O degelo no Árctico poderá custar à economia global qualquer coisa entre 2.4 e 24 triliões de dólares até 2050. Os prejuízos serão sentidos na agricultura, turismo, imobiliário e seguros devido ao aumento do nível do mar, inundações e ondas de calor. No relatório em que estes números se incluem diz-se: "O Árctico é o aparelho de ar condicionado do planeta e está a começar a avariar-se." |
O Tomás anda com azar. Primeiro, o Árctico está bom e recomenda-se. O ar condicionado encalhou umas dezenas de barcos desprevenidos, que obviamente foram posteriores à escrita do artigo. Para grande azar do Tomás, no dia em que o artigo saiu, a extensão do gelo do Árctico encontrava-se em máximos de seis anos, conforme a imagem acima documenta, e conforme se pode confirmar nos sites da especialidade (aqui, aqui e ali). Adicionalmente, a espessura e concentração do gelo é este ano muito superior à de anos anteriores...
O estudo que o Tomás refere está disponível aqui. Não foi alvo de peer-reviewing, e foi suportado por um grupo ambientalista. O principal autor, Eban Goodstein, é conhecido por um livro que escreveu recentemente, onde afirma que este é o século da extinção...
Estes estudos da treta, na realidade, só existem como meio de disseminação de mentiras, dirigidas aos políticos mundiais. Este estudo versou, por exemplo, a reunião dos Ministros das Finanças do G7, que se realizou no Canadá, em Iqaluit, bem lá para o Norte. Curiosamente, poucos ligaram à notícia, não tendo saído nos Media de referência, por várias razões simples, nomeadamente porque era mais interessante cobrir o modo de vida dos Inuit, ou então as trapalhadas do Ministro das Finanças canadiano com os igloo, ou então mostrar as lindas fotos de um paraíso coberto de neve.