quinta-feira, 29 de julho de 2010

Estado da floresta

Um leitor atento enviou-me um artigo do Expresso, de há mais de dois anos, mas que vale a pena ler na íntegra. É uma análise ao estado da nossa floresta, que se tem agravado ano após ano. Atententemos nas palavras de Paulo Fernandes, presidente da Altri:

Após os incêndios, por exemplo, muita gente não replanta. Tenho a certeza que a indústria da celulose estava disponível para replantar se houvesse condições.

O Estado tem terras em baldio e não tem capacidade de investimento. O ministro da Agricultura tem dito que vai concessionar as florestas do Estado. Isso seria fantástico, porque o Estado não tem dinheiro para investir, o que tem é o que já lá está. Se arde não planta.

As folhas da árvore, a casca, o cepo e o resto dos resíduos florestais são aproveitados para fazer biomassa. Nós não perdemos nada. Temos um ciclo integrado. Antigamente a casca ficava na floresta e alimentava fogos. Hoje temos uma filosofia que é integrar o ciclo todo da floresta.

Temos agora um grande problema na floresta que é o nemátodo, e que o Governo devia ver como uma oportunidade. A área do nemátodo é tão grande que se devia olhar e dizer: temos aqui 300 mil hectares, vamos fazer 100 mil de eucalipto, 100 mil em pinheiro bravo e mais 100 nas folhosas de baixo crescimento. vamos ordenar este território.

Não podemos ficar de braços cruzados. O que não pode acontecer é o que acontece agora: baldios e áreas queimadas abandonadas. E se agora a área de floresta com nemátodo também não for plantada, é um descalabro.