Na Vida Económica, de há uma semana atrás (17 de Abril), e na página 7, evidencia-se o clima de desconfiança, dúvidas e protestos que gira em volta do programa de incentivo à instalação de sistemas solares térmicos. A empresa Sanitop é a referenciada no artigo, e há que reconhecer que é preciso coragem para se chegar à frente, nas críticas. Parte das críticas de Carlos da Torre, responsável do marketing da Sanitop, advém do facto de serem os bancos os únicos interlocutores dos possíveis clientes, e de justamente não serem os bancos os maiores especialistas em matérias de energia solar...
Por isso é de louvar a actuação da jornalista Fernanda Silva Teixeira. Depois de ouvir o responsável da Sanitop, foi confirmar junto da outra parte, os Bancos! Algumas das referências textuais são elucidativas:
-"A maioria dos gabinetes de comunicação mostrou-se indisponível para responder, dentro do prazo estabelecido."
-"Tentamos então uma outra abordagem. Dirigimo-nos, directamente, aos balcões de três das instituições bancárias ... fomos atendidos por comuns bancários, e não por técnicos especializados, que, em vez de nos elucidarem, seguem apenas um guião pre-definido, um deles assumidamente pela primeira vez."
-"em todas as simulações efectuadas apenas nos foram oferecidas três marcas: Norquente, Openplus e Vulcano."
-"pedimos também esclarecimentos ao Ministério da Economia sobre este assunto todavia, até à hora de fecho desta edição, não nos foi possível obter qualquer resposta."
No dia seguinte, o Público esbarrou-se com os mesmos problemas. Não admira, pois, não irmos longe nesta matéria...
http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1374982