quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Budas do Tua

É típico daqueles que não são ouvidos, gritarem "Lobo" cada vez mais alto. Foi isso que me fez lembrar este comunicado da Quercus, do mês passado, relativamente à barragem do Tua, que me foi enviada por um leitor. Os talibans verdes do Núcleo Regional de Vila Real e Viseu, entenderam por bem fazer a seguinte comparação (realces da minha responsabilidade):

A destruição do Vale do Tua, do rio, da paisagem, da linha centenária, da identidade da região a que se junta ainda o património classificado pela UNESCO, é no seu conjunto semelhante ao que aconteceu em Março de 2001 às estátuas dos Buda de Baiyman, património da Humanidade igualmente destruído.

Estes idiotas não parecem sequer muito cultos. Os Budas são de Bamiyan (eu também não sabia soletrar, mas ao menos fui verificar...), e a observação dos detalhes no site da UNESCO, revela que a comparação com o Alto Douro (ou uma pequena parte do Alto Douro) é ridícula. Entretanto, Os Verdes também já pegaram no assunto...

Aliás, o problema da Quercus prende-se mais com a foz do rio Tua, uma paisagem nada representativa da protegida pela UNESCO. E que nada tem a ver com a beleza dos socalcos do Douro! O que aqueles terroristas da Quercus e de Os Verdes deveriam dizer é outra coisa! É que as barragens do Tua e outras só foram construídas por causa do excesso de energia eólica. Que poluem a paisagem do topo das nossas serras. Uma paisagem que os ecologistas um dia quererão classificar?