Depois da catástrofe que se abateu sobre a Madeira, não tardaram a aparecer os abutres ambientalistas. A maioria deles apostaram no "não vos disse?", naquela senda de que qualquer chuvada daquelas teria tido consequências semelhantes nas ribeiras enterradas de Lisboa, ou mesmo nos arredores a norte de Lisboa, ou mesmo em muitos outros locais do país, onde a proximidade com os rios e ribeiros é uma constante.
Mas há espécies mais desconhecidas. Que começam agora a aparecer. Como um tal António Baptista, que há muitos anos está ausente do país. Para ele, a tempestade na Madeira é "mais um sinal de um mundo que está em mudança". Como se o planeta tivesse estado parado, não se sabe muito bem até quando! O senhor admira-se por coisas extraordinárias como as do "aparecimento de tipos de peixes em zonas onde historicamente não têm presença ou até a morte inexplicável de grande quantidade de espécimes". Como os abutres gostam de mortes em grandes quantidades...
O artigo do Público continua com pérolas como "Faz sentido dizer que há mudanças profundas, mas não sabemos quais são", ou então que "As mudanças serão significativas, só não se pode saber quais"! O artigo conclui com mais ênfase que por enquanto "é difícil provar qual vai ser a mudança". Por isso, mesmo desconhecendo completamente onde está a sua presa, "É preciso antecipar agora, tomar as medidas necessárias para ter zonas saudáveis, que permitam aos animais ser saudáveis e aos homens também". Perceberam?