domingo, 12 de abril de 2009

Pela boca morre o peixe


"Somos os maiores" é a expressão mais típica de qualquer português que não percebe do que fala. O nosso primeiro já reincidiu várias vezes neste aspecto, e no que à central da Amareleja concerne, já foi aqui realçado, depois de uma célebre entrevista televisiva.

Alertado por um leitor atento, aqui se refere mais uma investida neste domínio de José Sócrates, agora perante 73 alunos de 15 países: "É impressionante o que foi feito nos últimos quatro anos. Somos hoje um pais reconhecido pela aposta nas renováveis como a hídrica, solar e eólica e é incrível o que foi feito nos últimos quatro anos. Temos projectos pioneiros no aproveitamento das ondas, as maiores centrais eólicas da Europa e agora a maior central fotovoltaíca do mundo".

Confesso que é difícil saber por onde começar. Na hídrica, se não fosse o Estado Novo, teríamos a Aguieira, Alto Lindoso, e Alqueva, e pouco mais. Nas ondas, como dizia ontem o Pacheco Pereira no Público "a energia das ondas está em terra, avariada, tudo indica que, definitivamente". E na parte fotovoltaica, temos uma empresa espanhola, que pegou num projecto falido, que nunca chegou a ser o maior em coisa nenhuma.

A pergunta que algum jornalista minimamente inteligente devia ter feito ao Primeiro Ministro era: Quanto custou a viagem demagógica, e quem fez a compensação das emissões de dióxido de carbono para tão numerosa comitiva?

www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021&contentid=AE77DF9D-2D2A-475D-AC38-14AFBBB1B2F5
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1369697