Agora, Gualter Baptista, sente-se inspirado para defender as acções de Barbara Van Dyck, também investigadora universitária, que teve o mesmo papel de Gualter, na destruição de um campo de batatas... HPS deixou-lhe uma mensagem de resposta (todos os realces da minha responsabilidade):
Percebo a tua solidariedade Gualter: a senhora fez exactamente o mesmo que tu na fantochada de Silves, adoptando a mais indigna das posições. Participa mas finge que não, é porta-voz mas não toca nas plantas. É uma sonsice e é indigno. Meu caro, acho muito bem que uma Universidade despeça todos os investigadores que se entretêem a destruir a investigação das universidades ao lado com base em convicções pessoais e noções completamente distorcidas de intervenção cívica legítima (e digo legítima, não digo legal) e de respeito por terceiros. |
O tretas Gualter ainda tentou fugir com o rabo à serinha. Mas HPS voltou a espetá-la:
Gualter, percebes muito bem que indigno é participar e fingir que participar através da voz não é participar. Tu, como a cientista em causa, participaste na acção, o resto é conversa ínvia a fazer dos outros parvos. "Quanto à ciência e à universidade, ela é mesmo um espaço privilegiado para o confronto de opiniões e posições." A destruição de experiências científicas de outros investigadores não é nenhum confronto de opiniões, é uma acto ilegítimo de coação de terceiros. "E ainda assim, demitir alguém de uma universidade porque defende uma posição - ou acção - que rompe com a posição dominante na ciência ou na sociedade, é, no mínimo, um acto típico de inquisição" A senhora não foi demitida porque defendeu uma posição, a senhora foi demitida, e bem, porque destruiu ilegitimamente o trabalho científico de terceiros, o que a universidade, e qualquer pessoa de bom senso, considera uma acção inaceitável num investigador. |
O tretas continuou a estrebuchar, mas HPS deu a estocada final:
Meu caro, imaginemos que eu acho que o Amilcar diz (ou faz) algumas coisas contra o bem comum e que dou aulas noutra universidade que não a sua. Assumo que parar a sua intervenção é um dever cívico. Espero-o numa esquina com uns amigos, e enquanto aos meus amigos lhe vão aos fagotes, eu vou relatando e explicando para as televisões as razões pelas quais está a levar uma sova monumental, argumentando que a sua actuação na Universidade é contra o interesse público e que é um dever defender a sociedade dos efeitos perniciosos da sua actuação. A minha Universidade fala comigo escandalizada e eu repito a argumentação, dizendo que não lhe peço desculpa nenhuma e que acho muito bem que as pessoas como o senhor tenham regularmente os dentes metidos para dentro porque estão metidas com o capital e as grandes corporações, usando o conhecimento universitário para os defender contra o bem público. A minha Universidade expulsa-me. O caro Amilcar Duarte faz uma petição protestando contra o facto da Universidade me estar a expulsar com base na minha intervenção cívica (que no caso foi ir-lhe aos fagotes mas que poderia ter sido a destruição dos campos onde o Amilcar, legalmente e pensando estar num país livre, fazia a sua experimentação). Está bem abelha. |
E andamos nós a gastar o dinheiro dos nossos impostos para manter estes investigadores anormais!