Alguém bufou cá para fora que o Governo se preparava para instituir mais uma taxa ambiental: 5 cêntimos por cada saco de plástico saído de um hipermercado. O secretário de Estado do Ambiente esteve à sua altura habitual, fugindo rapidamente a sete pés do problema.
Sejamos claros: a medida tinha como único objectivo aumentar as receitas do Instituto da Conservação da Natureza, para o qual iriam reverter os tais 5 cêntimos. É só fazer as contas...
O problema está em que se consegue o mesmo de outras formas. Alguns dos hipermercados já estão a utilizar sacos degradáveis. O problema da taxa é tão real que aparentemente ninguém se lembrou de diferenciar os sacos. Para mim, o problema principal é deixarem as pessoas das caixas ensacarem os produtos, tendo em conta que elas trabalham por objectivos. Ainda conseguem desperdiçar mais que aqueles oportunistas interessados em coleccionar sacos. Uma formação adequada a essas pessoas resolvia metade do problema.
Mas ele não acaba aqui. Os sacos de plástico até são úteis. Eu pessoalmente utilizo-os para encher e separar o lixo. No final, todos vão parar correctamente ao EcoPonto. Sim, porque estes sacos são os mesmos que os da Vileda e companhia que se compram nas prateleiras dos mesmos hipermercados...
http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1312793&idCanal=57
http://tsf.sapo.pt/online/vida/interior.asp?id_artigo=TSF186123