segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Faça sol, ou faça chuva, o abutre está lá

Todos os leitores habituais do blog sabem que o tretas-mor nacional é o Filipe Duarte Santos. Sabendo isso, um leitor atento enviou-me mais uma pérola do abutre das catástrofes:

Correio da Manhã – Como será o tempo no Outono e no Inverno?
Filipe Duarte Santos – A ciência não tem formas de fazer previsões sobre como será o tempo durante uma estação próxima como o Outono ou Inverno. O que existem são modelos estatísticos, ainda muito pouco fiáveis.
Vamos continuar a registar fenómenos extremos?
A tendência dos últimos anos em Portugal e também no Mundo é para uma maior intensidade dos fenómenos meteorológicos e climatéricos extremos.
É de esperar a ocorrência de tornados de baixa intensidade?
É muito provável que isso aconteça, tal como já se verificou em outros anos.

Depois de uma chuvada, que recorda vagamente chuvas do antigamente, o que fazem Santos sem memória? Acenam com os fenómenos extremos. Mas não era este o mesmo Filipe que dizia que ia haver periodos sem precipitação mais longos? Ou que em 2025 vamos ficar sem água potável?

Não foi também este oportunista que pôs à venda em 30 de Janeiro de 2006, o livro SIAM II? Onde se fazem previsões miserabilistas? O que vale é que a Mãe Natureza lhe deu uma valente lição, brindando-o com um nevão na véspera, coisa pouco vista em Lisboa... E que o obrigou a mais umas reacções estapafúrdias...

Estes oportunistas têm que ser expostos! Tanto falam, como se pode ver acima, em "modelos estatísticos, ainda muito pouco fiáveis", como a seguir retocam com um "é muito provável que isso aconteça", quando lhe convém... Se o tretas e o jornalista, e os leitores, quiserem saber o que são fenómenos extremos, vão até Ponte de Lima, e observem com atenção a Torre de São Paulo. Também na imagem acima é visível o marco das cheias de 1909, bem como as de 1987. Ou que leiam outros exemplos de cheias de 1909, isso sim um fenómeno extremo, nunca comparável ao que se passou este fim de semana!