O empenho de Portugal para cumprir as metas de produção de electricidade através de fontes de energia renováveis, tem-se materializado num conjunto de incentivos económicos à Produção em Regime Especial (PRE), que inclui, para além da produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis, a produção em cogeração de energias eléctrica e térmica. O custo médio deste tipo de produção tem sido superior ao custo da produção em centrais convencionais, sendo que o seu custo total tem vindo a aumentar ao longo do tempo pelo facto das entregas desta energia eléctrica à rede terem aumentado significativamente nos últimos anos. |
Com o enorme conjunto de subsídios dados, nomeadamente às eólicas, é necessário garantir que as outras centrais convencionais não fecham as portas, pois deixaríamos de ter electricidade durante partes significativas do ano. Por isso, para compensar os subsídios das eólicas, é preciso subsidiar também as outras, através dos Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) e da Garantia de Potência. Reparem que a electricidade sobe apenas, porque, no final, há energia eólica a mais!
Depois, a ERSE explica que os preços até poderiam, e deveriam, baixar. Porquê (realces da minha responsabilidade)?
Parte importante dos custos a recuperar pelas tarifas são custos de produção de energia eléctrica que variam directamente com a evolução dos preços da energia primária. Recentemente, tem-se verificado uma tendência de estabilização dos valores médios mensais, expressos em Euros. Esta realidade, associada a uma maior pressão concorrencial no MIBEL, permite perspectivar, para 2011, um custo médio de aquisição de energia eléctrica no mercado ligeiramente inferior ao considerado nas tarifas de 2010. |
A ERSE acena ainda com o crescimento do consumo em 2010, em completo desacordo com o que havia previsto há um ano. Na verdade, havia previsto que em 2010 o consumo de energia eléctrica desceria 3%; agora, prevê um aumento de 4%! É claro que num cenário de Aquecimento Global, a ERSE faz contas à Quercus... E o Zé Povinho cala, e passa a pagar mais!