Um estudo dos investigadores Andrew Macintosh e Debra Wilkinson, da ANU, uma Universidade Australiana, lançaram um estudo absolutamente demolidor para a política de subsidiação da energia solar na Australia. Resumidamente, 1.1 mil milhões de dólares australianos (cotação actual próxima do dólar americano) foram estoirados na subsidiação de painéis solares, não tendo feito praticamente nada pela redução nas emissões de CO2. Interessante é o facto do esquema ter beneficiado essencialmente os ricos!
Mas há muitas mais conclusões inconvenientes. Macintosh, que é Director Associado do Centro de Política e Direito Climático da ANU, não vê qualquer vantagem nestes subsídios em áreas onde o acesso a energia da rede é fácil. O programa de subsídios começou em 2000, com oferta de um desconto de $8000. Em Junho passado, o Governo terminou o programa em 24 horas, dado que o programa era claramente insustentável em termos financeiros. Dos apoios concedidos, 66% foram para a classe média alta. Nem sequer a indústria solar australiana beneficiou dos apoios, com a grande maioria dos painéis a serem importados da China.
Em termos práticos, os painéis reduziram as emissões em 0.015%, com cada tonelada de carbono poupada a ter um custo de $301, duas ordens de grandeza acima do seu custo. E tudo isto permite apenas a geração de 0.1% da electricidade total da Austrália... Em Portugal, o esbanjamento continua, porque a classe média-alta é cada vez mais pequena, e tem outras prioridades!
sábado, 13 de novembro de 2010
Fraude Solar
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