sábado, 20 de fevereiro de 2010

A história dos pioneiros: Paul Ehrlich

A religião ecológica e a mentalidade dos talibans tem muito em comum! Partem do princípio de ser contra tudo o que é moderno, e em ambos os casos, um regresso às práticas da Idade Média seria o mais adequado. Claro que muitos ambientalistas actuais tentam embelezar as suas teorias anti-modernas...

É preciso regressar aos ensinamentos dos seus pioneiros, para perceber verdadeiramente as suas doentias teologias. No caso da ecologia, Paul Ralph Ehrlich foi um deles. Escreveu "The Population Bomb" em 1968, o qual tem as suas fundações no Sierra Club, a organização ambiental mais antiga dos Estados Unidos, e da qual a sua mullher foi directora. No livro, Ehrlich defende a ideia de que o planeta não comportava mais humanos. O livro começa com estas eloquentes frases:

The battle to feed all of humanity is over. In the 1970s and 1980s hundreds of millions of people will starve to death in spite of any crash programs embarked upon now. At this late date nothing can prevent a substantial increase in the world death rate...

Na entrada do Wikipedia sobre o livro, pode verificar-se como as suas previsões não se verificaram. Hoje, a população do planeta é sensivelmente o dobro da de 1968, e as tragédias imaginadas não se verificaram porque o Homem é capaz de superar desafios muito mais complexos que o que Ehrlich sonhou. Mas é capaz de o fazer quando deixa de pensar nas práticas da Idade Média.

Para aqueles que não conhecem a história, deixo ao lado um artigo com quase 40 anos (1972), escrito num jornal americano, sobre Ehrlich. Reparem nos seguintes dois extractos, e fiquem preocupados, sempre preocupados!

The 39-year-old professor did not favor the soft-sell approach to environmental and population control. In 1969, he said that if voluntary birth reduction methods did not work a nation might have to resort to "the addition of a temporary sterilant to staple food or to the water supply".

"An 'Americanized' China," they wrote, "would consume nearly eight billion metric tons of coal equivalent in energy each year, more than the present total world consumption...these numbers mean that raising Chinese energy consumption to the American level would amount to doubling the environment impact of homo sapiens. Indeed, just the concentrated release of heat in parts of China containing most of the population could lead to major, unpredictable climatic effects."