segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Homens e tomates

Os homens com tomates no sítio são cada vez menos neste país. Já conhecemos o Alberto João para chamar as coisas pelos nomes. Há momentos ouvi outro na TSF, Martinho Araújo de seu nome, vereador da Protecção Civil de Arcos de Valdevez. Nesta notícia, já com uns dias, vemos o resumo do problema (todos os realces da minha responsabilidade):

O autarca frisou que o concelho está a arder há cerca de um mês, salientando que, além de Vilar de Suente, estiveram esta quinta-feira em risco as casas dos moradores das aldeias de Paradela, Iísuas e Cunhas, já que as chamas andaram muito perto.
(...)
A zona, uma das mais florestadas e bonitas do Parque Nacional da Peneda-Gerês, fora já atingida em 2006 por uma vaga de incêndios que destruiu centenas de hectares, entre eles uma parte da Mata do Rabiscal, um dos tesouros da estrutura ambiental.

No Jornal de Notícias, ele já havia dado uma perspectiva do que realmente se passa:

As críticas da autarquia de Arcos são feitas a duas vozes. O vereador da Protecção Civil, Martinho Araújo, lamenta que não sejam feitos investimentos no parque e que há um "total desconhecimento por parte dos responsáveis da administração do PNPG do que se passa dentro das suas fronteiras".
O vereador destacou que o desinvestimento levou ao actual estado. "Há quatro anos, após um incêndio, também em Agosto, no Mezio, o parque procedeu à venda das madeiras que renderam centenas de milhares de euros. O resto da madeira ficou lá amontoado, o que originou uma manta morta de vários metros de altura, o que dificulta a actuação dos bombeiros e meios aéreos, até mesmo o acesso aos locais onde está arder, pois os caminhos estão bloqueados. O dinheiro, esse, foi para outros interesses", disse Martinho Araújo ao JN.
O vereador acrescenta que a única preocupação de quem dirige o PNPG é "manter os seus empregos". "O parque é uma instituição nacional que já não tem razão de existir porque deixaram exterminar toda a vegetação e não fizeram nada para a manter ou para que existissem reflorestações".
"Isto é administrado por pessoas de Lisboa que não sabem o que é o PNPG. Querem fazer disto uma reserva de "índios", põem todo tipo de entraves à população que reside no PNPG, e este sem população não é nada", sublinha o autarca, que prevê ainda consequências drásticas, "não há pasto para os animais", frisa.

Finalmente, a transcrição da notícia que ouvi, no noticiário de hoje das 18 horas (aos 09:48):

Tive notícias ali na freguesia de Carral Cova: estão os bombeiros a apagar por um lado e andam ali uns malandros, uns terroristas, a pegar fogo nas costas dos bombeiros. Deve ver em que Estado é que estamos a viver, não é? Foram detectados quatro indivíduos a pegar fogos nas costas dos bombeiros.
(...)
Já foi comunicado que estavam relativamente longe dos bombeiros. Já foi comunicado à GNR, que já se deslocou ao local para tentar apanhar esses vagabundos.

Alguém condecore imediatamente este senhor!