Deparei-me com dois posts maravilhosos, um de um psicanalista e outro de uma psiquiatra, que aqui não posso deixar de recomendar. No primeiro, Rogério Silva, do blog Freud Explica, transcreve uma carta satírica, mas baseada em factos reais, do Zé agricultor, para o Luiz da Cidade. Não deixem de ler na íntegra, da qual destaco esta transcrição deliciosa, que me fez lembrar logo algo:
Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.
Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vir fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo aí eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foram os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.
Vanessa Marsden, do blog Psiquiatria e Toxicodependência, dá-nos uma visão espantosa da época histérica em que vivemos. Não percam o post La Hystérie Époque, dele destacando o seguinte parágrafo:
Recentemente, porém tenho andado a pensar em outro assunto que virou debate histérico, de fé mesmo. É o chamado "Aquecimento Global". Desde os tempos da Eco 92 o assunto cresceu e tomou uma dimensão assustadora. Para os eco-xiitas, virou uma doutrina, quase uma idéia delírio, que não se reduz à argumentação lógica. Não quero dizer que nós não temos efeitos sobre o meio ambiente, mas sim que este assunto fugiu do normal. Tentar discutir com um eco\green outras hipóteses e teorias é gastar saliva à toa. Mesmo com o climategate, a divulgação de emails nos quais conceituados pesquisadores climáticos conversam sobre como manipular dados da melhor forma para provar que o aquecimento global existe, não se consegue penetração. É histeria pura. Ou se acredita ou não.... E para mim, quando se chega nesse ponto, deixou-se de ser ciência.