Um dia destes, as nossas serras levantam voo de tanta ventoinha que lá andam a pôr! São as eólicas, um tipo de energia renovável que tem por detrás poderosos interesses do grande “lobi verde”, um bando de oportunistas que se encostou ao movimento ambientalista, e quer transformar uma solução saudável em mais um modo de assaltar o erário público. Lobi que de verde não tem nada, a não ser a cor do dinheiro com que enchem os bolsos à nossa custa! |
O artigo prossegue com uma excelente identificação donde está o problema. Note-se a correcta separação da EDP e da "gente das eólicas":
O movimento sério a que me refiro, é o movimento ambientalista, também conhecido por “verde”, que segue valores de proteção patrimonial e de não degradação do meio ambiente, que todos devemos respeitar se queremos um planeta onde se possa viver amanhã. Os tais “sempre alguém”, são os oportunistas do costume, que em tudo encontram maneira de fabricar capital, de preferência à custa do erário público, onde ele “pinga” com mais certeza e segurança. E é esta gente das eólicas que, colando-se ao movimento ambientalista como a lapa ao rochedo, nos quer continuar a atirar areia para os olhos e a viver à custa dos 30 e tal% que arrecadam na fatura que a EDP nos cobra. |
Francisco Gouveia aborda outros temas interessantes, como a da obsolescência eólica, que temos abordado pouco (eg. aqui e aqui), mas da qual prometo voltar à carga:
Em abono da verdade, a indústria eólica é de rentabilidade muito duvidosa. Ou seja: se atendermos só ao custo do material e da sua instalação (já não contando com alugueres de terrenos, custos de manutenção, transporte, etc.) e à rentabilidade, descobre-se isto: quando passar o período de amortização do investimento e as eólicas começarem a dar dinheiro ao investidor, este depara-se com o seguinte problema: tem que investir novamente porque parte do material componente das turbinas, pás, engrenagens, etc., já se degradou e tem que ser substituído. Este é o primeiro grande problema. Motivo pelo qual não há nenhuma empresa que se arrisque a investir dinheiro nesta indústria, sem ter a garantia de que o Estado lhe proporcionará uma “renda” (no nosso caso ela vem na fatura da EDP). São os tais “direitos adquiridos” de que tanto falam os empresários das eólicas. Porque eles sabem que se não receberem este subsídio do Estado, o investimento não é rentável. No fundo, estamos a falar de privados que pretendem ser compensados pelo Estado dos prejuízos, em nome do ambientalismo a que se colaram e para o qual se estão marimbando. |
Francisco Gouveia evidencia parte do problema económico. Só tem um pequeno problema: é que o consumidor/contribuinte paga mais que duas vezes:
As eólicas produzem energia dependente do vento, e, como tal, não é contínua estando dependente de haver ou não vento, e da velocidade deste. Há necessidade de a armazenar. É o que as barragens também fazem. Armazenam a energia elétrica das eólicas. Mas como nós subsidiamos as eólicas, estas vendem-na a preço baixo à EDP. E esta, depois, vende-a aos consumidores a um preço altíssimo (ao preço que quiser porque é monopolista). Então, o consumidor paga a eletricidade duas vezes: a primeira através do subsídio que o Estado concede às eólicas e que resulta dos nossos impostos, para depois a irmos pagar novamente, e mais cara, na fatura da EDP! |
Francisco Gouveia continua a evidenciar as Verdades Inconvenientes que as "lapas" não querem que se saiba. São precisas mais pessoas como Francisco Gouveia:
Por isso investir nas eólicas é tão rentável, sem riscos, pois a cobertura destes riscos é garantida pelo Estado. Por isso, desde que o atual Governo decidiu recentemente não subsidiar a instalação de mais eólicas, todos os processos para novas licenças, pararam! Vejam o que eu disse a princípio sobre a rentabilidade das eólicas! |