O problema é que o futuro não vai ser o que vai na cabeça deste ex-alto responsável, na Comissão Europeia, ou na imaginação dos alarmistas verdes. O Jorge invoca múltiplas razões, mas elas vão sair quase todas furadas. Uma delas, a da utopia dos custos das emissões de CO2 está a implodir. Depois, há a tenebrosa e contínua associação ao preço de petróleo. Nos Estados Unidos, onde a aposta no gás shale é uma realidade, ao contrário da opção estúpida da Europa, os preços de electricidade têm sofrido cortes, que já chegam aos 50% na produção!
Depois, o Jorge parece estar feliz porque "a partir de 2020 há produtores eólicos que deixarão de ter essa garantia e passar a vender no mercado com custos de produção muito baixos, tendencialmente zero". Mas, porque é que isso não acontece, JÁ? Porque temos que engordar o porco durante estes anos todos?
O que o Jorge não percebe, ou não quer perceber, tal como todos aqueles que ainda estão a tentar defender este sistema, é que a liberalização deve significar uma coisa simples. Eu poder comprar o que quero, e não comprar aquilo que não quero. É simples:
- Eu não quero pagar energia fotovoltaica cara, como a da Amareleja. Não quero que essa tarifa apareça na minha factura.
- Eu não me importo de consumir energia nuclear espanhola, porque o custo de produção é baixo. Pagaria um pouco pelo seu transporte até minha casa...
- Eu não quero energia eólica em minha casa; prefiro comprar energia à central de Sines ou às térmicas a gás
Segunda esta regras, Jorge, o mercado da electricidade funcionaria muito bem. Os produtores adaptar-se-iam, e seriam abandonados os projectos megalómanos! Os Verdes, esses verdadeiramente poucos, poderiam pagar as tarifas principescas das eólicas e do Solar. Se assim fosse, ficaria outro problema rapidamente resolvido, pois os adeptos das energias caras diminuiríam muito rapidamente!