Anda meio mundo anestesiado com as notícias que andam por aí, quais zombies sem pensar, que nem se dão conta como estão a ser enganados. Vários leitores insurgiram-se contra o post de 2 de Julho, relativo à demissão do Manuel Pinho, papagaiando a propaganda do Governo, de que o Ministro Manuel Pinho até foi um grande ministro, nomeadamente na área da energia.
Por isso, vale a pena ler alguns mais elucidados. Como o artigo de opinião de Paulo Soares de Pinho, no Diário Económico de hoje, das quais retiro algumas pérolas:
"A promessa inicial era a de criar mais concorrência. Atribuídas as oito novas licenças para grupos de ciclo-combinado (...) Hoje constatamos que dos oito grupos anunciados apenas dois, os da EDP, foram efectivamente construídos. Ou seja, em vez de mais concorrência temos reforço da posição do operador incumbente."
"Consequentemente, foram sendo gerados gigantescos 'deficits tarifários' cujo montante será pago, com juros, por todos os consumidores nos anos mais próximos."
"Fala-se de sucesso nas renováveis. Quem teve de lidar com planos de negócio nessa área sabe bem que a rendibilidade desses projectos em Portugal é muito apelativa graças às elevadas tarifas oferecidas aos produtores e que os consumidores têm de pagar."
"Não é por acaso que temos o despautério fotovoltaico de Moura: que outro país pagaria tarifas tão elevadas a uma central?"
"Mas para os consumidores a pesada herança que este deixa para as próximas décadas é a de baixa concorrência, assim como um sobrecusto exagerado associado a tarifas elevadas nas renováveis, más apostas tecnológicas e ‘déficits' do passado, distorções que serão repercutidas nas tarifas futuras a pagar por todos nós."
http://economico.sapo.pt/noticias/pesada-heranca_14626.html