sábado, 1 de agosto de 2009

Aldrabice nas contas dos fogos florestais

Até hoje, existia a noção de que havia um problema com os criminosos que ateavam fogos florestais, um pouco por todo o país. As teorias abundam, desde os madeireiros à indústria do fogo. Mas segundo uma notícia de hoje do Público, parece que o que conhecemos dos fogos florestais pode nem sequer corresponder à verdade.

Segundo a notícia, a GNR acusa que os dados dos incêndios e da área ardida em 2007 e 2008, inscritos no Sistema de Gestão de Informação dos Incêndios Florestais (SGIF) foram alterados "por desconhecidos". Num relatório da GNR lê-se, também, que a "Autoridade Florestal Nacional tentou substituir ocorrências no SGIF, passando-as para queimadas". O Ministério da Agricultura, defende que "os alertas são registados pela estrutura da GNR e são completamente fiáveis", além de que "no Sistema são introduzidos dados sucessivos pelas entidades responsáveis pelos três pilares do Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios".

Uma leitura mais atenta pode explicar a coisa: de acordo com o relatório "Floresta Segura 2008", no sistema encontram-se "registadas várias ocorrências que não são consideradas incêndio florestal, por terem ocorrido em espaços urbanos ou porque o que ardeu é irrisório". A GNR presume que "tal aconteça para se tentar justificar as saídas dos meios de combate", uma vez que, em incêndios florestais em espaço urbano, "não há lugar a pagamento do serviço".

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1394227&idCanal=62