operadores de Linha e aos Agentes de Tráfego, num montante mensal de 170,24€, alongado a 14 meses. |
Subsídio de Salubridade
À semelhança dos subsídios anteriores, são abrangidos pelo presente subsídio mensal os Oficiais de via, na quantia de 170,24€, pagável 14 meses. |
Subsídio Função e Manobras
Trata-se de um subsídio atribuído aos trabalhadores que detenham a categoria de Técnicos Auxiliares, Técnicos Administrativos, Desenhadores, Projectistas, Técnicos-adjuntos, Coordenadores Técnicos, Técnicos principais, Operadores de estação, Oficiais, Auxiliares, Cobradores de tesouraria, fiéis de armazém, Secretários, Secretários de administração, Enfermeiros. Para os Maquinistas de Manobras, o subsídio de Função tem a designação de subsídio de manobras. O montante fixado era de 71,49€ mensais e, à similitude de todos os anteriores, este Subsídio Função e Manobras era pago 14 meses no ano. |
Subsídio de Transporte
O Subsídio de Transporte é atribuído a todos os trabalhadores que iniciem ou terminem o serviço entre a 01h00 e as 07H00, correspondente ao quantitativo do subsídio de transporte em automóvel próprio, atribuído por quilómetro aos funcionários e agentes da Administração Pública. |
Subsídio de Turno
Subsídio atribuído a quem está sujeito ao regime de turnos contínuos ou descontínuos com duas ou mais variantes de horário de trabalho em cada mês, cuja retribuição mensal ronda 50,26€. |
Subsídio de Trabalho Nocturno
No disposto no Acordo de Empresa I, é considerado trabalho nocturno o prestado entre as 20h00 de um dia e as 08h00 do dia seguinte, o qual é remunerado com o acréscimo de 25% da retribuição a que dá direito o trabalho prestado durante o dia. Os maquinistas, maquinistas de manobras e operadores de linha são, entre outros, colaboradores cujo serviço prestado abrange o intervalo temporal acima identificado. Entre as alterações introduzidas pelo novo Acordo de Empresa, datado de Março de 2009, encontra-se a diminuição em uma hora do período de prestação de trabalho considerado nocturno, passando este a ser auferido a partir das 21h00. |
Subsídio Isenção de Horário de Trabalho
Este subsídio é apenas recebido pelos Técnicos Superiores que o Conselho de Gerência entendia dever beneficiar. Enquadram-se neste critério, sobretudo, os Técnicos Superiores da área de Engenharia e, ainda, as Secretárias e os Motoristas do Conselho de Gerência. |
Subsídio Prevenção
Trata-se de uma remuneração pecuniária compensatória pelo facto de o trabalhador ter o dever de se encontrar sempre localizável e à disposição da Empresa nos dias de descanso semanal e feriados, mediante a organização de escalas de prevenção, em regime de rotação. Ainda que o citado subsídio não esteja previsto no AE I, alguns dos colaboradores pertencentes a este Acordo de Empresa beneficiam desta componente salarial, por estarem integrados nas escalas de prevenção. |
Subsídio de Chefia
O citado subsídio é aplicável a todos os titulares de funções de chefia existentes no Metropolitano. |
Vencimento Carreira Aberta
Refere a Cláusula n.º5 do Regulamento de Carreiras do AE I que, “sempre que o trabalhador atinja o último grau de progressão na respectiva categoria, continuará a ter garantido a sua evolução, vertical ou horizontalmente de acordo com as regras emergentes do presente Regulamento de Carreiras.” O Presidente do CG do Metropolitano de Lisboa, em sede de contraditório e em consideração das novas regras insertas no novo Acordo de Empresa, referiu, quanto ao Vencimento de Carreira Aberta, a introdução de «(…) diversas alterações no seu regime que irão tornar bastante mais lenta a progressão profissional dos trabalhadores beneficiários do mesmo com a consequente diminuição dos respectivos custos. Com efeito, os trabalhadores passam a necessitar de 6 pontos, em vez dos anteriores 3, para obterem uma progressão na carreira relevante para efeitos deste regime». |
Prémio de Desempenho
A sua atribuição é, exclusivamente, direccionada aos titulares de funções de chefia do AE I, segundo a classificação obtida no decurso da Avaliação e Gestão de Desempenho. |
Prémio de Performance
Podem beneficiar do Prémio de Performance os trabalhadores licenciados e bacharéis e, portanto, ao abrigo do AE II. Este prémio encontra-se associado aos escalões resultantes da avaliação de desempenho anual cometida a este grupo de trabalhadores. |
Prémio de Assiduidade e Prémio de Assiduidade Trimestral
Aos trabalhadores abrangidos pelo AE I é-lhes atribuído uma prestação pecuniária mensal, 63,73€, criando-se, assim, o “Prémio de Assiduidade”. Cumulativamente, a quem mantiver a assiduidade contínua, em cada trimestre, terá direito a um acréscimo de 25% do valor da totalidade do prémio mensal – Prémio de Assiduidade Trimestral. De referir, ainda, que «a sua atribuição está limitada aos trabalhadores do AE I, isto porque desempenhando a maioria destes trabalhadores funções essencialmente operacionais, a presença no local de trabalho constitui um aspecto determinante ou mesmo essencial da produtividade do trabalhador». Ora, se o objectivo dos Prémios é, de facto, premiar todos aqueles que, meritoriamente, não se ausentassem da Empresa, aquando do seu horário de trabalho, e, bem assim, diminuir o absentismo, o certo é que a sua atribuição não teve impactos visíveis ao nível da evolução da Taxa de Absentismo, a qual, em 2007, rondava os 8%, não se afastando muito dos valores atingidos nos anos precedentes. Ademais, a Unidade de Negócio Exploração Comercial, operacional por excelência, apresentou sempre, ao longo do quinquénio 2003-2007, taxas de absentismo acima da verificada para a Empresa no seu global. |
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