sábado, 2 de abril de 2011

O BPI é que sabe

Confesso que não estava à espera. Que um Banco malhasse na política energética do governo. O BPI lançou esta semana um estudo em que analisa as propostas chuchalistas, nomeadamente no domínio das energias renováveis. Podem ver uma apresentação do estudo aqui, com o documento completo aqui, que fica como uma referência! Entretanto, deixo aqui as três conclusões do estudo, nada novidade para os leitores do blog (realces da minha responsabilidade):

A tecnologia fotovoltaica não é actualmente minimamente competitiva com as restantes tecnologias de produção de electricidade, pelo que os investimentos previstos, de cerca de 1.344 MW e 4,7 mil milhões de euros, não devem ser efectuados, pelo menos até que esta tecnologia atinja uma maior maturidade tecnológica.

Os investimentos previstos na central termoeléctrica a gás natural de Sines (830 MW) e em centrais hídricas (considerando tanto a nova potência, como os reforços de potência) são suficientes para fazer face ao consumo de electricidade estimado em ponta até 2020, pelo que o investimento previsto na central termoeléctrica de Lavos, com 830 MW de potência instalada e 540 milhões de euros de investimento, não deve ser implementado.

Dado o actual contexto de endividamento e de mercados financeiros, o investimento previsto em nova potência eólica, ascendente a 2.619 MW de potência instalada e a 3,4 mil milhões de euros, deve ser adiado.