O que é verdadeiramente extraordinário na tabela é o facto das energias mais caras aparecerem primeiro, e as mais baratas no final. Então, a do fotovoltaico é escandalosa! Reparem ainda nos valores negativos das três primeiras, na coluna Diferença, a indiciar que são, coitadinhas, as mais prejudicadas?
Se foi esta a análise com que Mexia se insurgiu, há que dar-lhe toda a razão! Se estas são as bases que estão a ser tidas em conta pelo Governo, vem aí merda da grande!
O custo do capital é um tema financeiro muito complexo, a que a ERSE dedica extensos relatórios. Em termos muito simples, é a taxa de juro a que a empresa se consegue financiar. E de uma forma também simples, quanto maior é o risco, tipicamente maior é o custo do capital. Já uma taxa de remuneração significa o lucro que uma empresa consegue gerar em função do investimento, sendo de uma forma simples calculada pela divisão do lucro pelo capital investido.
Voltando a olhar para a tabela chegamos à conclusão óbvia: nem com subsídios escandalosos as energias alternativas são financeiramente interessantes! E as taxas efectivas de remuneração são baixas, porque também são tecnologias ineficientes! Só a mamar à custa dos consumidores/contribuintes é que conseguem sobreviver...