No segundo vídeo podemos observar como as lâmpadas recolhidas são transportadas ao longo de centenas de quilómetros, com muitas a serem mesmo partidas, e a deixarem atrás um rasto de mercúrio. Para este problema, a Philips tem uma solução: não é ela que é responsável por isso, antes as empresas de reciclagem... Por isso, o repórter segue essas empresas, e o resultado é horrível!
As lojas que vendem as lâmpadas, recolhem-nas correctamente. O problema começa no transporte para um centro de recolha. Lâmpadas partidas e condições de trabalho muito expostas ao mercúrio são claras. Não existem os contentores adequados para o armazenamento e transporte, no centro de recolha, da ilha exemplo: Nordeney. Até um trabalhador a lidar com mercúrio responde que utiliza luvas, e que foi imunizado!
Depois de sairem da ilha, não é difícil encontrar cada vez mais lâmpadas partidas... Continua a saga de trabalhadores a lidar directamente com o mercúrio: serão portugueses? Nenhuma reciclagem é efectuada: apenas as lâmpadas partidas são agrupadas. Numa terceira localização, a saga continua exactamente igual. Apenas na quarta localização é presumivelmente efectuada a reciclagem, em Bad Oeynhausen, a centenas de quilómetros de distância de Nordeney, mas longe da câmara do repórter! As lâmpadas continuam todavia a sua viagem para Essen, sendo presumível que a electricidade que pouparam esteja agora a ser consumida...
Finalmente, no terceiro vídeo, vemos as condições de trabalho na empresa de reciclagem final, a quinta da série. As lâmpadas são introduzidas num sistema de trituração à mão, sem que os trabalhadores sequer utilizem máscaras. Para o responsável, há uma sucção dos vapores de mercúrio... O resultado é enfiado nuns sacos, donde sai montes de pó! E depois, consome-se ainda mais energia para o processo de reciclagem, tanto, que aparentemente ninguém sabe muito bem quanto...
Talvez isto inspire as nossas televisões?