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Mas há uns meses, Bouwe Taverne, responsável pelo desenvolvimento da sustentabilidade dentro do banco, recebeu uma notícia que não queria ouvir: o esquema de compensação era uma fraude miserável!
Do outro lado do planeta, Yashwant Malche, tal como seu pai e antepassados, os Adivasi, têm amanhado as suas terras isoladas da civilização. Mas em 2007, uns estrangeiros apareceram a oferecer $4000 pelas suas terras, para construir um parque eólico. Malche declinou a oferta, mas os estrangeiros garantiram que o parque eólico seria construído à mesma... E o parque de Dhule, com 550 aero-geradores, promovido pela Suzlon, foi mesmo avante. Pelo meio vieram os confrontos, com vários feridos e múltiplas detenções.
Numa questão de dias, antes de erguerem as torres, 25000 árvores foram cortadas. Enquanto as mulheres da zona são perseguidas por arrancarem alguns galhos às árvores, à Suzlon deram ainda autorização para cortarem 11000 mais árvores!
Homens como Malche já não conseguem subsistir da terra, e agora têm que imigrar para outras zonas da Índia durante parte do ano. Bouwe Taverne, e o Rabobank, em vez de promoverem a sustentabilidade, estão a promover a miserabilidade destas pessoas. Estão tristes com o resultado, mas não é isso que dá de comer a estas pessoas. E já agora, onde estão os ecologistas??? Valham-nos pessoas como Doug Struck, o jornalista que investigou a fraude, e que recebeu um justo prémio por isso.