quinta-feira, 16 de junho de 2011

Os eco-terroristas

Um leitor assíduo enviou-me uma referência para uma luta de galos, que se tem travado na lista ambio. De um lado, o mais conhecido eco-terrorista português, e do outro o nosso conhecido Henrique Pereira dos Santos (HPS). O currículo do primeiro, Gualter Barbas Baptista, é bastante resumido, sendo bolseiro de doutoramento da Universidade Nova de Lisboa, mas mais conhecido por liderar o acto criminoso de destruição de um campo de milho em 2007. Para terem uma ideia deste tretas, vejam como foi "tratado" pelo Mário Crespo, no vídeo abaixo.

Agora, Gualter Baptista, sente-se inspirado para defender as acções de Barbara Van Dyck, também investigadora universitária, que teve o mesmo papel de Gualter, na destruição de um campo de batatas... HPS deixou-lhe uma mensagem de resposta (todos os realces da minha responsabilidade):

Percebo a tua solidariedade Gualter: a senhora fez exactamente o mesmo que tu na fantochada de Silves, adoptando a mais indigna das posições. Participa mas finge que não, é porta-voz mas não toca nas plantas. É uma sonsice e é indigno.

Meu caro, acho muito bem que uma Universidade despeça todos os investigadores que se entretêem a destruir a investigação das universidades ao lado com base em convicções pessoais e noções completamente distorcidas de intervenção cívica legítima (e digo legítima, não digo legal) e de respeito por terceiros.

O tretas Gualter ainda tentou fugir com o rabo à serinha. Mas HPS voltou a espetá-la:

Gualter, percebes muito bem que indigno é participar e fingir que participar através da voz não é participar. Tu, como a cientista em causa, participaste na acção, o resto é conversa ínvia a fazer dos outros parvos.

"Quanto à ciência e à universidade, ela é mesmo um espaço privilegiado para o confronto de opiniões e posições."

A destruição de experiências científicas de outros investigadores não é nenhum confronto de opiniões, é uma acto ilegítimo de coação de terceiros.

"E ainda assim, demitir alguém de uma universidade porque defende uma posição - ou acção - que rompe com a posição dominante na ciência ou na sociedade, é, no mínimo, um acto típico de inquisição"

A senhora não foi demitida porque defendeu uma posição, a senhora foi demitida, e bem, porque destruiu ilegitimamente o trabalho científico de terceiros, o que a universidade, e qualquer pessoa de bom senso, considera uma acção inaceitável num investigador.

O tretas continuou a estrebuchar, mas HPS deu a estocada final:

Meu caro, imaginemos que eu acho que o Amilcar diz (ou faz) algumas coisas contra o bem comum e que dou aulas noutra universidade que não a sua. Assumo que parar a sua intervenção é um dever cívico. Espero-o numa esquina com uns amigos, e enquanto aos meus amigos lhe vão aos fagotes, eu vou relatando e explicando para as televisões as razões pelas quais está a levar uma sova monumental, argumentando que a sua actuação na Universidade é contra o interesse público e que é um dever defender a sociedade dos efeitos perniciosos da sua actuação.

A minha Universidade fala comigo escandalizada e eu repito a argumentação, dizendo que não lhe peço desculpa nenhuma e que acho muito bem que as pessoas como o senhor tenham regularmente os dentes metidos para dentro porque estão metidas com o capital e as grandes corporações, usando o conhecimento universitário para os defender contra o bem público. A minha Universidade expulsa-me.

O caro Amilcar Duarte faz uma petição protestando contra o facto da Universidade me estar a expulsar com base na minha intervenção cívica (que no caso foi ir-lhe aos fagotes mas que poderia ter sido a destruição dos campos onde o Amilcar, legalmente e pensando estar num país livre, fazia a sua experimentação).

Está bem abelha.

E andamos nós a gastar o dinheiro dos nossos impostos para manter estes investigadores anormais!