Um leitor enviou-me um link para um dos produtos que assenta que nem uma luva nos ecotópicos: o cartão Caixa Carbono Zero. Com ele, o ambientalista puro e duro "beneficia de condições especiais na aquisição de bens e serviços mais eficientes no consumo de energia e com melhor desempenho ambiental. Uma solução que o ajuda a reduzir emissões e a poupar, enquanto poupa o ambiente."
A primeira pergunta que me ocorreu foi a de se o cartão seria de plástico? É, mas é feito em PETG, que é um bocadinho melhor para o ambiente, dispensando mesmo o cloro. Não é todavia uma novidade no mundo dos cartões...
Os bastidores do cartão são todavia ainda mais interessantes. Como o plástico é especial, o seu portador deverá sentir-se um Clooney nas nuvens. O serviço é essencialmente electrónico, pois assim minimizam-se os custos envolvidos com o papel e poupam-se árvores. No final, diz a CGD que "As emissões inevitáveis resultantes da produção e envio dos cartões são contabilizadas e compensadas, tornando-o num produto CarbonoZero®;". Muito bem!? Mas quantas são essas emissões inevitáveis?
São 30.6 gramas de CO2! O que é isso? É mais ao menos o CO2 que uma pessoa produz em 50 minutos de respiração normal. Dá para andar 294 metros num Toyota Prius. E aos valores de Novembro de 2009, dá para alimentar uma lâmpada de 60W durante menos de uma hora e meia!!!
Como farão eles os cartões assim, quando ainda por cima admitem que eles vem de Inglaterra? Dá para perceber que eles são muito poupadinhos e os clientes que paguem!