Depois da petição da DECO, o elefante anda à solta dentro da loja de porcelanas! Nada vai ser como dantes... Aproveitem para comprar o jornal, ou desde já prever o artigo:
A recente questão levantada pela Deco sobre as componentes reais que integram a fatura de eletricidade teve o mérito de chamar a atenção para que apenas uma parcela do que pagamos corresponde ao efetivo consumo de energia que podemos controlar. Tudo o resto, bastante significativo, é constituído por diversas taxas e rendas fixadas maioritariamente pelo poder político e só uma ínfima parte da responsabilidade da entidade reguladora. Uma dessas parcelas, resulta de apoio do Estado ao sector das energias renováveis e cogeração, o que, por uma questão de transparência, exige resposta a várias perguntas. Quantas dessas empresas produtoras de eletricidade vivem à custa dos subsídios estatais à produção de energia? Quantas e quais empresas obtêm lucros com a venda da eletricidade que produzem à EDP, o que significa que investem sem qualquer risco? Quanto é que estamos a pagar através de impostos encapotados na nossa fatura de eletricidade? Durante quanto tempo vai durar este encargo e qual a sua evolução previsível? Estaremos a criar outra espécie de SCUT? Estas questões sempre deviam ter sido claras, mas são especialmente pertinentes numa altura em que os cidadãos mal conseguem planear o seu dia a dia, com os dados que conhecem, quanto mais com o que os apanha de surpresa. Transparência e respeito pelos portugueses exige-se! |