A exploração de energia eólica offshore é a sequência natural para aqueles que já não conseguem sacar mais dinheiro em terra. E se a energia eólica não é competitiva em terra, como esperam que o seja ao largo? E mesmo quando conseguem instalar umas quantas, já aqui observamos que os problemas são o que se segue...
P Gosselin, no seu blog, dá-nos mais umas ideias de como as coisas podem correr mal, à la lei de Murphy. O parque eólico Alpha Ventus é um exemplo. A brincadeira custou 250 milhões de euros, contra os 189 milhões inicialmente previstos; se a coisa derrapa assim na Alemanha, imaginem se chega cá... E isto tudo para alimentar de energia apenas 50000 casas?
No final do Verão de 2008, o mau tempo impossibilitou a instalação das primeiras seis turbinas. Depois descobriram que o equipamento para instalar os enormes geradores não estava disponível. Depois seguiram-se problemas nos transformadores. Entretanto, depois da inauguração, os problemas continuaram. Gosselin relata que dois dos doze aerogeradores foram desligados por várias semanas. As temperaturas atingiram valores elevados, obrigando a que fossem desligados. Agora as turbinas têm que ser removidas de uma altura de cerca de 150 metros. Estima-se que o trabalho não esteja terminado até ao final do Verão.
Nos outros parques offshore da região, os problemas também se acumulam... No parque Bard Offshore 1, colisões entre as fundações e o barco de construção obrigam a mais atrasos. Os custos aqui estão a disparar de forma ainda mais significativa, dos 500 milhões estimados inicialmente, passou-se para os esperados 1.2 biliões de euros!
E na Dinamarca, Gosselin enumera mais uns quantos desastres. Mas como ele refere, enquanto estas empresas estiverem a ser suportadas por Governos esbanjadores, não haverá problemas para elas...
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Vento ao largo
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