Windfloat é um termo que, não tardará nada, nauseará os Portugueses prevenidos. O Windfloat é uma turbina eólica off-shore, que foi construída nos estaleiros da Lisnave, em Setúbal. A EDP, no consórcio Windplus, esturrou aparentemente 20 milhões de euros no projecto, o que significa que para cada um dos poucos mais de 6 milhões de consumidores de energia eléctrica em Portugal, houve uma contribuição de mais de 3 euros para o brinquedo! E se isto alguma vez chegar a produzir para a rede eléctrica, mais vale não imaginar os custos que isso terá, conforme o Prof. Pinto de Sá hoje refere!
Uma apresentação do projecto está disponível aqui. Um dos aspectos que salta à vista é o assumir de que para aqueles lados da Aguçadoura não há vento de jeito, conforme já havia referenciado aqui. Para além de produzir pouca energia para custos absolutamente incomportáveis, ainda vão mexer com a economia local, nomeadamente com os pescadores. A comunicação local tem abordado o problema, mas como é habitual nestas coisas "verdes", é preciso ir aos seus templos, para descobrir que haverá uma zona de não acesso de 450 metros em redor (0.64 Km2).
Para ganhar a simpatia dos locais, há que ser todavia mais atrevido. A EDP "promete" que este projecto pode criar 8 mil empregos em Póvoa de Varzim! A lata é tanta que tudo vale: afinal, noutros locais, os 8 mil empregos afinal são para Portugal na sua totalidade. Tudo isto num local onde o sussurro dos motores de pesca é proibido, ou mesmo a aquacultura é proibida! Ou onde o Presidente da Câmara só soube disto depois de cozinhado! E antes que venham reinvindicar que somos pioneiros, ou coisa do género (tipo: vamos ganhar com a internacionalização disto), fiquem sabendo que é a Principle Power que detém uma licença mundial exclusiva para exploração desta tecnologia. A contribuição de nós, portugueses, é pagar o desenvolvimento do protótipo! Enfim, comecem a deixar de lado mais uns euros todos os meses para mais este elefante branco:
sábado, 15 de outubro de 2011
Windfloat
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