Na sequência do post do passado Sábado, sobre o consumo das set-top boxes nos Estados Unidos, fiquei com curiosidade em saber qual seria a sua percentagem relativamente ao consumo total de energia nos Estados Unidos.
Embora não disponível num detalhe que esperava, a informação que encontrei no site da EIA é muito interessante. Porque estabelece uma comparação entre 1978 e 2005, para vários tipos de consumos domésticos, conforme se pode ver na imagem. E aí se confirma que o consumo de energia por electrodomésticos praticamente duplicou nesses 27 anos, passando de 17% para 31%. Tal aconteceu apesar dos standards cada vez mais rigorosos aplicáveis aos electrodomésticos...
Mas o estudo tem outras conclusões também interessantes. O consumo total de energia diminuiu nesse período! E a maior diminuição vem do aquecimento das casas, que diminuiu de 66% para 41%. Como se sabe que existiu um aquecimento desde a fria década de 1970, está mais que visto que o Aquecimento teve algumas vantagen para aqueles lados, mesmo que o consumo com ar condicionado tenha subido, de 3% para 8%. É claro que o estudo não enumera este aspecto básico, mas curiosamente fala do facto de terem existido movimentos de populações para zonas mais quentes... Algo que tentarei investigar no futuro, e que mais uma vez remete para as vantagens do Aquecimento Global!!!
Nesses 27 anos, o estudo conclui que a penetração das máquinas de lavar passou de 74% para 82%, e as máquinas de lavar loiça passaram de 35% para 59%. Em 2009, 43% dos Americanos tinham sistemas de gravação digital de video, 76% tinham pelo menos um computador, e 35% tinham mesmo múltiplos computadores. Uma família média tinha, igualmente em 2009, 2.5 televisões, com 45% a terem uma televisão de pelo menos 37 polegadas. Finalmente, 79% das casas tinham um leitor DVD, e quase 40% tinham pelo menos quatro carregadores de equipamentos (eg. carregador de telemóveis).
Cá por Portugal, somos obviamente mais pobrezinhos. Mas, mesmo assim, é nestes domínios que cada vez mais se consome energia; pois é aqui que maior esforço se deve fazer para que os consumos em stand-by sejam cada vez menores. Para bem das nossas carteiras, e não do Mexia...