O Tomás de Montemor, na sua crónica semanal no Notícias Magazine, fala esta semana sobre o "El Niño" e "La Niña". O artigo surge claramente orientado para justificar as desgraças do tempo que tem ocorrido, nomeadamente como ele refere, na China.
O problema é que os efeitos dos meninos se faz sentir mais no hemisfério Sul. Em vez de referir o impacto na China, seria mais correcto referenciar o problema da seca no Chile, por exemplo. O problema é que isso é inconveniente, dado que falar de seca num contexto das notícias de desgraças do hemisfério Norte, seria visto como uma contradição.
Mas as contradições para os chamados especialistas são maiores. Agora que se procura desvalorizar as descidas das temperaturas por causa da rapariguinha, esquecemo-nos de nos lembrar que as maiores temperaturas de que há registo ocorreram em 1998, precedido do maior rapazinho de que há memória!
A parte do artigo do Tomás de que gosto mais, é a parte final. Diz que "Os mecanismos que regulam e mantêm tanto o El Niño como La Niña ainda são mal compreendidos". Todavia, ele é do conhecimento geral há mais de 80 anos. O que mais me surpreende é ser melhor conhecido o efeito do CO2 no clima...
Para mim, não há dúvidas. O impacto causado pelos dois miúdos no clima é maior do que o do homem!
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